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01/03/2006
-
13h14
da BBC Brasil
O Brasil tem o maior consumo mundial per capita de remédios para emagrecer, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira em Viena pelo escritório da ONU responsável pela fiscalização do controle mundial anti-drogas.
De acordo com o documento da Junta Internacional Fiscalizadora de Entorpecentes (Jife), o uso de anfetaminas como supressores de apetite teve um aumento considerável nos últimos anos em países como Brasil, Austrália, Cingapura e Coréia do Sul, enquanto na Europa – principalmente em Portugal, Dinamarca, Itália, Malta, Irlanda e França – o consumo dessas substâncias teve uma redução.
Pela lei brasileira, remédios para emagrecer à base de anfetamina somente podem ser vendidos mediante receita médica, mas especialistas advertem sobre a venda indiscriminada em farmácias e também para a fabricação dessas substâncias ilegalmente em laboratórios clandestinos. O uso contínuo de anfetaminas pode levar à dependência.
O relatório da ONU indica que o consumo per capita dos remédios para emagrecer, ou anoréxicos, no Brasil chegou a 9,1 doses diárias por mil habitantes no período entre 2002 e 2004 – um aumento de mais de 20% em relação ao período de 1992 a 1994.
Outros países com alto consumo de remédios para emagrecer, segundo o documento, são os Estados Unidos (7,7 doses diárias por mil habitantes), Argentina (6,7 doses diárias por mil habitantes) e Coréia do Sul e Cingapura (ambos com 6,4 doses diárias por mil habitantes).
Medidas de controle
A Argentina, porém, é citada ao lado do Chile como exemplo de países que adotaram medidas efetivas de controle sobre a venda e o uso inapropriado de estimulantes para redução do apetite.
Segundo o relatório, a Argentina conseguiu reduzir o consumo geral de estimulantes de 11 doses diárias por mil habitantes, no período entre 1992 e 1994, para 5 entre 2002 e 2004. A redução verificada no Chile é ainda mais acentuada – de 12,5 para menos de uma dose diária por mil habitantes entre os dois períodos.
Segundo o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), ligado à Universidade Federal de São Paulo, o uso contínuo de anfetaminas, além de provocar perda de peso acentuada, leva a um aumento permanente na pressão sangüínea.
Além disso, segundo o Cebrid, os efeitos psicológicos do uso continuado incluem agressividade, irritação, paranóia, confusão de pensamento, compulsividade e, em casos extremos, esquizofrenia.
Além do uso como supressores do apetite, as anfetaminas também são receitadas em casos de narcolepsia (sono exagerado) ou para crianças com desordem de déficit de atenção.
Brasil 'lidera consumo de remédios para emagrecer'
ROGERIO WASSERMANNda BBC Brasil
O Brasil tem o maior consumo mundial per capita de remédios para emagrecer, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira em Viena pelo escritório da ONU responsável pela fiscalização do controle mundial anti-drogas.
De acordo com o documento da Junta Internacional Fiscalizadora de Entorpecentes (Jife), o uso de anfetaminas como supressores de apetite teve um aumento considerável nos últimos anos em países como Brasil, Austrália, Cingapura e Coréia do Sul, enquanto na Europa – principalmente em Portugal, Dinamarca, Itália, Malta, Irlanda e França – o consumo dessas substâncias teve uma redução.
Pela lei brasileira, remédios para emagrecer à base de anfetamina somente podem ser vendidos mediante receita médica, mas especialistas advertem sobre a venda indiscriminada em farmácias e também para a fabricação dessas substâncias ilegalmente em laboratórios clandestinos. O uso contínuo de anfetaminas pode levar à dependência.
O relatório da ONU indica que o consumo per capita dos remédios para emagrecer, ou anoréxicos, no Brasil chegou a 9,1 doses diárias por mil habitantes no período entre 2002 e 2004 – um aumento de mais de 20% em relação ao período de 1992 a 1994.
Outros países com alto consumo de remédios para emagrecer, segundo o documento, são os Estados Unidos (7,7 doses diárias por mil habitantes), Argentina (6,7 doses diárias por mil habitantes) e Coréia do Sul e Cingapura (ambos com 6,4 doses diárias por mil habitantes).
Medidas de controle
A Argentina, porém, é citada ao lado do Chile como exemplo de países que adotaram medidas efetivas de controle sobre a venda e o uso inapropriado de estimulantes para redução do apetite.
Segundo o relatório, a Argentina conseguiu reduzir o consumo geral de estimulantes de 11 doses diárias por mil habitantes, no período entre 1992 e 1994, para 5 entre 2002 e 2004. A redução verificada no Chile é ainda mais acentuada – de 12,5 para menos de uma dose diária por mil habitantes entre os dois períodos.
Segundo o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), ligado à Universidade Federal de São Paulo, o uso contínuo de anfetaminas, além de provocar perda de peso acentuada, leva a um aumento permanente na pressão sangüínea.
Além disso, segundo o Cebrid, os efeitos psicológicos do uso continuado incluem agressividade, irritação, paranóia, confusão de pensamento, compulsividade e, em casos extremos, esquizofrenia.
Além do uso como supressores do apetite, as anfetaminas também são receitadas em casos de narcolepsia (sono exagerado) ou para crianças com desordem de déficit de atenção.
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