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02/03/2006 - 08h40

Rainha fará pedido de desculpas velado por Jean Charles, diz jornal

da BBC Brasil

A Rainha Elizabeth 2ª deverá apresentar um pedido velado de desculpas pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes durante a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Londres, de acordo com o colunista Richard Kay, do diário britânico Daily Mail.

Kay, conhecido pelas boas fontes que tem junto à Família Real, disse em sua coluna desta quinta-feira que isso poderá acontecer em um discurso durante banquete no Palácio de Buckingham para receber Lula na próxima semana.

Menezes foi baleado pela polícia britânica ao ser confundido com um homem-bomba em julho passado.

"Também deverão ser feitas referências aos atentados a bomba em trens do metrô e ônibus, que mataram 52 pessoas e que indiretamente levaram à morte do jovem brasileiro."

Segundo Richard Kay, a Rainha não vai mencionar "diretamente o nome de Menezes, mas fará afirmações gerais sobre as tragédias que abalaram a Grã-Bretanha em julho passado".

A "palavra-chave" que os autores do discurso estão pensando em incluir no discurso é "inocente", Kay disse ter ouvido de suas fontes.

Para o jornal, "a visita de Estado ocorre em um momento crítico das relações entre Londres e o Brasil, depois de meses de tensa diplomacia sobre a morte de Menezes". A procuradoria britânica ainda terá que decidir se processará os policiais envolvidos na morte do brasileiro, de 27 anos.

Key disse em sua coluna que ouviu de suas fontes: "Os autores do discurso querem que as afirmações dela tragam a idéia de que as boas relações entre os dois países podem ser forjadas como resultado de cincunstâncias trágicas comuns".

O Brasil e o 'G11'

"Com a cooperação global ameaçada, Índia, China e Brasil podem desempenhar um papel crucial", diz David Owen, ex-Ministro do Exterior da Grã-Bretanha (1977-79), em artigo na edição desta quinta-feira do jornal britânico The Times.

Owen afirma que o presidente americano, George W. Bush, pode aproveitar a corrente visita à Índia para avançar num processo de convidar o país para integrar o G8.

"A criação do G9 em 2007 ao incluir a maior democracia do mundo reconheceria as mudanças significativas feitas pela Índia desde que Rajiv Ghandi se tornou primeiro-ministro em 1984, tornando-se uma importante economia de mercado."

Em seguida poderiam ser aceitos a China e o Brasil, criando-se assim o G11.

"Em questões comerciais, as políticas da OMC (Organização Mundial do Comércio) já são sujeitas a discussões antecipadas por um grupo mais amplo em que China e Brasil são muito influentes", afirmou Owen.

Owen vê a informalidade do G8 como uma vantagem que pode levar o grupo a representar uma base de poder para um mundo democrático e de economias de mercado aberto.

Para Owen o grupo, ampliado, pode ser muito eficaz ao defender o multilateralismo já que essa filosofia "sofreu duro golpe nos últimos anos", já que a ONU (Organização das Nações Unidas), que incorporou a idéia no pós-guerra, aparenta ser "fraca" e "corrupta" e há uma visão geral de que os Estados Unidos "já não estão mais interessados em multilateralismo".

Serra X Alckimin

Artigo no jornal americano The New York Times assinado por Larry Rother, comenta o dilema do PSDB em escolher entre José Serra e Geraldo Alckimin o candidato que possivelmente enfrentará o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas nas eleições deste ano.

Segundo Rother, se "há um ano o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parecia imbatível e a oposição estava tendo dificuldade de achar um candidato que desejava se oferecer como bode expiatório", agora, "com o presidente enfraquecido pelo pior escândalo de corrupção da história recente do Brasil, o principal partido de oposição tem o problema oposto: dois candidatos fortes".

Para ele, o senso de urgência em definir seu candidato cresce no PSDB à medida em que Lula se recupera do escândalo.

Rother continua: "Ao manter dúvidas sobre suas intenções e não declarar oficialmente sua candidatura (…) Luiz Inácio Lula da Silva pode, de acordo com a lei brasileira, engajar-se em algumas atividades políticas que seriam proibidas se ele tivesse se anunciado candidato".

CNBB X Lula

O jornal espanhol El Pais noticia nesta quinta-feira as "críticas duríssimas contra o governo" feitas pelo secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Odilio Pedro Sherer, por ocasião da Campanha da Fraternidade.

"O prelado afirma que o governo 'decepcionou a população' ao transformar o Brasil em um 'paraíso financeiro'", diz o jornal.

"A Conferência Episcopal critica as políticas econômicas conservadoras aplicadas por Lula desde que assumiu o poder, há três anos, e afirma que tais políticas 'não garantem o crescimento e beneficiarão sobretudo os banqueiros'."
 

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