Publicidade
Publicidade
10/03/2006
-
20h49
da BBC Brasil
Uma sonda da Nasa (agência espacial americana) chegou à órbita de Marte nesta sexta-feira, depois de viajar sete meses e 500 milhões de quilômetros.
O Mars Reconnaissance Orbiter (MRO, na sigla em inglês, ou satélite de reconhecimento de Marte, em tradução livre) sobreviveu a uma fase crítica de sua missão se colocando em uma órbita elíptica em volta do Planeta Vermelho.
A equipe de pesquisadores passou por momentos de tensão antes da confirmação de que a nave havia conseguido alcançar a órbita de Marte, enquanto o satélite passava atrás do planeta, processo que durou cerca de meia hora até que a nave voltasse a fazer contato.
A Nasa prevê que só a partir de novembro a sonda possa começar a analisar a atmosfera, as características de superfície e as estruturas geológicas subterrâneas de Marte.
Com a chegada do MRO, o número de satélites terrestres em torno de Marte chega a quatro. O Mars Global Surveyor e o Mars Odyssey, ambos da Nasa, já se encontram lá, enquanto a Agência Espacial Européia tem o seu Mars Express.
Na superfície marciana, duas sondas-robô americanas --a Spirit e a Opportunity-- continuam a enviar dados para a Terra, bem depois do tempo útil que muitos acreditavam que elas teriam.
"Freio de ar"
A MRO entrou em uma órbita elíptica de 35 horas que lhe permitirá gradualmente iniciar o processo de "aerofrenagem" que deve durar seis meses até o início das pesquisas.
No entanto, o diretor de projetos da Nasa Jim Graf afirma que não se pode ficar "superconfiante".
"Marte nos ensinou isso. Dois dos últimos quatro satélites da Nasa enviados a Marte não resistiram à aproximação final", disse Graf.
Historicamente, apesar do grande número de objetos terrestres que hoje se encontram em Marte, o balanço também é alarmante: desde 1960, 21 das 35 missões enviadas ao Planeta Vermelho fracassaram.
A Nasa calcula que serão necessários seis meses de aerofrenagem, uma técnica que consiste na passagem da sonda muito próxima à atmosfera marciana para utilizar as moléculas de ar como um freio que também muda a trajetória orbital.
Depois de cerca de 500 passagens de "aerofrenagem", o MRO chegará à sua órbita ideal, de cerca de duas horas, e que o levará para muito mais perto do que os outros satélites operacionais.
A expectativa da Nasa é que o satélite envie dez vezes mais informações por minuto do que qualquer outra missão da Terra a Marte.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Marte
Sonda da Nasa alcança órbita de Marte
REBECCA MORELLEda BBC Brasil
Uma sonda da Nasa (agência espacial americana) chegou à órbita de Marte nesta sexta-feira, depois de viajar sete meses e 500 milhões de quilômetros.
O Mars Reconnaissance Orbiter (MRO, na sigla em inglês, ou satélite de reconhecimento de Marte, em tradução livre) sobreviveu a uma fase crítica de sua missão se colocando em uma órbita elíptica em volta do Planeta Vermelho.
A equipe de pesquisadores passou por momentos de tensão antes da confirmação de que a nave havia conseguido alcançar a órbita de Marte, enquanto o satélite passava atrás do planeta, processo que durou cerca de meia hora até que a nave voltasse a fazer contato.
A Nasa prevê que só a partir de novembro a sonda possa começar a analisar a atmosfera, as características de superfície e as estruturas geológicas subterrâneas de Marte.
Com a chegada do MRO, o número de satélites terrestres em torno de Marte chega a quatro. O Mars Global Surveyor e o Mars Odyssey, ambos da Nasa, já se encontram lá, enquanto a Agência Espacial Européia tem o seu Mars Express.
Na superfície marciana, duas sondas-robô americanas --a Spirit e a Opportunity-- continuam a enviar dados para a Terra, bem depois do tempo útil que muitos acreditavam que elas teriam.
"Freio de ar"
A MRO entrou em uma órbita elíptica de 35 horas que lhe permitirá gradualmente iniciar o processo de "aerofrenagem" que deve durar seis meses até o início das pesquisas.
No entanto, o diretor de projetos da Nasa Jim Graf afirma que não se pode ficar "superconfiante".
"Marte nos ensinou isso. Dois dos últimos quatro satélites da Nasa enviados a Marte não resistiram à aproximação final", disse Graf.
Historicamente, apesar do grande número de objetos terrestres que hoje se encontram em Marte, o balanço também é alarmante: desde 1960, 21 das 35 missões enviadas ao Planeta Vermelho fracassaram.
A Nasa calcula que serão necessários seis meses de aerofrenagem, uma técnica que consiste na passagem da sonda muito próxima à atmosfera marciana para utilizar as moléculas de ar como um freio que também muda a trajetória orbital.
Depois de cerca de 500 passagens de "aerofrenagem", o MRO chegará à sua órbita ideal, de cerca de duas horas, e que o levará para muito mais perto do que os outros satélites operacionais.
A expectativa da Nasa é que o satélite envie dez vezes mais informações por minuto do que qualquer outra missão da Terra a Marte.
Especial
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice