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30/03/2006 - 07h48

Demanda do Brasil leva açúcar a maior cotação em 25 anos

da BBC Brasil

A demanda brasileira por álcool derivado de cana-de-açúcar para abastecer os carros flexfuel tem sido responsável pela maior alta na cotação internacional do açúcar em um quarto de século, observa reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal britânico Financial Times.

A reportagem observa que, ao contrário do que vem ocorrendo recentemente com outras commodities, desta vez é o Brasil, e não a China, o responsável pela alta nas cotações.

“A sede do Brasil por etanol (...) para abastecer carros ‘flexfuel’, que também rodam com gasolina, pressionou o açúcar para uma cotação recorde em 25 anos”, diz a reportagem.

Além disso, diz o Financial Times, “uma mistura de política de livre-mercado, fluxos especulativos de capital de risco e preocupações ambientais também ajudaram a fazer do açúcar a commodity de melhor desempenho neste ano”.

Segundo a reportagem, a safra de cana-de-açúcar neste ano no Brasil, que foi responsável em 2005 por 20% de toda a produção mundial, deve ter uma queda neste ano por causa das previsões de seca no nordeste do país.

Envio de divisas

Outra reportagem publicada pelo Financial Times informa que os países da América Latina e do Caribe receberam no ano passado US$ 53,6 bilhões enviados por emigrantes às suas famílias, num aumento de 17% em relação a 2004.

O Brasil foi o segundo maior receptor latino-americano de divisas enviadas por emigrantes – US$ 6,4 bilhões -, atrás somente do México, que recebeu US$ 20 bilhões.

Segundo a reportagem, o aumento está documentado em uma pesquisa a ser divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) e “confirma a América Latina como o maior mercado mundial para envio de divisas”.

“Pelo terceiro ano consecutivo, os envios para a região ultrapassaram os fluxos somados de investimento estrangeiro direto e de ajuda financeira internacional”, diz o jornal.

Segundo a reportagem, até 27 milhões de latino-americanos vivem hoje no exterior, principalmente nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, e constituem mais de 20% da força de trabalho em Madri, na Espanha, e 12% nos Estados Unidos como um todo.

Eleições em Israel

O resultado final das eleições parlamentares em Israel foi tema de editoriais publicados por alguns dos principais jornais do mundo.

Para o New York Times, “ao colocar o centrista Kadima, ao lado do Partido Trabalhista, na cadeira de comando, os eleitores israelenses endossaram a idéia de retirada unilateral da Cisjordânia”.

Para o editorial, são grandes as chances de que o próximo governo “seguirá com o plano do premiê Ehud Olmert de estabelecer unilateralmente as fronteiras israelenses até 2010”.

O jornal diz não concordar com a proposta de retirada de Olmert, mas observa que “neste ponto, estamos encorajados por qualquer coisa que leve à retirada israelense do território que os palestinos devem controlar se a região algum dia abrigar dois Estados coexistindo pacificamente”.

O editorial do Washington Post, por sua vez, chama a atenção para o fato de que o comparecimento às urnas nas eleições da terça-feira foi o menor da história e de partidos pequenos com agendas domésticas terem se saído bem na votação, apesar de ela ter sido colocada “como um referendo histórico sobre a possibilidade de retraçar as fronteiras de Israel”.

“Isso pode significar que muitos israelenses não se sentem inspirados pelo homem que ficará como seu primeiro-ministro, Ehud Olmert. Ou pode significar que muitos israelenses já assumiam o que as eleições mostraram: que o debate sobre deixar a maioria da Cisjordânia e seus assentamentos judaicos já terminou”, diz o jornal.

O britânico The Guardian diz que “as eleições em Israel expuseram problemas familiares para outras democracias, como a apatia e o apoio a novos partidos com propostas únicas”.

“Em sua sétima década de independência, Israel está se tornando um país mais normal, menos ideológico, mais consciente dos malefícios da ocupação, compreendendo mais que o sionismo, em seu sentido original de libertar o povo judeu de uma história terrível, requer justiça para seus vizinhos”, afirma o editorial.

O jornal afirma que foram essas mudanças que levaram à vitória de Olmert e à boa votação do Partido Trabalhista, mas que para que o premiê tenha sucesso ele deve objetivar a paz. “Sem isso, a democracia israelense – exibida em seu vigor e variedade nos últimos dias – será incapaz de alcançar seus objetivos mais desejados.”

O Daily Telegraph, por sua vez, observa em seu editorial que, apesar do interesse internacional pela questão da retirada da Cisjordânia e das negociações de paz com os palestinos, o resultado das eleições indica que “para a maioria do eleitorado, essas não eram as questões mais prementes”.

“O resultado das eleições de terça-feira expressam um cansaço com o antigo duopólio Partido Trabalhista-Likud e um desejo de combater as desigualdades antes subordinadas às preocupações com segurança”, diz o jornal.
 

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