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05/04/2006
-
12h33
A guerra civil na Colômbia é uma ameaça crescente para a sobrevivência de alguns dos mais antigos e menores grupos indígenas do continente, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais de 1.700 índios Wounaan fugiram de suas terras na semana passada, depois do assassinato de dois de seus líderes, informou a agência da ONU para Refugiados.
Os dois líderes, que eram professores, foram seqüestrados pela guerrilha e seus corpos foram encontrados com sinais de tortura.
De acordo com o porta-voz do Alto-Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), William Spindler, vários incidentes sérios levaram a agência a alertar para uma "iminente emergência humanitária, que pode levar à extinção de grupos indígenas".
Novos ataques
Os índios colombianos são freqüentemente ameaçados no conflito entre forças do governo e guerrilhas de esquerda.
Os índios Wounaan fugiram da região de Chocó, no nordeste do país, e o grupo da semana passada foi o sexto a deixar suas terras tradicionais em comunidades ribeirinhas para buscar refúgio em Unión Wounaan, a maior tribo da região, com 640 habitantes.
Na última segunda-feira, um grupo de 30 índios chegou a Istmina, o vilarejo mais próximo, pedindo ajuda e dizendo que os índios querem continuar a fugir e descer o rio, mas não têm canoas suficientes e precisam atravessar a floresta.
Eles temem novos ataques, já que outros líderes receberam ameaças. O diretor do escritório do ACNUR para as Américas, Philippe Lavanchy, está indo para Istmina nesta quarta para encontrar os índios e as autoridades locais.
Desnutridos
Do outro lado do país, 77 índios Nukak, que vivem no sudeste da Colômbia, chegaram na semana passada a San José del Guavieare. Eles foram contactados pela primeira vez em 1988 e são nômades.
Os índios demoraram quatro meses para chegar à cidade desde que foram expulsos de seu acampamento por guerrilhas.
Estavam subnutridos e com a saúde abalada. Estão agora em uma fazenda com outro grupo da mesma etnia que buscou refúgio no vijarejo em novembro passado.
A metade dos 500 Nukaks foi expulsa de suas áreas tradicionais e ancentrais. E segundo Spindler, "todas as comunidades indígenas têm ligações fortes com a terra, da qual depende sua sobrevivência e sua cultura".
A Colômbia tem 45 milhões de habitantes, um milhão de índios e dois milhões de pessoas internamente deslocadas - que tiveram que fugir de onde moravam por causa da guerra civil.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Colômbia
Guerra na Colômbia pode extinguir grupos indígenas, diz ONU
da BBC, BrasilA guerra civil na Colômbia é uma ameaça crescente para a sobrevivência de alguns dos mais antigos e menores grupos indígenas do continente, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais de 1.700 índios Wounaan fugiram de suas terras na semana passada, depois do assassinato de dois de seus líderes, informou a agência da ONU para Refugiados.
Os dois líderes, que eram professores, foram seqüestrados pela guerrilha e seus corpos foram encontrados com sinais de tortura.
De acordo com o porta-voz do Alto-Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), William Spindler, vários incidentes sérios levaram a agência a alertar para uma "iminente emergência humanitária, que pode levar à extinção de grupos indígenas".
Novos ataques
Os índios colombianos são freqüentemente ameaçados no conflito entre forças do governo e guerrilhas de esquerda.
Os índios Wounaan fugiram da região de Chocó, no nordeste do país, e o grupo da semana passada foi o sexto a deixar suas terras tradicionais em comunidades ribeirinhas para buscar refúgio em Unión Wounaan, a maior tribo da região, com 640 habitantes.
Na última segunda-feira, um grupo de 30 índios chegou a Istmina, o vilarejo mais próximo, pedindo ajuda e dizendo que os índios querem continuar a fugir e descer o rio, mas não têm canoas suficientes e precisam atravessar a floresta.
Eles temem novos ataques, já que outros líderes receberam ameaças. O diretor do escritório do ACNUR para as Américas, Philippe Lavanchy, está indo para Istmina nesta quarta para encontrar os índios e as autoridades locais.
Desnutridos
Do outro lado do país, 77 índios Nukak, que vivem no sudeste da Colômbia, chegaram na semana passada a San José del Guavieare. Eles foram contactados pela primeira vez em 1988 e são nômades.
Os índios demoraram quatro meses para chegar à cidade desde que foram expulsos de seu acampamento por guerrilhas.
Estavam subnutridos e com a saúde abalada. Estão agora em uma fazenda com outro grupo da mesma etnia que buscou refúgio no vijarejo em novembro passado.
A metade dos 500 Nukaks foi expulsa de suas áreas tradicionais e ancentrais. E segundo Spindler, "todas as comunidades indígenas têm ligações fortes com a terra, da qual depende sua sobrevivência e sua cultura".
A Colômbia tem 45 milhões de habitantes, um milhão de índios e dois milhões de pessoas internamente deslocadas - que tiveram que fugir de onde moravam por causa da guerra civil.
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