Publicidade
Publicidade
05/04/2006
-
22h01
Neste domingo, dia 9 de abril, os peruanos irão às urnas para escolher um novo presidente, dois vice-presidentes e 120 membros do Congresso.
Além disso, o país vai escolher 15 representantes para o Parlamento Andino, órgão deliberativo da Comunidade Andina (formada por Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela).
A seguir, os principais detalhes sobre o funcionamento das eleições no Peru.
Como funciona o sistema político e eleitoral peruano?
O Peru elegerá um presidente e dois vice-presidentes para um período de cinco anos.
Também serão eleitos 120 membros do Congresso, que possui apenas uma câmara.
O candidato presidencial precisa de mais de 50% dos votos para vencer no primeiro turno. Se isso não ocorrer, os dois candidatos com o maior número de votos concorrem no segundo turno, previsto para o dia 7 de maio.
O vencedor assumirá a Presidência no dia 28 de julho, o Dia da Independência do Peru.
O novo presidente deve então nomear um primeiro-ministro, que por sua vez escolherá o gabinete com a aprovação presidencial.
O presidente não pode ser reeleito para um segundo mandato.
Quem são os candidatos mais populares?
Vinte candidatos concorrem à presidência do Peru.
As últimas pesquisas de opinião indicam que o candidato nacionalista, Ollanta Humala, está na frente, seguido de perto pela candidata conservadora, Lourdes Flores. Em terceiro lugar está o ex-presidente Alan García.
Analistas prevêem que nenhum dos candidatos conseguirá a maioria e há especulações sobre quem se beneficiaria com possíveis alianças para um segundo turno.
Martha Chávez, aliada do ex-presidente detido Alberto Fujimori, e o ex-presidente interino Valentín Paniagua aparecem com menos intenções de voto nas pesquisas, mas são considerados candidatos importantes.
O que prometem os principais candidatos?
Ollanta Humala
Humala já declarou sua intenção de reescrever a Constituição para "frear o processo de neocolonialismo no Peru" e se opõe à ratificação de um tratado de livre comércio com os Estados Unidos.
Ele também ameaça rever os contratos firmados com empresas internacionais e criar um imposto sobre os lucros das mineradoras estrangeiras que operam no Peru.
O candidato disse ainda que suspenderá os programas de erradicação de drogas da União Européia e buscará mercados alternativos para a produção de coca do país.
Apesar de Humala ter dito que se identifica com líderes da "nova esquerda latino-americana", qualificação geralmente associada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao presidente argentino Néstor Kirchner, sua retórica se assemelha mais à dos líderes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales. A comparação está causando nervosismo no governo americano e nos países que investem no Peru.
Muitos simpatizantes acreditam que Humala oferecerá uma alternativa à corrupção da política tradicional.
No entanto, o ex-militar vem sendo alvo de acusações de violações aos direitos humanos durante a luta contra o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso.
Lourdes Flores
A candidata da Unidade Nacional diz que o Peru precisa urgentemente de uma "mudança econômica e social". Ela promete um governo "inovador" e livre de corrupção, baseado em um Estado forte e eficiente que levará os benefícios do crescimento econômico aos mais pobres.
Uma de suas promessas eleitorais é criar 650 mil novos postos de trabalho por ano.
Flores propõe "integrar a economia mais moderna ao setor das pequenas empresas (...) e agricultura, que são os mais dinâmicos da economia peruana".
A candidata - que espera que suas ambições recebam um impulso com a recente vitória de Michelle Bachelet no Chile – conta com grande apoio das mulheres e disse que lutará pela igualdade de direitos entre os sexos.
Ela também tem apoio da pequena classe média do país e de líderes empresariais. Mas sua imagem de candidata pró-mercado diminuiu sua popularidade entre os setores mais pobres da sociedade.
Alan García
Apesar da hiperinflação, da violência de guerrilhas e das acusações de abusos aos direitos humanos que marcaram sua presidência (1985-1990), García ainda mantém sua popularidade com muitos peruanos e sua campanha vem se concentrando em buscar os votos dos mais jovens.
Ele também vem tentando atrair as mulheres que apóiam Flores, prometendo que nomeará um número igual de homens e mulheres para seu gabinete, além de equiparar os salários de ambos os sexos.
García prometeu criar milhares de postos de trabalho e distribuir melhor a riqueza do país através de um imposto para as mineradoras.
Ele disse também que seu governo buscará atrair investimentos estrangeiros e promover o setor agrícola.
O ex-presidente afirmou que se o Peru não mudar agora, "se transformará em uma colônia do Chile".
Quando saem os resultados da eleição?
Segundo a autoridade eleitoral do Peru, 30% dos votos serão apurados já no dia 9 de abril. Estima-se que a metade dos votos já será conhecida à meia-noite.
Entenda o processo eleitoral do Peru
da BBC BrasilNeste domingo, dia 9 de abril, os peruanos irão às urnas para escolher um novo presidente, dois vice-presidentes e 120 membros do Congresso.
Além disso, o país vai escolher 15 representantes para o Parlamento Andino, órgão deliberativo da Comunidade Andina (formada por Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela).
A seguir, os principais detalhes sobre o funcionamento das eleições no Peru.
Como funciona o sistema político e eleitoral peruano?
O Peru elegerá um presidente e dois vice-presidentes para um período de cinco anos.
Também serão eleitos 120 membros do Congresso, que possui apenas uma câmara.
O candidato presidencial precisa de mais de 50% dos votos para vencer no primeiro turno. Se isso não ocorrer, os dois candidatos com o maior número de votos concorrem no segundo turno, previsto para o dia 7 de maio.
O vencedor assumirá a Presidência no dia 28 de julho, o Dia da Independência do Peru.
O novo presidente deve então nomear um primeiro-ministro, que por sua vez escolherá o gabinete com a aprovação presidencial.
O presidente não pode ser reeleito para um segundo mandato.
Quem são os candidatos mais populares?
Vinte candidatos concorrem à presidência do Peru.
As últimas pesquisas de opinião indicam que o candidato nacionalista, Ollanta Humala, está na frente, seguido de perto pela candidata conservadora, Lourdes Flores. Em terceiro lugar está o ex-presidente Alan García.
Analistas prevêem que nenhum dos candidatos conseguirá a maioria e há especulações sobre quem se beneficiaria com possíveis alianças para um segundo turno.
Martha Chávez, aliada do ex-presidente detido Alberto Fujimori, e o ex-presidente interino Valentín Paniagua aparecem com menos intenções de voto nas pesquisas, mas são considerados candidatos importantes.
O que prometem os principais candidatos?
Ollanta Humala
Humala já declarou sua intenção de reescrever a Constituição para "frear o processo de neocolonialismo no Peru" e se opõe à ratificação de um tratado de livre comércio com os Estados Unidos.
Ele também ameaça rever os contratos firmados com empresas internacionais e criar um imposto sobre os lucros das mineradoras estrangeiras que operam no Peru.
O candidato disse ainda que suspenderá os programas de erradicação de drogas da União Européia e buscará mercados alternativos para a produção de coca do país.
Apesar de Humala ter dito que se identifica com líderes da "nova esquerda latino-americana", qualificação geralmente associada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao presidente argentino Néstor Kirchner, sua retórica se assemelha mais à dos líderes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales. A comparação está causando nervosismo no governo americano e nos países que investem no Peru.
Muitos simpatizantes acreditam que Humala oferecerá uma alternativa à corrupção da política tradicional.
No entanto, o ex-militar vem sendo alvo de acusações de violações aos direitos humanos durante a luta contra o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso.
Lourdes Flores
A candidata da Unidade Nacional diz que o Peru precisa urgentemente de uma "mudança econômica e social". Ela promete um governo "inovador" e livre de corrupção, baseado em um Estado forte e eficiente que levará os benefícios do crescimento econômico aos mais pobres.
Uma de suas promessas eleitorais é criar 650 mil novos postos de trabalho por ano.
Flores propõe "integrar a economia mais moderna ao setor das pequenas empresas (...) e agricultura, que são os mais dinâmicos da economia peruana".
A candidata - que espera que suas ambições recebam um impulso com a recente vitória de Michelle Bachelet no Chile – conta com grande apoio das mulheres e disse que lutará pela igualdade de direitos entre os sexos.
Ela também tem apoio da pequena classe média do país e de líderes empresariais. Mas sua imagem de candidata pró-mercado diminuiu sua popularidade entre os setores mais pobres da sociedade.
Alan García
Apesar da hiperinflação, da violência de guerrilhas e das acusações de abusos aos direitos humanos que marcaram sua presidência (1985-1990), García ainda mantém sua popularidade com muitos peruanos e sua campanha vem se concentrando em buscar os votos dos mais jovens.
Ele também vem tentando atrair as mulheres que apóiam Flores, prometendo que nomeará um número igual de homens e mulheres para seu gabinete, além de equiparar os salários de ambos os sexos.
García prometeu criar milhares de postos de trabalho e distribuir melhor a riqueza do país através de um imposto para as mineradoras.
Ele disse também que seu governo buscará atrair investimentos estrangeiros e promover o setor agrícola.
O ex-presidente afirmou que se o Peru não mudar agora, "se transformará em uma colônia do Chile".
Quando saem os resultados da eleição?
Segundo a autoridade eleitoral do Peru, 30% dos votos serão apurados já no dia 9 de abril. Estima-se que a metade dos votos já será conhecida à meia-noite.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice