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02/05/2006
-
10h39
da BBC Brasil, em Paris
O Parlamento francês discute nesta terça-feira um projeto de lei que torna mais difícil a estrangeiros trabalhar no país.
As propostas foram elaboradas pelo ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy. Entre as novas propostas, estão que estrangeiros sejam obrigados a aprender a língua francesa e ter conhecimentos sobre a cultura do país.
As medidas também dão preferência a trabalhadores altamente qualificados, em detrimento de mão-de-obra sem especialização.
O projeto de lei também restringe vistos de residência e põe fim à concessão automática de vistos de residência para a família de imigrantes que vivem na França há mais de dez anos.
"Contra o racismo"
Sarkozy afirma que suas medidas são justas e visam tranqüilizar a sociedade francesa quanto a preocupações relativas ao fluxo de imigrantes para o país.
O ministro do Interior disse ver o projeto de lei como uma "salvaguarda contra o racismo".
Organizações religiosas criticaram as medidas anunciadas, argumentando que elas discriminam os pobres e são "anticristãs".
Stephane Julian, um padre católico que trabalha com imigrantes, afirmou que "seres humanos são mais do que apenas aquilo que podem produzir pela economia e pela sociedade".
"Apresentar uma lei que torna ainda mais difícil o que já é difícil, é inaceitável", acrescentou.
Neste fim de semana, cerca de 5.000 pessoas foram às ruas para protestar contra o projeto e exigir que o governo faça concessões.
A oposição argumenta que, ao apresentar a lei, Sarkozy está tentando atrair eleitores de extrema-direita.
O ministro contesta tais afirmações, alegando que o projeto iria melhorar as relações raciais na França.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre lei de imigração
Leia o que já foi publicado sobre lei trabalhista
França debate "regras mais duras" para imigrantes
EMMA JANE KIRBYda BBC Brasil, em Paris
O Parlamento francês discute nesta terça-feira um projeto de lei que torna mais difícil a estrangeiros trabalhar no país.
As propostas foram elaboradas pelo ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy. Entre as novas propostas, estão que estrangeiros sejam obrigados a aprender a língua francesa e ter conhecimentos sobre a cultura do país.
As medidas também dão preferência a trabalhadores altamente qualificados, em detrimento de mão-de-obra sem especialização.
O projeto de lei também restringe vistos de residência e põe fim à concessão automática de vistos de residência para a família de imigrantes que vivem na França há mais de dez anos.
"Contra o racismo"
Sarkozy afirma que suas medidas são justas e visam tranqüilizar a sociedade francesa quanto a preocupações relativas ao fluxo de imigrantes para o país.
O ministro do Interior disse ver o projeto de lei como uma "salvaguarda contra o racismo".
Organizações religiosas criticaram as medidas anunciadas, argumentando que elas discriminam os pobres e são "anticristãs".
Stephane Julian, um padre católico que trabalha com imigrantes, afirmou que "seres humanos são mais do que apenas aquilo que podem produzir pela economia e pela sociedade".
"Apresentar uma lei que torna ainda mais difícil o que já é difícil, é inaceitável", acrescentou.
Neste fim de semana, cerca de 5.000 pessoas foram às ruas para protestar contra o projeto e exigir que o governo faça concessões.
A oposição argumenta que, ao apresentar a lei, Sarkozy está tentando atrair eleitores de extrema-direita.
O ministro contesta tais afirmações, alegando que o projeto iria melhorar as relações raciais na França.
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