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08/05/2006
-
06h02
O jornal argentino La Nación afirma que países da América do Sul se lançaram em uma corrida para renovar seu material militar que "se continuar, poderá causar um sério desequilíbrio na capacidade bélica na região".
De acordo com o jornal, embora não tenham passado por grandes conflitos militares nas últimas décadas, Chile, Equador e Colômbia gastam atualmente mais de 3% de seus PIBs em equipamento militar, contra a média geral na região, que é de 1,4%.
O La Nación afirma que os países sul-americanos que mais investem em gastos militares são Chile, com US$ 2,7 bilhões; seguido pela Venezuela, com US$ 2,2 bilhões, e o Brasil, que, mesmo sendo descrito como "uma potência exportadora de armamentos" investe US$ 2,2 bilhões em armamentos.
Com a exceção da Colômbia, porém, os gastos estão muito mais relacionados com a "porção de poder" que as Forças Armadas têm nesses países do que com a hipótese de conflito, diz uma analista de segurança ao jornal.
Déficit Brasil-Argentina
Outro diário argentino, o Clarín, traz reportagem na qual afirma que a Argentina está cumprindo 36 meses seguidos de déficit comercial com o Brasil. Segundo o jornal, o saldo deficitário acumulado da Argentina com o Brasil foi US$ 1,1 bilhão.
Os dados constam de uma pesquisa da empresa de consultoria argentina Abeceb, que afirma que isso se deve ao fato de que o país é um dos principais mercados de bens manufaturados brasileiros, como telefones celulares, veículos de carga, automóveis, autopeças, laminados de ferro, calçados e combustíveis.
A pesquisa conclui que "os milhões de celulares e carros que caíram no gosto dos consumidores argentinos pesaram a balança comercial a favor do Brasil. Este equilíbrio poderá ser alcançado dentro de alguns anos, quando estes passarem a ser fabricados inteiramente na Argentina".
O estudo afirma ainda que "o crescente ingresso de produtos vindos do Brasil representa um aspecto negativo considerável para a balança comerical argentina com seu principal parceiro comercial".
Morales e os EUA
O diário britânico The Guardian traz um análise sobre as recentes medidas do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalização das reservas de gás do país.
O autor do texto - Roger Burbach, diretor do Centro para o Estudo das Américas -afirma que políticas americanas na região são em parte responsável pelos atos de Morales.
Burbach argumenta que o acordo de livre comércio assinado neste ano entre Colômbia e os Estados Unidos é "particularmente prejudicial para a Bolívia, já que 60% do principal produto de exportação bolivano, a soja, vai para a Colômbia. O acordo EUA-Colômbia significa que grãos de soja americanos baratos e subsidiados irão inundar a Colômbia, afastando a soja boliviana".
O analista comenta que outro acordo comercial, este assinado pelos governos do Peru e o americano, também terão influência negativa nas exportações bolivianas e levaram à ruptura da Comunidade Andina de Nações, que existia há 30 anos e que incluía Venezuela, Equador e Bolívia.
O descontentamento com o fim da comunidade andina levou a Bolívia a buscar um acordo de livre comércio com Cuba e Venezuela. De acordo com Burbach, o acordo comercial e a nacionalização das reservas de gás e de petróleo da Bolívia "marcam uma dramática guinada".
Ele conclui: "Morales está informando Washington que ele está entrando para um bloco radical de nações latino-americanas que não são mais subservientes aos Estados Unidos".
América do Sul vive corrida militar, diz 'La Nación'
da BBC BrasilO jornal argentino La Nación afirma que países da América do Sul se lançaram em uma corrida para renovar seu material militar que "se continuar, poderá causar um sério desequilíbrio na capacidade bélica na região".
De acordo com o jornal, embora não tenham passado por grandes conflitos militares nas últimas décadas, Chile, Equador e Colômbia gastam atualmente mais de 3% de seus PIBs em equipamento militar, contra a média geral na região, que é de 1,4%.
O La Nación afirma que os países sul-americanos que mais investem em gastos militares são Chile, com US$ 2,7 bilhões; seguido pela Venezuela, com US$ 2,2 bilhões, e o Brasil, que, mesmo sendo descrito como "uma potência exportadora de armamentos" investe US$ 2,2 bilhões em armamentos.
Com a exceção da Colômbia, porém, os gastos estão muito mais relacionados com a "porção de poder" que as Forças Armadas têm nesses países do que com a hipótese de conflito, diz uma analista de segurança ao jornal.
Déficit Brasil-Argentina
Outro diário argentino, o Clarín, traz reportagem na qual afirma que a Argentina está cumprindo 36 meses seguidos de déficit comercial com o Brasil. Segundo o jornal, o saldo deficitário acumulado da Argentina com o Brasil foi US$ 1,1 bilhão.
Os dados constam de uma pesquisa da empresa de consultoria argentina Abeceb, que afirma que isso se deve ao fato de que o país é um dos principais mercados de bens manufaturados brasileiros, como telefones celulares, veículos de carga, automóveis, autopeças, laminados de ferro, calçados e combustíveis.
A pesquisa conclui que "os milhões de celulares e carros que caíram no gosto dos consumidores argentinos pesaram a balança comercial a favor do Brasil. Este equilíbrio poderá ser alcançado dentro de alguns anos, quando estes passarem a ser fabricados inteiramente na Argentina".
O estudo afirma ainda que "o crescente ingresso de produtos vindos do Brasil representa um aspecto negativo considerável para a balança comerical argentina com seu principal parceiro comercial".
Morales e os EUA
O diário britânico The Guardian traz um análise sobre as recentes medidas do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalização das reservas de gás do país.
O autor do texto - Roger Burbach, diretor do Centro para o Estudo das Américas -afirma que políticas americanas na região são em parte responsável pelos atos de Morales.
Burbach argumenta que o acordo de livre comércio assinado neste ano entre Colômbia e os Estados Unidos é "particularmente prejudicial para a Bolívia, já que 60% do principal produto de exportação bolivano, a soja, vai para a Colômbia. O acordo EUA-Colômbia significa que grãos de soja americanos baratos e subsidiados irão inundar a Colômbia, afastando a soja boliviana".
O analista comenta que outro acordo comercial, este assinado pelos governos do Peru e o americano, também terão influência negativa nas exportações bolivianas e levaram à ruptura da Comunidade Andina de Nações, que existia há 30 anos e que incluía Venezuela, Equador e Bolívia.
O descontentamento com o fim da comunidade andina levou a Bolívia a buscar um acordo de livre comércio com Cuba e Venezuela. De acordo com Burbach, o acordo comercial e a nacionalização das reservas de gás e de petróleo da Bolívia "marcam uma dramática guinada".
Ele conclui: "Morales está informando Washington que ele está entrando para um bloco radical de nações latino-americanas que não são mais subservientes aos Estados Unidos".
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