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09/05/2006 - 07h15

Espanha se distancia de Venezuela e Bolívia, diz 'ABC'

da BBC Brasil

O jornal espanhol ABC afirma que, entre os países latino-americanos, a Espanha está priorizando relações com o Brasil e com o México.

O diário comenta que o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, vem procurando se distanciar do líder boliviano, Evo Morales, e do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

O jornal afirma que as únicas reuniões confirmadas de Zapatero são com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o líder mexicano, Vicente Fox, uma vez que Brasil e México são vistos por fontes diplomáticas espanholas como "prioritários".

O diário acrescenta, inclusive, que reuniões de Zapatero havia programado com Morales e Chávez, que aconteceriam nesta semana durante a Cúpula da União Européia com a América Latina, na capital austríaca, Viena, podem vir a não ser realizadas.

A decisão de desdenhar Morales teria sido motivada pela decisão do líder boliviano em nacionalizar as reservas de gás e de petróleo do país, o que ameaçaria interesses espanhóis. A esnobada em Chávez teria se dado, de acordo com o jornal, porque ele é considerado "a fonte de inspiração de Morales".

O ABC argumenta que após "o decreto nacionalizador boliviano, fica difícil entender por que Zapatero não considera prioritário se encontrar com Morales". O diário ainda contrasta a maneira como os líderes do Brasil e da Espanha responderam à ação boliviana. "Ao contrário de Lula, que telefonou para Morales", Zapatero preferiu usar um intermediário, o ministro das Relações Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos.

Enquanto isso, em Cuba...

O jornal americano New York Times traz uma reportagem na qual afirma que muitos investidores e representantes da indústria petrolífera nos Estados Unidos querem que o país siga o exemplo de Cuba e passe a promover a exploração submarina de petróleo em sua região costeira.

O diário conta que em 1977, Estados Unidos e Cuba assinaram um tratado que dividiu igualmente o Estreito da Flórida para preservar os direitos econômicos de cada país e permitia tanto a americanos como a cubanos que promovessem a exploração de reservas de gás e de petróleo em cada lado da fronteira marítima.

Mas o jornal acrescenta, em tom irônico, que "agora, que os preços de energia estão subindo, planos para fazer perfurações estão a caminho, mas todos do lado cubano". De acordo com o New York Times, Cuba negociou acordos de exploração com países como a China e a Índia, enquanto que os Estados Unidos não podem fazer o mesmo, devido a vetos existentes no país.

Muitos dos que se opõem à exploração submarina de petróleo nos Estados Unidos argumentam que cavar poços de petróleo na região costeira acarretaria riscos ambientais. O jornal conta que Cuba já assinou acordos de exploração com China, Índia, Espanha e Canadá e recentemente até convidou companhias petrolíferas americanas a fazer o mesmo. Mas os americanos não podem fazê-lo, devido ao embargo econômico que o país mantém contra Cuba.

'O fim dos trabalhistas'

Uma articulista do jornal britânico The Guardian afirma que esta semana pode marcar o fim não apenas do mandato do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, como também do próprio Partido Trabalhista.

A articulista Polly Toynbee fala sobre as eleições locais recentes, nas quais os trabalhistas perderam 251 cadeiras e o controle de diversas regiões administrativas. De acordo com ela, os trabalhistas perderam até em regiões onde haviam feito boas administrações, uma vez que os líderes locais acreditaram equivocadamente que "o sucesso local poderia triunfar sobre uma liderança impopular".

Toynbee afirma que "o legado de Blair poderá ser a queda de seu partido". Ela acrescenta que "o perigo mortal" enfrentado pelos trabalhistas não se reflete apenas nas recentes eleições locais, mas também na sucessão de escândalos vividos dentro do partido.

Entre as supostas mazelas dos trabalhistas estão o que Toynbee chama de "toda a sujeira - financeira e sexual- a corrupção, a queda de normas de conduta e as companhias que cercam alguns ministros".
 

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