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09/05/2006
-
18h46
da BBC Brasil, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)
O governo do presidente boliviano, Evo Morales, deu um prazo de 15 dias para a madeireira Caramanu, de propriedade de um boliviano e de um brasileiro, deixar as terras que ocupa no departamento (estado) de Pando, na fronteira com o Acre.
A intimação foi entregue pessoalmente pelo vice-ministro de Terras, Alejandro Almaraz, e pela diretora nacional de Migrações, Maria Eugênia Berbejo, segundo fontes governamentais.
A decisao gerou preocupação entre dois mil agricultores brasileiros que ocupam um assentamento de terras na região há mais de 30 anos.
A maioria deles está ilegalmente no país, na região que fica próxima à fronteira brasileira e às cidades de Basiléia e Epitaciolândia.
Ao serem informados sobre a situação, assessores do governo brasileiro recordaram a interlocutores de Morales que existem cerca de 60 mil bolivianos apenas em São Paulo.
E que há um acordo migratório de reciprocidade em vigor. Este entendimento expirou em março passado e foi prorrogado até setembro, a pedido de autoridades bolivianas.
Ou seja, se o governo boliviano decidir pedir a saída de qualquer brasileiro do país, o governo brasileiro poderia adotar a mesma medida.
O argumento do governo da Bolívia é que as terras próximas às fronteiras pertencem ao Estado.
A medida faz parte da Reforma Agrária que está sendo preparada pelo governo e que também gera preocupação entre os plantadores brasileiros de soja, concentrados, principalmente em Santa Cruz de la Sierra, na fronteira com Mato Grosso.
Bolívia expropria madeireira de brasileiro
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)
O governo do presidente boliviano, Evo Morales, deu um prazo de 15 dias para a madeireira Caramanu, de propriedade de um boliviano e de um brasileiro, deixar as terras que ocupa no departamento (estado) de Pando, na fronteira com o Acre.
A intimação foi entregue pessoalmente pelo vice-ministro de Terras, Alejandro Almaraz, e pela diretora nacional de Migrações, Maria Eugênia Berbejo, segundo fontes governamentais.
A decisao gerou preocupação entre dois mil agricultores brasileiros que ocupam um assentamento de terras na região há mais de 30 anos.
A maioria deles está ilegalmente no país, na região que fica próxima à fronteira brasileira e às cidades de Basiléia e Epitaciolândia.
Ao serem informados sobre a situação, assessores do governo brasileiro recordaram a interlocutores de Morales que existem cerca de 60 mil bolivianos apenas em São Paulo.
E que há um acordo migratório de reciprocidade em vigor. Este entendimento expirou em março passado e foi prorrogado até setembro, a pedido de autoridades bolivianas.
Ou seja, se o governo boliviano decidir pedir a saída de qualquer brasileiro do país, o governo brasileiro poderia adotar a mesma medida.
O argumento do governo da Bolívia é que as terras próximas às fronteiras pertencem ao Estado.
A medida faz parte da Reforma Agrária que está sendo preparada pelo governo e que também gera preocupação entre os plantadores brasileiros de soja, concentrados, principalmente em Santa Cruz de la Sierra, na fronteira com Mato Grosso.
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