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10/05/2006
-
12h26
da BBC Brasil, no México
O subcomandante Marcos - o líder rebelde que comanda o movimento zapatista no México - não costuma dar entrevistas, mas nesta terça-feira concedeu uma ao vivo, de uma hora e para a Televisa, uma das principais emissoras do México.
A entrevista acabou se convertendo em um evento de mídia. Nela, Marcos, portando a máscara que sempre cobre seu rosto e munido de seu tradicional cachimbo, disse que o México se encontra em "um estado de raiva e indignação social" e advertiu que as próximas eleições mexicanas não devem contribuir em nada para diminuir a tensão no país.
O líder zapatista fez referência às recentes cenas de violência durante um protesto popular no município mexicano de San Salvador Atenco, no qual mais de 200 pessoas foram presas. De acordo com Marcos, o governo do país está "gerando um cenário de conflito que deve crescer".
O subcomandante indagou: "O que querem? Que as eleições sejam fiscalizadas pelo Exército? Que a efervescência social não permita a realização de eleições sem a presença dos militares e da polícia?".
Medíocres
De acordo com o líder rebelde, os três principais candidatos à eleição presidencial mexicana, marcada para julho, são "medíocres".
O líder rebelde afirmou que o esquerdista Manuel López Obrador deverá ganhar as eleições, mas não poupou críticas ao candidato. Segundo Marcos, o que López Obrador "diz ou deixa de dizer depende de seus índices nas pesquisas".
Marcos afirmou que Felipe Calderón, o candidato do atual presidente, Vicente Fox, representa "a continuação do perfil distorcido de um governante que nem sequer é um bom administrador, como Fox".
O subcomandante Marcos não fazia aparições públicas há vários anos. Mas reapareceu em janeiro deste ano durante o movimento que chamou de "A Outra Campanha", na qual vem viajando por todo o país, conclamando mexicanos a se unirem a seu movimento e a evitar os candidatos dos partidos tradiconais.
O líder rebelde frisou, no entanto, que não está defendendo o boicote ao pleito. Ele disse que comanda um movimento civil e pacífico.
Ao final da entrevista, o apresentador perguntou a Marcos como ele imagina que será o seu fim. O subcomandante limitou-se a responder: "Morto a bala".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o subcomandante Marcos
Subcomandante Marcos dá rara entrevista à TV
MARIUSA REYESda BBC Brasil, no México
O subcomandante Marcos - o líder rebelde que comanda o movimento zapatista no México - não costuma dar entrevistas, mas nesta terça-feira concedeu uma ao vivo, de uma hora e para a Televisa, uma das principais emissoras do México.
A entrevista acabou se convertendo em um evento de mídia. Nela, Marcos, portando a máscara que sempre cobre seu rosto e munido de seu tradicional cachimbo, disse que o México se encontra em "um estado de raiva e indignação social" e advertiu que as próximas eleições mexicanas não devem contribuir em nada para diminuir a tensão no país.
O líder zapatista fez referência às recentes cenas de violência durante um protesto popular no município mexicano de San Salvador Atenco, no qual mais de 200 pessoas foram presas. De acordo com Marcos, o governo do país está "gerando um cenário de conflito que deve crescer".
O subcomandante indagou: "O que querem? Que as eleições sejam fiscalizadas pelo Exército? Que a efervescência social não permita a realização de eleições sem a presença dos militares e da polícia?".
Medíocres
De acordo com o líder rebelde, os três principais candidatos à eleição presidencial mexicana, marcada para julho, são "medíocres".
O líder rebelde afirmou que o esquerdista Manuel López Obrador deverá ganhar as eleições, mas não poupou críticas ao candidato. Segundo Marcos, o que López Obrador "diz ou deixa de dizer depende de seus índices nas pesquisas".
Marcos afirmou que Felipe Calderón, o candidato do atual presidente, Vicente Fox, representa "a continuação do perfil distorcido de um governante que nem sequer é um bom administrador, como Fox".
O subcomandante Marcos não fazia aparições públicas há vários anos. Mas reapareceu em janeiro deste ano durante o movimento que chamou de "A Outra Campanha", na qual vem viajando por todo o país, conclamando mexicanos a se unirem a seu movimento e a evitar os candidatos dos partidos tradiconais.
O líder rebelde frisou, no entanto, que não está defendendo o boicote ao pleito. Ele disse que comanda um movimento civil e pacífico.
Ao final da entrevista, o apresentador perguntou a Marcos como ele imagina que será o seu fim. O subcomandante limitou-se a responder: "Morto a bala".
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