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11/05/2006
-
11h43
da BBC Brasil, em Madri
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediu, durante visita a Madri, que não "haja guerra fria na América do Sul" em referência às recentes divergências entre os governos da região, depois da posse de Evo Morales na Bolívia e da aliança formada entre ele e o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Bachelet, em sua primeira visita oficial à Espanha, disse que "não gostaria que a América do Sul voltasse a uma etapa do passado. Não acho bom demonizar nenhum país, porque cada um tem sua legislação, seus pontos de vista e suas necessidades”, evitando citar nomes.
A governante socialista que conversou na quarta-feira com a imprensa ao lado do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que a solução para a região é resolver os problemas sociais e fortalecer a democracia.
"Há nações na América Latina que ainda vivem em condições inaceitáveis, com democracias que não estão consolidadas. Temos que ser respeitosos com a soberania de cada país", disse Bachelet.
Gás da Bolívia
Quanto à nacionalização do gás boliviano, Bachelet disse que a solução já foi discutida entre todos os chefes de Estado, mas falta fechar os acordos.
"Temos enormes reservas de energia de todos os tipos na América do Sul. Se formos capazes de avançar na criação de um anel energético, com o projeto de infra-estrutura global, vamos resolver esse impasse", completou.
"O que nos falta na América Latina, no Cone Sul, é entender a diversidade, encontrar desejos comuns e aproveitar as possibilidades da globalização. Um exemplo desse trabalho em comum é o caso do Haiti. Estivemos todos unidos no processo de desenvolvimento do país mais pobre do continente, afirmou Bachelet.
O primeiro-ministro Zapatero elogiou o Chile, que considera um "país moderno, sério e aberto" e um exemplo para a América Latina.
O Chile é um dos quatro países em todo mundo, ao lado da Espanha, que tem a igualdade de gênero no primeiro escalão e 50% dos ministros são mulheres.
Boa imagem
Bachelet definiu a boa imagem do Chile no exterior, dizendo que o país é "pequeno, mas respeitado por sua política séria e responsável nos setores social e econômico".
A presidente chilena confirmou que terá um encontro com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante a Cúpula de Viena, mas não quis adiantar o teor da reunião.
Já o primeiro-ministro Zapatero terá uma reunião com o presidente brasileiro no encontro de cúpula para discutir a situação da Petrobras e da Repsol na Bolívia, embora por enquanto não haja uma postura comum nessa crise.
"Estamos trabalhando desde o primeiro momento em que soubemos do decreto de nacionalização (dos hidrocarbonetos na Bolívia). Mandamos uma comissão para estabelecer um clima de negociação e isso tem seu tempo. É lógico que a Espanha vai defender os direitos das empresas espanholas, mas sempre defendendo o diálogo antes de mais nada. Essa política vale para todos os países e mais ainda sendo um país amigo como a Bolivia."
Bachelet quer evitar "guerra fria" na América do Sul
ANELISE INFANTEda BBC Brasil, em Madri
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediu, durante visita a Madri, que não "haja guerra fria na América do Sul" em referência às recentes divergências entre os governos da região, depois da posse de Evo Morales na Bolívia e da aliança formada entre ele e o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Bachelet, em sua primeira visita oficial à Espanha, disse que "não gostaria que a América do Sul voltasse a uma etapa do passado. Não acho bom demonizar nenhum país, porque cada um tem sua legislação, seus pontos de vista e suas necessidades”, evitando citar nomes.
A governante socialista que conversou na quarta-feira com a imprensa ao lado do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que a solução para a região é resolver os problemas sociais e fortalecer a democracia.
"Há nações na América Latina que ainda vivem em condições inaceitáveis, com democracias que não estão consolidadas. Temos que ser respeitosos com a soberania de cada país", disse Bachelet.
Gás da Bolívia
Quanto à nacionalização do gás boliviano, Bachelet disse que a solução já foi discutida entre todos os chefes de Estado, mas falta fechar os acordos.
"Temos enormes reservas de energia de todos os tipos na América do Sul. Se formos capazes de avançar na criação de um anel energético, com o projeto de infra-estrutura global, vamos resolver esse impasse", completou.
"O que nos falta na América Latina, no Cone Sul, é entender a diversidade, encontrar desejos comuns e aproveitar as possibilidades da globalização. Um exemplo desse trabalho em comum é o caso do Haiti. Estivemos todos unidos no processo de desenvolvimento do país mais pobre do continente, afirmou Bachelet.
O primeiro-ministro Zapatero elogiou o Chile, que considera um "país moderno, sério e aberto" e um exemplo para a América Latina.
O Chile é um dos quatro países em todo mundo, ao lado da Espanha, que tem a igualdade de gênero no primeiro escalão e 50% dos ministros são mulheres.
Boa imagem
Bachelet definiu a boa imagem do Chile no exterior, dizendo que o país é "pequeno, mas respeitado por sua política séria e responsável nos setores social e econômico".
A presidente chilena confirmou que terá um encontro com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante a Cúpula de Viena, mas não quis adiantar o teor da reunião.
Já o primeiro-ministro Zapatero terá uma reunião com o presidente brasileiro no encontro de cúpula para discutir a situação da Petrobras e da Repsol na Bolívia, embora por enquanto não haja uma postura comum nessa crise.
"Estamos trabalhando desde o primeiro momento em que soubemos do decreto de nacionalização (dos hidrocarbonetos na Bolívia). Mandamos uma comissão para estabelecer um clima de negociação e isso tem seu tempo. É lógico que a Espanha vai defender os direitos das empresas espanholas, mas sempre defendendo o diálogo antes de mais nada. Essa política vale para todos os países e mais ainda sendo um país amigo como a Bolivia."
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