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11/05/2006
-
23h57
da BBC Brasil, em La Paz
O chefe da Casa Civil da Presidência da República boliviana, Juan Quintana, tentou amenizar as declarações do presidente do país, Evo Morales, de que a Petrobras está "ilegalmente" na Bolívia.
Segundo ele, as palavras de Morales na quinta-feira não mudam o acordo entre a empresa brasileira e o governo boliviano, após reunião quarta-feira, em La Paz – ou seja, na noite anterior às acusações de Morales à empresa brasileira.
O presidente da estatal boliviana YPFB, Jorge Alvarado, saiu em sua defesa, afirmando que Morales não comentaria algo que não soubesse.
"Eu não posso opinar pelo presidente. Mas o presidente sabe o que diz e se ele disse alguma coisa é porque tem informação", afirmou.
Preocupação
Alvarado e Quintana, entre outras autoridades, mostraram preocupação com o futuro das discussões com a empresa brasileira.
Mas ressaltaram que as empresas transnacionais instaladas no país, incluindo a Petrobras, assinaram contratos que não tiveram o aval do Congresso Nacional, como manda a constituição.
"Elas assinaram contratos ilegais porque não foram aprovados pelo Parlamento", disse Quintana.
Esse foi o argumento de Morales, na entrevista coletiva em Viena, na Áustria, para dizer que a Petrobras está de forma irregular na Bolívia.
"Eu não posso dizer agora qual é a situação, mas temos que fazer a investigação correspondente", disse Alvarado, sem entrar em mais detalhes. Ao mesmo tempo, ele informou que as comissões bilaterais para se tentar avançar nas negociações dos novos contratos já começam a se reunir na próxima terça-feira.
Tensão
Numa entrevista no início da noite, no palácio presidencial, Juan Quintana, homem forte do governo, tentou diminuir a tensão gerada com as acusações de Morales.
Ele afirmou que o comunicado conjunto divulgado, na quarta-feira, entre representantes do Brasil e da Bolívia mantinha sua validade. Prova de que, interpretou, havia disposição para entendimento dos dois lados.
"Esta declaração conjunta entre o presidente de Petrobras (Sergio Gabrielli) e o ministro boliviano de hidrocarbonetos (Andrés Soliz Rada) se mantém inalterada."
Quintana afirmou que as negociações vão continuar para se definir o novo papel da Petrobras no país, após o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos.
"Para nós, (após a reunião de quarta-feira) a Petrobras reconheceu a legalidade do decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos e acho que essa declaração conjunta não sofreu nenhum retrocesso", insistiu.
Quando perguntado se o presidente também tinha se referido à palavra "contrabando", Quintana descartou, reiterando que a questão em debate é a falta de aval dos contratos das privatizadas pelo Parlamento.
Autoridades bolivianas tentam amenizar palavras de Morales
MARCIA CARMOda BBC Brasil, em La Paz
O chefe da Casa Civil da Presidência da República boliviana, Juan Quintana, tentou amenizar as declarações do presidente do país, Evo Morales, de que a Petrobras está "ilegalmente" na Bolívia.
Segundo ele, as palavras de Morales na quinta-feira não mudam o acordo entre a empresa brasileira e o governo boliviano, após reunião quarta-feira, em La Paz – ou seja, na noite anterior às acusações de Morales à empresa brasileira.
O presidente da estatal boliviana YPFB, Jorge Alvarado, saiu em sua defesa, afirmando que Morales não comentaria algo que não soubesse.
"Eu não posso opinar pelo presidente. Mas o presidente sabe o que diz e se ele disse alguma coisa é porque tem informação", afirmou.
Preocupação
Alvarado e Quintana, entre outras autoridades, mostraram preocupação com o futuro das discussões com a empresa brasileira.
Mas ressaltaram que as empresas transnacionais instaladas no país, incluindo a Petrobras, assinaram contratos que não tiveram o aval do Congresso Nacional, como manda a constituição.
"Elas assinaram contratos ilegais porque não foram aprovados pelo Parlamento", disse Quintana.
Esse foi o argumento de Morales, na entrevista coletiva em Viena, na Áustria, para dizer que a Petrobras está de forma irregular na Bolívia.
"Eu não posso dizer agora qual é a situação, mas temos que fazer a investigação correspondente", disse Alvarado, sem entrar em mais detalhes. Ao mesmo tempo, ele informou que as comissões bilaterais para se tentar avançar nas negociações dos novos contratos já começam a se reunir na próxima terça-feira.
Tensão
Numa entrevista no início da noite, no palácio presidencial, Juan Quintana, homem forte do governo, tentou diminuir a tensão gerada com as acusações de Morales.
Ele afirmou que o comunicado conjunto divulgado, na quarta-feira, entre representantes do Brasil e da Bolívia mantinha sua validade. Prova de que, interpretou, havia disposição para entendimento dos dois lados.
"Esta declaração conjunta entre o presidente de Petrobras (Sergio Gabrielli) e o ministro boliviano de hidrocarbonetos (Andrés Soliz Rada) se mantém inalterada."
Quintana afirmou que as negociações vão continuar para se definir o novo papel da Petrobras no país, após o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos.
"Para nós, (após a reunião de quarta-feira) a Petrobras reconheceu a legalidade do decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos e acho que essa declaração conjunta não sofreu nenhum retrocesso", insistiu.
Quando perguntado se o presidente também tinha se referido à palavra "contrabando", Quintana descartou, reiterando que a questão em debate é a falta de aval dos contratos das privatizadas pelo Parlamento.
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