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13/05/2006
-
18h44
da BBC Brasil, em Viena
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira em Viena que o governo brasileiro reagiu de forma positiva ao recuo do presidente da Bolívia, Evo Morales, em relação aos ataques que havia feito à Petrobras.
"Eu vejo que o que ele falou hoje é positivo na medida em que cria condições para a retomada de um diálogo", afirmou Amorim.
Na manhã deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um café-da-manhã marcado com o líder boliviano.
"Eu acho que ele mesmo definiu o encontro que terá amanhã com o presidente Lula como importantíssimo", disse o ministro.
Sem especulação
O ministro disse que não "especularia" sobre as razões que teriam levado Morales a recuar das acusações.
Amorim disse apenas "que houve vários contatos" durante a cúpula, mas não deixou claro se Morales teria sido pressionado a voltar atrás nas declarações feitas anteriormente.
Antes da entrevista de Morales nesta sexta-feira, Amorim havia indicado que medidas mais enérgicas, como a de retirar o embaixador brasileiro da Bolívia, não estavam descartadas.
Porém, quando perguntado se sua insinuação tinha sido o motivo do recuo de Morales, Amorim disse que fazer esta interpretação seria tomar muito "mérito" para si.
O ministro das Relações Exteriores também disse que Morales manifestou vontade de visitar o Brasil.
'Contrabando'
Na entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, o presidente boliviano culpou a imprensa pela crise gerada por suas declarações no dia anterior.
"Alguns meios de comunicação querem nos confrontar, querem nos fazer brigar com o companheiro Lula. Temos muitas coincidências com o presidente Lula", afirmou Morales.
Ele negou ter citado a Petrobras entre as empresas que praticavam contrabando no país.
"Lamento muito que alguns meios de comunicação (tenham publicado a notícia de que Morales chamou a Petrobras de contrabandista). Vamos investigar se petroleiras pagam impostos e se fazem contrabando ou não."
O líder boliviano voltou a afirmar que há denúncias envolvendo algumas empresas, mas disse que nunca mencionou a Petrobras, que é a empresa que mais recolhe impostos no país.
Ao lado da siderúrgica brasileira EBX, que já foi expulsa do país, o nome da Petrobras tinha sido o único citado na polêmica entrevista que Morales deu no primeiro dia da cúpula, quando ele acusou petroleiras estrangeiras de praticar irregularidades no país.
Morales chegou a afirmar que a Petrobras agia ilegalmente na Bolívia e que seus contratos eram inconstitucionais.
Apesar de não ter acusado a empresa brasileira diretamente de contrabando, Morales havia insinuado que havia petroleiras no país que praticavam este tipo de crime.
"Certamente na reunião de amanhã acertaremos algumas bases para seguirmos sendo aliados como países e também como empresas", disse o presidente boliviano, referindo-se ao encontro com Lula.
Questionado sobre a reação do governo brasileiro a suas declarações anteriores, Morales disse: "Não conheço a versão do presidente Lula, se ele disse que está indignado."
"Nós também podemos estar indignados com o fato de empresas explorarem irracionalmente nossos recursos naturais", ressaltou.
O líder boliviano fez questão de dizer, no entanto, que não está "expulsando" a Petrobras, que, segundo ele, assim como a espanhola Repsol, leva ao país investimentos que permitem que a Bolívia combata seus problemas econômicos e sociais.
Recuo de Morales é bem-recebido por governo brasileiro
CAROLINA GLYCERIOda BBC Brasil, em Viena
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira em Viena que o governo brasileiro reagiu de forma positiva ao recuo do presidente da Bolívia, Evo Morales, em relação aos ataques que havia feito à Petrobras.
"Eu vejo que o que ele falou hoje é positivo na medida em que cria condições para a retomada de um diálogo", afirmou Amorim.
Na manhã deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um café-da-manhã marcado com o líder boliviano.
"Eu acho que ele mesmo definiu o encontro que terá amanhã com o presidente Lula como importantíssimo", disse o ministro.
Sem especulação
O ministro disse que não "especularia" sobre as razões que teriam levado Morales a recuar das acusações.
Amorim disse apenas "que houve vários contatos" durante a cúpula, mas não deixou claro se Morales teria sido pressionado a voltar atrás nas declarações feitas anteriormente.
Antes da entrevista de Morales nesta sexta-feira, Amorim havia indicado que medidas mais enérgicas, como a de retirar o embaixador brasileiro da Bolívia, não estavam descartadas.
Porém, quando perguntado se sua insinuação tinha sido o motivo do recuo de Morales, Amorim disse que fazer esta interpretação seria tomar muito "mérito" para si.
O ministro das Relações Exteriores também disse que Morales manifestou vontade de visitar o Brasil.
'Contrabando'
Na entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, o presidente boliviano culpou a imprensa pela crise gerada por suas declarações no dia anterior.
"Alguns meios de comunicação querem nos confrontar, querem nos fazer brigar com o companheiro Lula. Temos muitas coincidências com o presidente Lula", afirmou Morales.
Ele negou ter citado a Petrobras entre as empresas que praticavam contrabando no país.
"Lamento muito que alguns meios de comunicação (tenham publicado a notícia de que Morales chamou a Petrobras de contrabandista). Vamos investigar se petroleiras pagam impostos e se fazem contrabando ou não."
O líder boliviano voltou a afirmar que há denúncias envolvendo algumas empresas, mas disse que nunca mencionou a Petrobras, que é a empresa que mais recolhe impostos no país.
Ao lado da siderúrgica brasileira EBX, que já foi expulsa do país, o nome da Petrobras tinha sido o único citado na polêmica entrevista que Morales deu no primeiro dia da cúpula, quando ele acusou petroleiras estrangeiras de praticar irregularidades no país.
Morales chegou a afirmar que a Petrobras agia ilegalmente na Bolívia e que seus contratos eram inconstitucionais.
Apesar de não ter acusado a empresa brasileira diretamente de contrabando, Morales havia insinuado que havia petroleiras no país que praticavam este tipo de crime.
"Certamente na reunião de amanhã acertaremos algumas bases para seguirmos sendo aliados como países e também como empresas", disse o presidente boliviano, referindo-se ao encontro com Lula.
Questionado sobre a reação do governo brasileiro a suas declarações anteriores, Morales disse: "Não conheço a versão do presidente Lula, se ele disse que está indignado."
"Nós também podemos estar indignados com o fato de empresas explorarem irracionalmente nossos recursos naturais", ressaltou.
O líder boliviano fez questão de dizer, no entanto, que não está "expulsando" a Petrobras, que, segundo ele, assim como a espanhola Repsol, leva ao país investimentos que permitem que a Bolívia combata seus problemas econômicos e sociais.
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