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16/05/2006 - 09h05

Lula é refém da violência, afirma 'La Nación'

da BBC Brasil

O jornal argentino La Nación traz um texto do seu correspondente no Brasil no qual ele afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "outro refém da violência" brasileira.

Para o correspondente Luis Esnal, um dos motivos que explicam a vitória de Lula em 2002 "foi a aceitação, por setores que jamais haviam aceito um presidente sindicalista de centro-esquerda, de que a violência havia superado todos os limites".

Mas o diário acrescenta que, mais de três anos após a vitória de Lula, "o maior problema do Brasil está fora de controle", com "São Paulo refém de uma organização criminosa que só vai interromper seus atentados quando decidir fazê-lo" e com "o Rio de Janeiro controlado pelo poder paralelo do narcotráfico".

Segundo o La Nación, "até Florianópolis, o antigo paraíso de tranqüilidade dos argentinos, começou a ser invadido no verão por uma onda de violência".

Para o correspondente, com o país assolado por narcotráfico, assaltos, contrabando, tráfico de armas e seqüestros, a corrupção "pode não ser o único crime em debate na campanha eleitoral que está prestes a começar".

Em outra reportagem, o correspondente do jornal faz um relato na primeira pessoa sobre "a situação surrealista" que levou os habitantes da "terceira cidade mais populosa do mundo" a se fecharem em suas casas como que aderindo a "um estado de sítio que se instalou sem que o governo precisasse anunciá-lo".

Os jornais britânicos também destacam a violência em São Paulo. O diário Independent afirma que o PCC tem métodos semelhantes aos da Máfia siciliana. Já o The Times diz que a organização se transformou em uma "franquia criminosa envolvida em assaltos a banco, seqüestros e tráfico de armas".

Etanol no Brasil

O jornal britânico Financial Times publica reportagem na qual afirma que "o interesse mundial" pelo etanol "pode fazer com que o Brasil readquira influência política".

O jornal cita acordos internacionais firmados pelo Brasil ligados ao etanol e afirma que o combustível alternativo pode fazer com que o Brasil volte a ter influência mundial "após haver sido eclipsado pelo eixo radical dos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia", que, segundo o jornal "fazem política com seu petróleo e o seu gás".

O FT comenta que além de exportar etanol, o Brasil também vende a tecnologia necessária para produzi-lo, o que "pode ter efeitos duradouros" e beneficiar diferentes países latino-americanos.

Chávez em destaque

Dois jornais britânicos trazem entrevistas com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que veio a Londres no fim de semana e parmeneceu na capital britânica até a última segunda-feira.

Na entrevista concedida ao jornal The Independent, o líder venezuelano afirma não concordar com os que afirmam não haver liberdade de expressão em Cuba, país governado por seu aliado, o presidente Fidel Castro.

"Lá, há pessoas que se expressam sobre vários temas. Não há repressão em Cuba. O fato de ter uma imprensa e canais de TV fazem com que se tenha liberdade de expressão? Há muito cinismo por trás disso. Cada país tem seu modelo", afirma Chávez.

Na entrevista, o presidente da Venezuela afirma que se os Estados Unidos promoverem o que chama de uma nova tentativa de golpe contra ele, a Venezuela irá explodir seus poços de petróleo. "Estamos esperando. Se eles vierem em busca de petróleo, não encontrarão petróleo", afirma.

Na entrevista concedida ao diário The Guardian, Chávez rende uma inesperada homenagem à raina Elizabeth 2ª. "Gostaria de aproveitar a oportunidade dada por seu jornal de saudá-la e congratulá-la por seu 80º aniversário".

Chávez ainda acrescenta: "Ela e Fidel têm mais ou menos a mesma idade. Eu a vi na TV e ela parece tão jovem".
 

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