Publicidade
Publicidade
16/05/2006
-
11h34
O cantor Bono, o líder do grupo U2, se tornou editor de jornal por um dia. Ele assina a edição especial do diário britânico The Independent desta terça-feira. Metade da renda gerada pela venda de exemplares desta edição será revertida para o combate à Aids na África.
A edição destaca temas ligados à África, mas o jornal também traz um editorial que aborda o atual momento vivido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, intitulado "Um desafio para o sr. Lula", afirma que "sabiamente", Lula, em vez de desestabilizar o país com "reformas apressadas", "gravitou para o centro, prometendo um sólido comando da economia".
O editorial afirma, no entanto, que "se os eventos em São Paulo forem um anúncio do que está por vir, talvez seja motivo para diminuir o otimismo". Ainda assim, o texto ressalva que "o presidente Lula estava parcialmente certo quando atribuiu a violência à desigualdade social no Brasil e à falta de investimento em educação".
O editorial acrescenta "que estes são flagelos que só podem ser combatidos a longo prazo. No momento, ele (Lula) pode vir a se sentir cada vez mais aprisionado por reformas muito lentas para os pobres e muito rápidas para os ricos".
Destaques
Entre os destaques do jornal estão uma entrevista conduzida pelo próprio Bono com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ministro das Finanças do país, Gordon Brown. A capa da edição traz uma ilustração assinada pelo artista plástico britânico Damien Hirst, com a manchete "Sem notícias por hoje", seguida da frase, em letras miúdas, "Apenas 6.500 africanos morreram hoje devido a uma doença que pode ser prevenida e tratada (HIV-Aids)".
A África é tema de reportagens, como a que trata das crianças obrigadas a se tornar chefes de família devido à morte de seus pais pela Aids, e de artigos, como o do organizador do Live Aid, Bob Geldof, no qual ele defende que as nações desenvolvidas adotem relações comerciais mais justas com os países africanos.
Os amigos de Bono também comparecem. O guitarrista do U2, The Edge, dá uma entrevista na qual fala sobre o esforço de músicos de New Orleans para reconstruir sua cultura após os danos causados pelo furacão Katrina. O jornal traz um ensaio fotográfico da artista visual britânica Sam Taylor-Wood, no qual ela documenta a pobreza no sul dos Estados Unidos, e uma entrevista realizada pela estilista Stella McCartney com Giorgio Armani.
Até mesmo os anúncios publicitários da edição seguem a linha engajada de Bono. Há propagandas de organizações não-governamentais e da linha de produtos Red, que abrange cartões de crédito e telefones celulares e cuja renda é voltada para o combate à Aids no continente africano.
Há também itens curiosos, como a lista com as dez melhores músicas de todos os tempos compilada pela secretária de Estado americana, Condolleezza Rice.
Rice deu preferência aos clássicos, como o Concerto para Piano em Ré Menor, de Mozart, no primeiro lugar da sua lista, mas também contemplou a música pop, com a faixa Sunshine of Your Love, do grupo Cream, e sucessos da soul music, como Respect.
A secretária de Estado também se revelou uma fã da banda do editor por um dia, dizendo que gostava de ouvir "qualquer coisa" do U2.
Editado por Bono, 'Independent' fala da violência em SP
da BBC BrasilO cantor Bono, o líder do grupo U2, se tornou editor de jornal por um dia. Ele assina a edição especial do diário britânico The Independent desta terça-feira. Metade da renda gerada pela venda de exemplares desta edição será revertida para o combate à Aids na África.
A edição destaca temas ligados à África, mas o jornal também traz um editorial que aborda o atual momento vivido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, intitulado "Um desafio para o sr. Lula", afirma que "sabiamente", Lula, em vez de desestabilizar o país com "reformas apressadas", "gravitou para o centro, prometendo um sólido comando da economia".
O editorial afirma, no entanto, que "se os eventos em São Paulo forem um anúncio do que está por vir, talvez seja motivo para diminuir o otimismo". Ainda assim, o texto ressalva que "o presidente Lula estava parcialmente certo quando atribuiu a violência à desigualdade social no Brasil e à falta de investimento em educação".
O editorial acrescenta "que estes são flagelos que só podem ser combatidos a longo prazo. No momento, ele (Lula) pode vir a se sentir cada vez mais aprisionado por reformas muito lentas para os pobres e muito rápidas para os ricos".
Destaques
Entre os destaques do jornal estão uma entrevista conduzida pelo próprio Bono com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ministro das Finanças do país, Gordon Brown. A capa da edição traz uma ilustração assinada pelo artista plástico britânico Damien Hirst, com a manchete "Sem notícias por hoje", seguida da frase, em letras miúdas, "Apenas 6.500 africanos morreram hoje devido a uma doença que pode ser prevenida e tratada (HIV-Aids)".
A África é tema de reportagens, como a que trata das crianças obrigadas a se tornar chefes de família devido à morte de seus pais pela Aids, e de artigos, como o do organizador do Live Aid, Bob Geldof, no qual ele defende que as nações desenvolvidas adotem relações comerciais mais justas com os países africanos.
Os amigos de Bono também comparecem. O guitarrista do U2, The Edge, dá uma entrevista na qual fala sobre o esforço de músicos de New Orleans para reconstruir sua cultura após os danos causados pelo furacão Katrina. O jornal traz um ensaio fotográfico da artista visual britânica Sam Taylor-Wood, no qual ela documenta a pobreza no sul dos Estados Unidos, e uma entrevista realizada pela estilista Stella McCartney com Giorgio Armani.
Até mesmo os anúncios publicitários da edição seguem a linha engajada de Bono. Há propagandas de organizações não-governamentais e da linha de produtos Red, que abrange cartões de crédito e telefones celulares e cuja renda é voltada para o combate à Aids no continente africano.
Há também itens curiosos, como a lista com as dez melhores músicas de todos os tempos compilada pela secretária de Estado americana, Condolleezza Rice.
Rice deu preferência aos clássicos, como o Concerto para Piano em Ré Menor, de Mozart, no primeiro lugar da sua lista, mas também contemplou a música pop, com a faixa Sunshine of Your Love, do grupo Cream, e sucessos da soul music, como Respect.
A secretária de Estado também se revelou uma fã da banda do editor por um dia, dizendo que gostava de ouvir "qualquer coisa" do U2.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice