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17/05/2006 - 06h58

Equador cede ao 'populismo' latino-americano, diz 'FT'

da BBC Brasil

O Financial Times, principal jornal de economia e finanças da Europa, afirma nesta quarta-feira que o presidente do Equador, Alfredo Palacio, "se rendeu ao populismo" e está "empurrando" o país no sentido da onda de "nacionalismo agressivo" vivida na América do Sul.

O diário se refere à decisão do governo equatoriano de cancelar o contrato da empresa petrolífera americana Occiental, a maior produtora de hidrocarbonetos do país, e se apropriar de seus bens.

Segundo o jornal, a decisão de Palacio pode ser tão séria para a região quanto a decisão da Bolívia de nacionalizar as suas empresas de gás.

O Financial Times afirma que Palacio tem estilo bem distinto dos "líderes andinos radicais" Evo Morales, presidente da Bolívia, e Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Mas o jornal acrescenta que a presença da Occidental no país vinha sendo contestada por sindicalistas e organizações indígenas no Equador, e que o tema pode influir nas eleições presidenciais de outubro.

As supresas da Bolívia

O espanhol ABC afirma que após ter ameaçado interesses espanhóis na Bolívia, com a nacionalização das companhias de gás e de petróleo do país, Evo Morales "agora ameaça a Espanha com o fim da gestão de aeroportos bolivianos".

O diário afirma em relação às nacionalizações bolivianas, que "a cada dia o país oferece uma nova surpresa".

O ABC se refere ao anúncio feito pelo governo boliviano de que irá revisar o contrato da empresa espanhola que gerencia três dos principais aeroportos do país desde 1997 e irá repassá-lo para uma estatal boliviana.

Tempestade nuclear

O jornal britânico The Guardian afirma na reportagem que ilustra a sua capa que o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair causou "uma tempestade política" em seu próprio gabinete político ao apoiar a construção de novas usinas nucleares no país.

O diário traz ainda uma entrevista com o ex-ministro britânico do Meio Ambiente, Elliott Morley, que critica os planos de investir em usina nuclear e argumenta que o país deveria investir em preservação e renovação energética.

O Guardian afirma que, além das fortes críticas que já vem enfrentando por parte de organizações ambientais, Blair também terá de responder às dúvidas de uma agência do próprio governo.

O jornal se refere às questões que a Comissão de Desenvolvimento Sustentável deve levantar junto ao governo sobre o custo de implantação e a segurança necessária para pôr em funcionamento as novas usinas.

Cisões policiais

O jornal The Times traz uma reportagem sobre a mais nova crise enfrentada pelo comandante da Polícia Metropolitana de Londres, Ian Blair, que vem sofrendo forte pressão para renunciar ao cargo desde o caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia, em julho do ano passado.

O diário relata que um dos principais chefes de polícia da corporação, Peter Smyth, que comanda 24 mil oficiais, disse que não há mais confiança em Blair e que existe um crescente descontentamento dentro da organização em relação ao comandante da entidade.

O Times lembra que Blair está sendo investigado pela corregedoria da Polícia Metropolitana de Londres, pela acusação de ter feito declarações falsas após a morte de Jean Charles de Menezes.
 

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