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19/05/2006 - 14h36

Bilheteria de 'Código da Vinci' decepciona na França

DANIELA FERNANDES
da BBC Brasil, em Paris

O filme O Código da Vinci, lançado no Festival de Cannes e exibido nas salas de cinema da França desde quarta-feira, dois dias antes da estréia mundial, não atraiu um grande público no país, apesar da enorme campanha de divulgação e do sucesso do livro de Dan Brown.

Segundo o CBO Box Office, que contabiliza a arrecadação de bilheterias, 233 mil pessoas assistiram ao filme no dia de seu lançamento na França.

O número parece significativo, mas representa quase 30% do número de entradas que Harry Potter e A Câmara Secreta vendeu em seu primeiro dia de exibição no país - 600 mil.

Assista a reportagem sobre o impacto do filme no turismo da França e da Grã-Bretanha.

O primeiro longa-metragem no ranking de filmes mais vistos na França em um dia de lançamento é Táxi 2, do francês Gérard Krawczyk, com pouco mais de 800 mil ingressos vendidos. Em segundo lugar, está Star Wars - Episódio 3: A Vingança dos Sith. Nessa classificação, O Código da Vinci ocupa apenas a 52ª posição.

Entre os filmes lançados em 2006, a produção estrelada por Tom Hanks fica em quarto lugar no número de bilhetes vendidos em dia de estréia, atrás da comédia francesa Les Bronzés 3 (ainda sem título em português), do desenho A Era do Gelo 2 e de outra comédia da França, Camping.

Em Cannes, no sul do país, O Código da Vinci teve uma recepção glacial. Nesta sexta-feira, o diretor Ron Howard disse que as críticas publicadas após a projeção do filme no Festival Internacional são “frustrantes” e espera agora o veredicto do público.

Turismo

Mas mesmo que a megaprodução cinematográfica, que custou 125 milhões de euros (R$ 344,8 milhões), não tenha o sucesso esperado nas bilheterias da França, o turismo de Paris deverá viver mais um “fenômeno O Código da Vinci”.

A capital francesa se preparou para o lançamento do filme, esperando a invasão de turistas que ocorreu em razão do sucesso do livro de Dan Brown.

Mais de 40 milhões de exemplares da obra foram vendidos em todo o mundo, e milhões de turistas quiseram visitar os locais mencionados no livro.

No ano passado, a capital francesa registrou 26 milhões de visitantes, um número recorde que o Escritório de Turismo de Paris atribui ao sucesso do best-seller.

O organismo prevê que o lançamento mundial do filme irá trazer ainda mais visitantes à cidade, e várias operações comerciais estão sendo realizadas em função da estréia.

A estação de metrô Concorde, uma das mais movimentadas da capital, que também aparece no filme, foi totalmente decorada com cartazes dos atores Tom Hanks, Audray Tautou, Ian McEllen e Paul Bettany, identificados com os nomes de seus personagens.

Pacotes Da Vinci

O célebre Hotel Ritz, onde o personagem central Robert Langdon se hospeda durante a aventura parisiense, propõe um pacote promocional “Código da Vinci”, com diária a 670 euros (cerca de R$ 1,9 mil), que inclui um quarto de luxo e o direito de levar um robe igual ao utilizado por Hanks no filme.

Normalmente, uma diária neste tipo de quarto custa pelo menos 770 euros (aproximadamente R$ 2,2 mil). A direção do hotel informa que prevê um aumento no número de clientes após o lançamento do filme, sobretudo de turistas norte-americanos.

A experiência de se hospedar em um dos cenários de O Código da Vinci já seduziu nos últimos dias algumas dezenas de turistas.

O Château de Villette, outro local importante no livro e também no filme, situado próximo a Orléans, a uma hora e meia de Paris, propõe uma estada de cinco noites, incluindo uma visita ao Hotel Ritz, por cerca de 4 mil euros (pouco mais de R$ 11 mil).

Além disso, o número de agências de turismo que oferecem visitas aos locais mencionados na obra aumentou consideravelmente neste ano em razão do lançamento do filme.

Cerca de 30 delas organizam passeios pelo Museu do Louvre, à igreja Saint-Sulpice, à Rua de Rivoli e à Avenida des Champs-Elysées, entre outros pontos da cidade.

E apenas no mês passado, mais de 7 mil internautas clicaram no dossiê especial “Nos passos do Código da Vinci” do comitê de turismo de Paris.
 

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