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31/05/2006 - 12h49

Tropas de paz devem ficar mais seis meses no Timor Leste

da BBC Brasil

Os cerca de 1.300 soldados australianos enviados na semana passada para controlar a situação no Timor Leste devem permanecer no país por até seis meses, e um grupo menor até as eleições do ano que vem, de acordo com funcionários do governo da Austrália.

Apesar da presença de tropas de paz estrangeiras, a violência no país continua.

O ministro do Exterior da Austrália, Alexander Downer, afirmou que a situação não pode ser resolvida por meio de conciliação política – uma opinião que é compartilhada por todo o grupo de 15 nações que financiam o país e que divulgaram um comunicado conjunto nesta quarta-feira.

O presidente timorense, Xanana Gusmão, assumiu os poderes em caráter emergencial na terça-feira em mais uma tentativa de acalmar os ânimos.

Ele também assumiu pessoalmente o controle das Forças Armadas para tentar restaurar a estabilidade.

Líder da resistência

Durante os 24 anos de ocupação da Indonésia no Timor Leste, Xanana foi um dos principais líderes da resistência armada timorense.

Nas últimas semanas, confrontos entre ex-soldados, gangues de jovens e as forças de segurança timorenses provocaram uma onda de violência e forçaram o envio de tropas de paz estrangeiras ao país na última quinta-feira.

Depois de fracassar nas tentativas de restaurar a estabilidade, o primeiro-ministro do Timor Leste, Mari Alkatiri, recebeu vários apelos para se demitir, mas se recusa a entregar o cargo.

Ele alega que essas decisões devem ser tomadas pelo povo durante as eleições.

No início dessa semana, a capital do Timor Leste começou a registrar saques, cinco dias após a chegada das tropas de paz da Austrália para patrulhar a cidade.

Saques

Muitos prédios e veículos foram queimados e lojas vêm sendo saqueadas pela população que aos poucos está ficando sem mantimentos.

Dezenas de milhares de pessoas já abandonaram suas casas e agências assistenciais estão alertando para uma crise.

Junto com os saques, gangues de jovens armados com facões estão apavorando os moradores.

O estopim para a onda de violência que começou na semana passada teria sido a demissão de 600 soldados de um contingente de 1.400 no mês de março.

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