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02/06/2006 - 08h41

Represa na Amazônia une progresso e ambientalismo, diz 'Economist'

da BBC Brasil

A revista britânica The Economist traz reportagem na edição desta semana sobre o projeto de represamento do rio Madeira, no Estado de Rondônia.

De acordo com a publicação, aqueles no Brasil que defendem o represamento do rio "estão tentando transformar a tradicional briga entre crescimento e preservação ambiental em um casamento".

Segundo a Economist, o projeto de R$ 20 bilhões que geraria a terceira maior produtora hidrelétrica do Brasil é "modesto", pois conta com uma represa de apenas 15 metros, "um anão se comparado com os 196 metros de Itaipu". Além disso, o projeto prevê investimentos em conservação ambiental, "em uma área notória pelo desmatamento e que já foi aberta ao desenvolvimento pela auto-estrada federal BR-364".

A revista comenta que estes argumentos estão convertendo alguns, como o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), que "está entusiasmado em prestar financiamento ao projeto e consultoria sobre como reduzir os danos ao meio ambiente". De acordo com a revista, a recente nacionalização de gás na Bolívia traz mais urgência ao projeto, uma vez que ele se encontra relativamente próximo à fronteira brasileira-boliviana.

Mas a Economist lembra que os críticos da represa argumentam que o represamento irá ocupar uma área que abriga 800 espécies de pássaros e 750 tipos de peixes e que represamento afetará 2,8 mil pessoas e obrigará 850 a abandonar suas casas, que moram em regiões que serão inundadas.

Desigualdade no Peru

O jornal espanhol El País afirma que ainda que a deputada mais votada no Peru, Keiko Sofia Fujimori, seja uma mulher e que a candidata Lourdes Flores tenha sido a terceira colocada na disputa presidencial, as mulheres sofrem um tratamento desigual no Peru.

Segundo o jornal, a percepção da desigualdade fez com que Alan García, o candidato que está liderando as pesquisas de opinião para a eleição presidencial deste domingo, tenha prometido que se eleito irá formar um governo com o mesmo número de homens e mulheres.

O diário cita dados da ONU segundo os quais a taxa de analfabetismo das peruanas é bem superior à dos homens. Em zonas de população de maioria indígena, relata o jornal, o percentual pode chegar a 70%.

O jornal conta ainda que seis em cada dez casos de gravidez de meninas entre 11 anos e 14 anos são resultado de estupros ou de incesto.

O jornal The Guardian afirma que o pleito peruano será uma "eleição de volta para o futuro" que poderá "reconduzir ao poder um ex-presidente impopular", em referência a Alan García.

De acordo com o jornal, "para muitos na nação andina, a causa disso não é uma maior impopularidade de Ollanta Humala, mas sim a sombra do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que provocou indignação no país".

O diário afirma que García "tem uma reputação lamentável no Peru, devido ao legado de sua má administração, que o deixou com uma impopularidade de 61%". Mas o jornal acrescenta que "por outro lado, Ollanta Humala representa um salto no escuro".

Quebra-cabeças europeu

O jornal britânico The Times afirma que o recente plebiscito que aprovou a independência de Montenegro pode dar vazão a inúmeros pedidos de independência no continente.

O jornal afirma que até 2020 poderiam surgir 39 novos países na Europa, como Escócia, País de Gales, Ossétia do Sul, Transdnístria, Flandres, Valônia, Kossovo, Catalúnia e Chipre do Norte.

De acordo com o diário, o "presidente" da região da Transdnístria, um enclave situado dentro do território da Moldávia, anunciou a convocação de um plebiscito para decidir se os mais de 500 mil habitantes da região de maioria russa querem se tornar independentes da Moldávia.

Segundo o jornal, "pedidos de independência de mini-Estados poderão trazer ainda mais instabilidade a regiões já instáveis". Segundo a publicação, "Kossovo, uma província de maioria albanesa na Sérvia, deverá seguir o exemplo de Montenegro, o que poderá gerar medidas semelhantes das minorias étnicas bósnia e croata da Sérvia.

O Times argumenta que movimentos pró-independência poderão se fortalecer também no Cáucaso, na Espanha e na Grã-Bretanha.
 

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