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02/06/2006 - 14h07

Para Cafu, Pelé foi 'infeliz' ao comparar seleções

DIEGO TOLEDO
da BBC Brasil, em Weggis (Suíça)

O lateral Cafu, capitão da Seleção Brasileira, criticou nesta sexta-feira a comparação que Pelé fez entre a equipe atual do Brasil e o grupo de jogadores que conquistou o título na Copa do Mundo de 1970.

“Pelé foi muito infeliz na declaração dele. O Pelé deveria usar as palavras dele para o bem, para trazer o povo a favor da Seleção e incentivar a garotada do time. Não para fazer um confronto e comparar a Seleção de 70 com a de hoje”, disse Cafu.

“Nunca falei que quero ser melhor do que alguém. Nunca falei que essa Seleção deve ser melhor do que a de 70, muito pelo contrário”, acrescentou o lateral. “Aliás, acho impossível fazer essa comparação. Afinal, são 36 anos de diferença.”

Na quinta-feira, o jornal britânico The Times publicou uma entrevista em que Pelé dizia que a Seleção de 70 venceria “um jogo difícil” contra a equipe atual.

“Nossos atacantes eram mais organizados. Tínhamos um ataque melhor: Pelé, Tostão, Rivelino, Gérson”, afirmou Pelé ao Times. “Acho que éramos mais organizados.”

“Se Ronaldo estivesse em forma, ele poderia ter entrado em nosso time”, acrescentou. “Ronaldinho e Kaká também. Émerson talvez.”

Pressão

Nesta sexta-feira, seis jogadores da Seleção Brasileira concederam entrevistas no hotel onde a equipe está hospedada, em Weggis, na Suíça. Além de Cafu, Juan, Zé Roberto, Kaká, Ronaldinho e Adriano comentaram a preparação para a Copa.

Eleito melhor jogador do mundo nos últimos dois anos, Ronaldinho procurou dividir a responsabilidade pelo favoritismo do Brasil no torneio e negou que sinta agora uma pressão maior do que quando disputou o Mundial em 2002.

“São momentos diferentes. Hoje, eu vivo um momento que qualquer jogador sonhou, então por que não estar alegre, não estar motivado”, afirmou. “Estou muito feliz de poder estar passando por esse momento e estou procurando aproveitar ao máximo.”

“Só penso em jogar meu futebol com alegria. Minha preocupação é só essa. Minha responsabilidade é igual a de todos”, acrescentou o craque do Barcelona.

Já Zé Roberto, que vai para a sua segunda Copa, mas deve começar o Mundial como titular pela primeira vez, disse não temer a concorrência de outros jogadores da Seleção que também atuam no meio-campo como Gilberto Silva, Juninho e o recém-convocado Mineiro.

“Na minha consciência, eu sei que todos que estão aqui na Seleção Brasileira têm condições de jogar. Infelizmente, o treinador tem que escolher só 11”, disse.

“Hoje, a gente faz parte desses 11, pela minha regularidade, pelos bons jogos que eu tenho sempre procurado fazer. Não é por temer perder a minha posição, mas sim para ajudar a Seleção”, afirmou Zé Roberto.

Kaká

Em meio às declarações sobre os treinamentos da Seleção para a Copa, o meia Kaká também teve de comentar as notícias publicadas pelo jornal espanhol As sobre uma possível transferência do Milan para o Real Madrid.

“Não recebemos nenhum contato ainda”, disse o jogador. “Não estou pensando nisso. O meu pai, que é uma pessoa de confiança, que cuida dos meus interesses, fica responsável por isso. Meu foco agora é a Copa do Mundo.”

Apontado como peça fundamental na Seleção, Kaká negou que o esquema ofensivo da equipe o obrigue a ter mais responsabilidades na marcação do que outros jogadores do quarteto de ataque.

“A liberdade é a mesma. É que eu tenho essa predisposição para marcar, diferente do Ronaldinho, que não tem, como natureza, predisposição para voltar”, comentou o meia.

“Mas ele tem se esforçado bastante, assim como o Adriano”, acrescentou Kaká. “Enquanto eu tiver fôlego, não tenho problema nenhum em ajudar.”

Neste sábado, a Seleção Brasileira realiza o último treinamento em Weggis. Em seguida, a equipe parte para Genebra, onde disputará um amistoso contra a seleção da Nova Zelândia no domingo.
 

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