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08/06/2006
-
08h35
O ataque à sede da ONU (Organização das nações Unidas) em Bagdá que matou o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em agosto de 2003, é uma das ações atribuídas ao militante jordaniano Abu Musab al Zarqawi, cuja morte foi anunciada nesta quinta-feira.
Os Estados Unidos logo implicaram o militante no ataque e um assessor considerado o braço-direito de Al Zarqawi, Abu Omar al Kurdi, confirmou a suspeita ao ser preso no ano passado.
A explosão na sede da ONU, que matou outras 22 pessoas, ocorreu antes de Al Zarqawi se tornar o líder da al Qaeda no Iraque.
Por esse e outros ataques, muitas vezes envolvendo ações suicidas coordenadas, os militares americanos consideravam Al Zarqawi seu maior inimigo no país.
Muitos analistas, no entanto, têm dúvidas sobre se ele dirigia sozinho toda a violência que lhe era atribuída.
Recompensa
Existia uma recompensa de US$ 25 milhões (o equivalente a mais de R$ 56 milhões) por sua cabeça.
Em um de seus últimos pronunciamentos em vídeo, no final de abril, Zarqawi se dirigiu ao presidente americano, George W. Bush, perguntando "por que você não fala (ao povo americano) sobre as deserções em massa entre seus soldados?".
"Você (Bush) trouxe ao Iraque a democracia podre após ter prometido liberdade, felicidade e estabilidade material e psicológica", dizia o militante.
"Saiba que sacrificaremos nosso sangue e nossos corpos para impedir que você realize seus sonhos."
Afeganistão
Como comandante do campo de treinamento terrorista no Afeganistão em 2001, Al Zarqawi teria chegado a se considerar um rival do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.
Ele começou suas atividades no Iraque supostamente como o chefe do grupo Tawhid e Jihad, tomando crédito pelo degolamento de reféns estrangeiros.
No final de 2004, Zarqawi teria unido o seu grupo ao de Osama Bin Laden, dando-lhe um novo nome, "Al Qaeda no Iraque".
Entre as marcas dos ataques da Al Qaeda no Iraque estão ataques a bomba sincronizados e o seqüestro e assassinato de reféns estrangeiros.
As bombas tinham uma ampla gama de alvos --de militares americanos às forças de segurança iraquianas e à comunidade xiita.
De acordo com uma carta supostamente escrita a Zarqawi e divulgada pelos militares americanos em meados de 2004, a estratégia central da Al Qaeda é iniciar um conflito sectário no país.
Entre os reféns mortos pelo grupo estão o cidadão americano Nick Berg e o engenheiro britânico Kenneth Bigley.
Insurgência
Al Qaeda é o grupo insurgente mais bem-sucedido do Iraque, a quem se atribui muitos dos atentados mais sangrentos e decapitações no país.
Fontes dos governos de Iraque e Estados Unidos dizem que Al Qaeda recruta combatentes estrangeiros para as suas operações no Iraque.
Um relatório divulgado em setembro de 2005 pelo Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, baseado nos Estados Unidos, disse que voluntários estrangeiros representam quase 10% da insurreição.
De acordo com o relatório, a maioria dos insurgentes estrangeiros veio de Argélia, Síria, Iêmen e Sudão.
Os sauditas são uma minoria influente no contingente de estrangeiros porque trazem dinheiro e por causa da grande cobertura da mídia feita quando eles morrem, segundo o documento.
Al Zarqawi estava por trás de ataque que matou brasileiro
da BBC BrasilO ataque à sede da ONU (Organização das nações Unidas) em Bagdá que matou o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em agosto de 2003, é uma das ações atribuídas ao militante jordaniano Abu Musab al Zarqawi, cuja morte foi anunciada nesta quinta-feira.
Os Estados Unidos logo implicaram o militante no ataque e um assessor considerado o braço-direito de Al Zarqawi, Abu Omar al Kurdi, confirmou a suspeita ao ser preso no ano passado.
A explosão na sede da ONU, que matou outras 22 pessoas, ocorreu antes de Al Zarqawi se tornar o líder da al Qaeda no Iraque.
Por esse e outros ataques, muitas vezes envolvendo ações suicidas coordenadas, os militares americanos consideravam Al Zarqawi seu maior inimigo no país.
Muitos analistas, no entanto, têm dúvidas sobre se ele dirigia sozinho toda a violência que lhe era atribuída.
Recompensa
Existia uma recompensa de US$ 25 milhões (o equivalente a mais de R$ 56 milhões) por sua cabeça.
Em um de seus últimos pronunciamentos em vídeo, no final de abril, Zarqawi se dirigiu ao presidente americano, George W. Bush, perguntando "por que você não fala (ao povo americano) sobre as deserções em massa entre seus soldados?".
"Você (Bush) trouxe ao Iraque a democracia podre após ter prometido liberdade, felicidade e estabilidade material e psicológica", dizia o militante.
"Saiba que sacrificaremos nosso sangue e nossos corpos para impedir que você realize seus sonhos."
Afeganistão
Como comandante do campo de treinamento terrorista no Afeganistão em 2001, Al Zarqawi teria chegado a se considerar um rival do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.
Ele começou suas atividades no Iraque supostamente como o chefe do grupo Tawhid e Jihad, tomando crédito pelo degolamento de reféns estrangeiros.
No final de 2004, Zarqawi teria unido o seu grupo ao de Osama Bin Laden, dando-lhe um novo nome, "Al Qaeda no Iraque".
Entre as marcas dos ataques da Al Qaeda no Iraque estão ataques a bomba sincronizados e o seqüestro e assassinato de reféns estrangeiros.
As bombas tinham uma ampla gama de alvos --de militares americanos às forças de segurança iraquianas e à comunidade xiita.
De acordo com uma carta supostamente escrita a Zarqawi e divulgada pelos militares americanos em meados de 2004, a estratégia central da Al Qaeda é iniciar um conflito sectário no país.
Entre os reféns mortos pelo grupo estão o cidadão americano Nick Berg e o engenheiro britânico Kenneth Bigley.
Insurgência
Al Qaeda é o grupo insurgente mais bem-sucedido do Iraque, a quem se atribui muitos dos atentados mais sangrentos e decapitações no país.
Fontes dos governos de Iraque e Estados Unidos dizem que Al Qaeda recruta combatentes estrangeiros para as suas operações no Iraque.
Um relatório divulgado em setembro de 2005 pelo Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, baseado nos Estados Unidos, disse que voluntários estrangeiros representam quase 10% da insurreição.
De acordo com o relatório, a maioria dos insurgentes estrangeiros veio de Argélia, Síria, Iêmen e Sudão.
Os sauditas são uma minoria influente no contingente de estrangeiros porque trazem dinheiro e por causa da grande cobertura da mídia feita quando eles morrem, segundo o documento.
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