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13/06/2006 - 06h40

Caso Jean: Chefe de polícia 'mentiu ou foi mal informado'

da BBC Brasil

O jornal britânico Daily Telegraph traz editorial nesta terça-feira no qual afirma que o comissário Ian Blair, o chefe da Polícia Metropolitana de Londres, "ou mentiu ou estava mal informado" sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes. Mas o jornal acrescenta que só será possível chegar a uma conclusão após a divulgação do relatório independente sobre a operação que resultou na morte do brasileiro.

Jean Charles de Menezes foi morto a tiros por policiais à paisana na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, em 22 de julho de 2005, um dia após os ataques a bomba frustrados realizados contra o sistema de transporte da cidade. Pouco após a operação, Ian Blair afirmou que o homem morto no metrô era um suspeito de ligação com os autores dos atentados de 7 de julho, em Londres. Somente no dia seguinte a polícia informou que a pessoa morta na operação não tinha ligações com os ataques.

Outro diário britânico, o Guardian, traz editorial sobre o mesmo tema nesta terça. O texto elogia o comissário. Diz que ele "foi o mais importante renovador da Scotland Yard nos últimos anos e fez reformas difíceis e necessárias" dentro da polícia, o que explica que ele tenha feito inimigos. De acordo com o jornal, estes inimigos "cooptaram parte da mídia em sua campanha".

Mas o diário acrescenta que o grupo que apóia Blair não deve dar ao comissário um "salvo conduto" e acrescenta que ele "cometeu erros que merecem críticas. Ele tem de responder pela avaliação de operações – muitas vezes feitas no calor do momento – da maior organização policial do país”.

Mas o Guardian também traz críticas à Comissão Independente de Queixas contra a Polícia – o órgão que formulou o relatório independente sobre a ação policial no metrô de Stockwell e que está em vias de publicá-lo. O diário critica o fato de o IPCC ter supostamente vazado a íntegra do dossiê para um tablóide londrino que costuma pagar por reportagens exclusivas.

Você primeiro

O diário argentino La Nación trata do acordo firmado entre Bolívia e Argentina pelo qual os argentinos passarão a pagar mais pelo gás boliviano.

O jornal comenta que a Argentina irá prestar especial atenção à negociação entre Brasil e Bolívia nos próximos dias para resolver um um novo preço para o produto.

De acordo com o jornal, inicialmente as intenções do governo argentino eram que o Brasil negociasse antes, devido à percepção de que "Luiz Inácio Lula da Silva estava em melhores condições de fazê-lo porque seu país tem mais peso. É o principal cliente da Bolívia e contribui, apenas com sua estatal Petrobras, com 20% do PIB da nação andina".

O La Nación conclui que "esta análise deixa intranqüilos alguns executivos da Argentina, que advertiram que teria sido melhor ceder a vez ao Brasil, para obter um preço melhor".

Efeitos do Katrina

O jornal americano Washington Post traz reportagem na qual afirma que dez meses após o Katrina, os efeitos emocionais do furacão sobre crianças das regiões atingidas estão se mostrando duradouros.

O diário afirma que estudos realizados recentemente mostram que crianças afetadas pelo furacão apresentam altas taxas de depressão, ansiedade, problemas comportamentais e síndrome do estresse pós-traumático.

Uma das pesquisas foi realizada pela divisão de saúde mental da Universidade Estadual de Louisiana que entrevistou cerca de 5 mil crianças em escolas e em moradias temporárias.

Dessas, 96% viram o furacão causar danos a suas casas ou a de vizinhos; 22% tiveram parentes ou amigos que ficaram feridos; 14% tiveram amigos ou parentes que foram mortos; 34% foram separados de seus pais e 9% ainda estão. O estudo mostrou que mais de 30% das crianças apresentavam sintomas de depresssão ou de estresse pós-traumático.

Outra pesquisa foi feita pela Universidade de Columbia e uma entidade assistencial infantil e realizada entre 665 famílias que abandonaram suas casas por conta do furacão. Segundo relatos dos pais de crianças, ao menos um de seus filhos apresentou distúrbios emocionais que não manifestavam antes do furacão.
 

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