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14/06/2006 - 20h59

Espanha quer manter pés no chão depois de golear a Ucrânia

ERIC BRÜCHER CAMARA
da BBC Brasil, na Alemanha

Jogadores e comissão técnica da Espanha tinham duas coisas em comum ao deixarem o vestiário depois da goleada por 4 a 0 sobre a Ucrânia: sorrisos e o discurso de humildade.

“Melhor impossível. Certos dias você consegue fazer tudo o que tenta, mas não vamos nos deixar levar pela euforia. Só fizemos a primeira partida, ainda restam duas”, afirmou o atacante Fernando Torres, que fechou o placar com um gol aos 36 minutos do segundo tempo.

O brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna também repetia as palavras de cautela depois do seu primeiro jogo em uma copa do mundo.

Clique aqui para ler mais sobre a estréia de Marcos Senna na seleção espanhola.

O meia afirmou que a equipe ainda tem uma “longa caminhada” adiante, até se classificar para as oitavas-de-final.

“Acho que temos um time muito bom, o pessoal está com bastante confiança, mas temos que ir passo a passo, com os pés no chão”, afirmou Senna.

Derrotados

Do lado dos derrotados, a palavra de ordem foi restaurar a moral do time, depois da goleada.

Para o técnico ucraniano, Oleg Blokhin, o importante será tentar pôr o time em forma para a partida contra a Arábia Saudita.

“Mas o grande problema vai ser restaurar a moral do time”, admitiu Blokhin.

O grande craque da Ucrânia, Andriy Shevchenko, fez coro com o treinador do time e afirmou que vai ser preciso encontrar “força mental” para conseguir a classificação.

Depois disso, para o ganhador da Bola de Ouro, será preciso acertar o sistema defensivo do time.

“Quando isso acontecer, pensamos nos adversários”, disse Shevchenko.

Entre os espanhóis, o discurso dos jogadores também estava afinado com o do técnico, Luís Aragonés. O treinador repetiu diversas vezes que não esperava uma vitória tão fácil.

Para ele, o calor e os dois gols antes dos 20 minutos do primeiro tempo podem ter desestabilizado a equipe ucraniana.

Vencedores

Mantendo o discurso da humildade, Aragonés falou sobre as expectativas que tem para a seleção

“Nunca nos destacamos em um evento dessa categoria. Espero de uma vez por toda mostrar tudo o que sabemos e ficar perto dos vencedores.”

Dizendo-se “feliz, mas sem presunção”, Aragonés disse que, se possível, não pretende mexer no time que goleou a Ucrânia para a próxima partida da ‘Fúria’, contra a Tunísia.

“Não vou mexer no time, mas o desgaste que Torres e Luís Garcia sofreram foi terrível, então temos que recarregar as baterias.”

Para o atacante do Liverpool, a atuação da Espanha mostra que a seleção – que em muitas copas chegou a ser considerada favorita, mas nunca passou das quartas-de-final – entrou em uma “nova era”.

Luís Garcia afirmou que hoje a Espanha é diferente e que vai tentar manter o mesmo ritmo do jogo contra a Ucrânia nas próximas partidas, mas manteve o discurso da humildade.

“Vamos tentar continuar assim, mas temos que manter os pés no chão. Foi só um jogo e os outros serão muito complicados. Não ganhamos nada, só uma partida”, disse o atacante, fazendo coro com os seus companheiros.

Autor de dois gols da goleada, o atacante David Villa, do Valencia, destacou a boa atuação de todos os setores do time.

Para Villa, desde o goleiro Iker Casillas até o ataque, toda a Espanha jogou bem, realizando “uma apresentação completa”.

Um dos poucos jogadores a revelar um pouco mais de empolgação, o atacante, cauteloso, arriscou um palpite.

“É difícil continuar a jogar assim, mas se continuarmos, seremos candidatos ao título.”
 

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