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05/07/2006
-
14h22
da BBC Brasil
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o surto de cólera que atinge Angola já matou mais de 2.000 pessoas desde 13 de fevereiro deste ano.
Apesar de os dados mostrarem um declínio nos casos da doença na maior parte das províncias do país, a OMS ainda registra cerca de cem pessoas com os sintomas de cólera todos os dias.
Nos últimos cinco meses, quase 50 mil casos foram identificados em Angola.
A Província que abriga a capital Luanda foi a mais atingida, seguida por Benguela e Malange.
De acordo com a ONG Médicos Sem Fronteiras, um dos fatores que contribuem para o surto de cólera em Angola é a superpopulação em determinadas áreas do país.
Depois de 27 anos de guerra civil, organismos de ajuda humanitária constataram que uma fração assustadora da população de Angola estava desnutrida, e são justamente as pessoas com saúde frágil que apresentam os sintomas mais severos de cólera.
Contaminação
A forma atual da doença chegou ao oeste da África em 1970, depois de haver atingido partes da Ásia e do Oriente Médio.
O continente não registrava casos de cólera havia mais de cem anos, mas a doença se espalhou rapidamente por vários países e se tornou endêmica em muitos deles, seguindo vinte anos depois para a América Latina.
A contaminação acontece através de água e alimentos infectados com a bactéria V Cholerae e a doença é raramente transmitida de pessoa para pessoa.
Surtos repentinos de cólera, como o que atinge Angola neste momento, são geralmente causados pela contaminação do suprimento de água local ou pela falta de condições de saneamento básico e água potável.
As pessoas afetadas apresentam sintomas como diarréia severa e vômito, que podem levar à desidratação e à morte.
Se não forem tratadas de forma apropriada, 50% das pessoas com casos severos de cólera podem morrer.
Esse número cai para menos de 1% se cuidados rápidos e adequados são oferecidos no local do surto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre cólera
Leia o que já foi publicado sobre Angola
Surto de cólera mata 2.000 pessoas em Angola
IRACEMA SODRÉda BBC Brasil
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o surto de cólera que atinge Angola já matou mais de 2.000 pessoas desde 13 de fevereiro deste ano.
Apesar de os dados mostrarem um declínio nos casos da doença na maior parte das províncias do país, a OMS ainda registra cerca de cem pessoas com os sintomas de cólera todos os dias.
Nos últimos cinco meses, quase 50 mil casos foram identificados em Angola.
A Província que abriga a capital Luanda foi a mais atingida, seguida por Benguela e Malange.
De acordo com a ONG Médicos Sem Fronteiras, um dos fatores que contribuem para o surto de cólera em Angola é a superpopulação em determinadas áreas do país.
Depois de 27 anos de guerra civil, organismos de ajuda humanitária constataram que uma fração assustadora da população de Angola estava desnutrida, e são justamente as pessoas com saúde frágil que apresentam os sintomas mais severos de cólera.
Contaminação
A forma atual da doença chegou ao oeste da África em 1970, depois de haver atingido partes da Ásia e do Oriente Médio.
O continente não registrava casos de cólera havia mais de cem anos, mas a doença se espalhou rapidamente por vários países e se tornou endêmica em muitos deles, seguindo vinte anos depois para a América Latina.
A contaminação acontece através de água e alimentos infectados com a bactéria V Cholerae e a doença é raramente transmitida de pessoa para pessoa.
Surtos repentinos de cólera, como o que atinge Angola neste momento, são geralmente causados pela contaminação do suprimento de água local ou pela falta de condições de saneamento básico e água potável.
As pessoas afetadas apresentam sintomas como diarréia severa e vômito, que podem levar à desidratação e à morte.
Se não forem tratadas de forma apropriada, 50% das pessoas com casos severos de cólera podem morrer.
Esse número cai para menos de 1% se cuidados rápidos e adequados são oferecidos no local do surto.
Especial
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