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09/07/2006 - 10h36

100 mil protestam no México contra resultado eleitoral

DANIEL LAK
da BBC Brasil, na Cidade do México

Mais de 100 mil pessoas se reuniram na região central da cidade do México no sábado para ouvir o candidato derrotado na eleição presidencial de domingo passado anunciar que o vencedor do pleito roubou a eleição usando meios fraudulentos.

O público recebeu com aplausos o pedido do candidato derrotado, Andrés Manuel López Obrador, de que seja feita uma recontagem manual de todas as 41 milhões de urnas preenchidas na semana passada.

Ele perdeu para seu rival, Felipe Calderón, por apenas 244 mil votos - a menor margem já registrada em uma eleição no México.

O protesto foi ordeiro, mas extremamente passional. López Obrador disse que haverá mais manifestações e que caso seu pedido de recontagem não seja atendido, ele pretende convocar marchas partindo de todos os distritos eleitorais do México com destino à capital do país.

Fraudes e irregularidades

Segundo López Obrador, foram registradas fraudes na contagem dos votos e outros tipos de irregularidades.

A multidão cantava músicas e repetia slogans de campanha e agitava bandeiras amarelas, para mostrar seu apoio ao candidato que chamam carinhosamente de Amlo - as iniciais do nome do candidato esquerdista.

Ele vem usando comícios como este para destacar o seu pedido de recontagem e na esperança de que preocupações com possíveis tensões sociais possam persuadir as autoridades a abrir as urnas e começar a recontar os votos.

Pela lei mexicana, as autoridades eleitorais não são obrigadas a promover uma recontagem, mesmo diante de acusações de irregularidades.

Mas o o opositor de López Obrador, Felipe Calderón, já está recebendo mensagens de líderes mundiais congratulando-o pela vitória. Calderón está também tentando apaziguar a situação, ao oferecer um cargo para López Obrador em seu governo.

Essa não é uma oferta que será aceita enquanto cenas de euforia como as que foram vistas na Cidade do México permaneceram claras na memória.

López Obrador diz que todos os protestos têm de ser pacíficos, mas ele ainda não disse o que fará se não obtiver a sua recontagem.
 

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