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19/07/2006 - 06h53

Ataques ao Líbano custarão US$ 2 bi, diz ministro ao 'FT'

da BBC Brasil

O jornal britânico Financial Times traz uma entrevista nesta quarta-feira com o ministro da Economia do Líbano na qual ele afirma que os prejuízos sofridos pelo país com os ataques israelenses podem chegar a US$ 2 bilhões (cerca de R$ 4,4 bilhões).

Segundo o ministro Jihad Azour, os ataques danificaram estradas, pontes, telecomunicações, eletricidade, portos, aeroportos e até instalações da indústria privada, como uma fábrica de leite e depósitos de alimentos.

O Financial Times lembra que o Líbano passou mais de uma década reconstruindo o país após a guerra civil que foi de 1975-1991. Azou afirma ao jornal que o Líbano estava vivendo sua melhor temporada de turismo desde 1974. O ministro comenta que projeções indicavam que a economia do país cresceria mais de 5%, devido ao boom do petróleo na região do Golgo e ao aumento do turismo.

De acordo com o ministro, como os ataques israelenses visam isolar os principais redutos do Hezbollah, no sul e leste do país, o governo vem tendo dificuldades em distribuir alimentos e medicamentos à população que vive nessas regiões.

'Paraíso Perdido'

É esse o título de uma reportagem do jornal The Independent - um relato na primeira pessoa assinado pelo correspondente do jornal no Oriente Médio, Robert Fisk, que vive em Beirute há 30 anos.

Fisk, que conta ter vivido no país durante os 15 anos da guerra civil libanesa, que matou mais de 200 mil pessoas, diz ter visto o Líbano "morrer, ressuscitar e morrer novamente. Sobre o conflito atual, o autor pergunta: "Quantas outras punições Beirute conseguirá tolerar?"

O jornalista critica a comunidade internacional, dizendo que "a vergonha máxima é que deixamos os libaneses jogados à própria sorte, como que portadores de uma doença, enquanto passamos o tempo evacuando nossos preciosos estrangeiros".

Fisk conta que as favelas de Haret Hreik, Ghoberi e Shiyah, que abrigavam instalações do Hezbollah foram reduzidas a escombros. Fisk afirma que de fato aqueles que idealizaram o plano de capturar soldados israelenses residiam na região, mas acrescenta que dezenas de milhares de pobres que também moravam na área perderam suas casas e tiveram de buscar abrigo em escolas e áreas abandonadas.

Ira com Bush

O americano Washington Post traz reportagem na qual afirma que os conservadores estão cada vez mais irados com a política externa do presidente americano, George W. Bush.

De acordo com o jornal, intelectuais e comentaristas conservadores que já louvaram Bush pela forma agressiva de confrontar ameaças aos interesses americanos vêm criticando o governo pelo que julgam ser "timidez em lidar com problemas antigos como Irã e Coréia do Norte, bem como outros mais recentes, como a mais recente crise entre Israel e o Hezbollah".

De acordo com conservadores ouvidos pelo jornal, o governo americano não tem uma estratégia para combater insurgentes no Iraque, pouco se manifesta sobre a "repressão imposta por autocratas na Rússia e no Egito contra dissidentes", permite que "a Coréia do Norte dispare mísseis sem quaisquer conseqüências" e deixa que "o Irã ganhe tempo para desenvolver armas nucleares, enquanto a administração Bush perde tempo com negociações infrutíferas com aliados europeus".

No entender dos conservadores que estão se voltando contra o presidente, "a percepção de que a administração Bush é fraca e está sem opções, está fazendo com que o Irã, a Síria e os radicais do Hezbollah que eles apóiam se tornem mais audaciosos".

Reunião do G8

O New York Times apresenta editorial no qual faz um levantamento extremamente crítico sobre o recém-encerrado encontro do G8, na cidade russa de São Petersburgo.

De acordo com o jornal, o contexto da reunião parecia ser promissor. "Crescentes problemas cercavam os líderes das oito nações mais desenvolvidas do mundo quando eles se encontraram em São Petersburgo no início da semana. Os preços do petróleo atingiram US$ 70 por barril, a guerra estava se espalhando pelo Oriente Médio, o Irã estava evitando dar respostas diretas sobre seu programa nuclear. E negociações sobre subsídios a fazendeiros ricos se aproximavam de um impasse."

O jornal acrescenta que "mal parecia haver um melhor momento para o encontro anual do G8 para mostrar seu valor. Em vez disso, o que se mostrou foi o quanto sem propósito e constrangedoras essas reuniões se tornaram".

De acordo com o jornal, os líderes presentes ao encontro pareciam estar imersos em uma "realidade alternativa". Em relação ao Oriente Médio, os líderes mundiais emitiram "chavões e exibiram as tradicionais divergências entre Washington e a Europa".

O diário acrescenta também que foi bizarro ver líderes mundiais "fingir que seu anfitrião, o presidente Vladimir Putin, está comprometido em fazer da Rússia uma democracia completa".
 

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