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21/07/2006 - 17h30

Fidel Castro chega a encontro do Mercosul em Córdoba

MÁRCIA CARMO
da BBC Brasil, em Córdoba

Em uma das raras vezes em que saiu de Havana nos últimos meses, o presidente cubano Fidel Castro desembarcou na noite desta quinta-feira na cidade argentina de Córdoba, como convidado especial da 30ª Reunião do Mercosul.

A poucos dias de completar oitenta anos, Fidel participa do encontro que marca a estréia da Venezuela, presidida por seu amigo Hugo Chávez, como quinto membro pleno do bloco.

"Desde que nasci estou lutando contra o imperialismo americano", disse Chávez. "Essa reunião aqui marca o renascimento do Mercosul, que deve erguer a bandeira social".

Fidel preferiu não fazer declarações ao chegar a Córdoba, mas tem tudo para ser a estrela deste encontro. É a primeira vez que o líder cubano, um dos principais símbolos históricos da oposição aos Estados Unidos, participa de uma reunião do Mercosul e a segunda que visita a Argentina durante a gestão do presidente Nestor Kirchner.

Fidel, Chávez e o presidente boliviano Evo Morales, que também participa do encontro, são defensores da criação da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) no lugar da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), lançada em Miami, nos Estados Unidos, em 1994.

'Bônus do Sul'

Durante reunião com ministros da área econômica, a ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, disse que seu país e a Venezuela lançarão, em setembro, um título público conjunto chamado "bônus do Sul" e afirmou que o Mercosul deve ter seu próprio banco de desenvolvimento para financiar projetos de infra-estrutura do bloco.

Idéia que não teve apoio completo do ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega.

Ele entende que melhor seria criar uma agência de financiamento e evitar a "burocracia" da criação de um banco.

O ministro disse que o Brasil e a Argentina estão estudando como eliminar a moeda americana, o dólar, das transações comerciais entre os dois países.

"Seria uma maneira de fortalecer nossas moedas locais. Em vez de entrar dólar, entraria real e na economia argentina, em vez de dólar receberiam pesos".

"Essa é uma arquitetura que ajudará nossos problemas cambiais, com maior integração dos nossos mercados de capitais", disse Mantega. Para ele, um caminho para, no futuro, "olhar" para a moeda comum do bloco.
 

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