Publicidade
Publicidade
21/07/2006
-
15h51
da BBC Brasil, em Córdoba
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, defendeu a reeleição do colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas eleições de outubro. "Ganha Lula, ganha Lula", disse, provocando risos e alguns aplausos.
Chávez falou diante do presidente brasileiro e outros seis líderes latinos, durante a reunião de cúpula do Mercosul, na cidade argentina de Córdoba, a uma hora e dez minutos de vôo de Buenos Aires.
Foi o primeiro discurso de Chávez em reunião do Mercosul como membro pleno do bloco.
Chávez tinha dito, minutos antes, no mesmo discurso, que não queria se meter nos assuntos internos do Brasil. "Porque depois me criticam", afirmou. Mas logo depois declarou seu apoio explícito à reeleição de Lula. "Ganha Lula, ganha Lula". E complementou: "Estamos obrigados a continuar com este projeto (com Lula no poder)".
Nos últimos meses, Chávez tem declarado suas preferências eleitorais nos países vizinhos. Foi assim na campanha do então candidato boliviano Evo Morales, eleito em dezembro passado, e nas disputas eleitorais que acabaram nas derrotas de seus preferidos nos pleitos vizinhos: Ollanta Humala, no Peru, e Manuel López Obrador, no México.
Alca
Chávez aproveitou o discurso para voltar a criticar a idéia da criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), dizendo: "A Alca seria o fim do Mercosul". Para o presidente venezuelano, a reunião de cúpula de Mar del Plata (balneário argentino), no ano passado, teve grande importância por ter adiado o debate sobre a Alca.
Chávez pediu aos sócios do Mercosul que "se liberem de seus pecados passados". Um deles, destacou, é a dependência do FMI (Fundo Monetário Internacional). "Todos deveriam seguir o exemplo do que fizeram Brasil, Argentina, Venezuela e Cuba, que já fez isso há décadas", afirmou.
Diante do olhar atento do presidente cubano Fidel Castro, Chávez perguntou: "Por que me olha, Fidel?". Ao que o cubano respondeu: "Te escuto como aluno".
Chávez, Fidel e o presidente boliviano Evo Morales participam, após o fim da reunião oficial, de um encontro público com entidades sociais, como a entidade Mães da Praça de Maio, que reúne as mães das vítimas da ditadura argentina, entre 1976-1983.
Ao receber a presidência temporária do Mercosul do presidente argentino Nestor Kirchner - que lhe entregou um simbólico bastão de madeira -, o presidente Lula retribuiu o apoio de Chávez, dizendo: "Chávez também terá eleições, mas em dezembro. Portanto, vai ter mais tempo para fazer campanha. Até porque fala mais do que eu."
Hugo Chávez defende reeleição de Lula
MÁRCIA CARMOda BBC Brasil, em Córdoba
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, defendeu a reeleição do colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas eleições de outubro. "Ganha Lula, ganha Lula", disse, provocando risos e alguns aplausos.
Chávez falou diante do presidente brasileiro e outros seis líderes latinos, durante a reunião de cúpula do Mercosul, na cidade argentina de Córdoba, a uma hora e dez minutos de vôo de Buenos Aires.
Foi o primeiro discurso de Chávez em reunião do Mercosul como membro pleno do bloco.
Chávez tinha dito, minutos antes, no mesmo discurso, que não queria se meter nos assuntos internos do Brasil. "Porque depois me criticam", afirmou. Mas logo depois declarou seu apoio explícito à reeleição de Lula. "Ganha Lula, ganha Lula". E complementou: "Estamos obrigados a continuar com este projeto (com Lula no poder)".
Nos últimos meses, Chávez tem declarado suas preferências eleitorais nos países vizinhos. Foi assim na campanha do então candidato boliviano Evo Morales, eleito em dezembro passado, e nas disputas eleitorais que acabaram nas derrotas de seus preferidos nos pleitos vizinhos: Ollanta Humala, no Peru, e Manuel López Obrador, no México.
Alca
Chávez aproveitou o discurso para voltar a criticar a idéia da criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), dizendo: "A Alca seria o fim do Mercosul". Para o presidente venezuelano, a reunião de cúpula de Mar del Plata (balneário argentino), no ano passado, teve grande importância por ter adiado o debate sobre a Alca.
Chávez pediu aos sócios do Mercosul que "se liberem de seus pecados passados". Um deles, destacou, é a dependência do FMI (Fundo Monetário Internacional). "Todos deveriam seguir o exemplo do que fizeram Brasil, Argentina, Venezuela e Cuba, que já fez isso há décadas", afirmou.
Diante do olhar atento do presidente cubano Fidel Castro, Chávez perguntou: "Por que me olha, Fidel?". Ao que o cubano respondeu: "Te escuto como aluno".
Chávez, Fidel e o presidente boliviano Evo Morales participam, após o fim da reunião oficial, de um encontro público com entidades sociais, como a entidade Mães da Praça de Maio, que reúne as mães das vítimas da ditadura argentina, entre 1976-1983.
Ao receber a presidência temporária do Mercosul do presidente argentino Nestor Kirchner - que lhe entregou um simbólico bastão de madeira -, o presidente Lula retribuiu o apoio de Chávez, dizendo: "Chávez também terá eleições, mas em dezembro. Portanto, vai ter mais tempo para fazer campanha. Até porque fala mais do que eu."
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice