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26/07/2006 - 07h43

Chávez quer Putin em aliança anti-EUA, diz jornal

da BBC Brasil

O jornal britânico "Financial Times" afirma em sua edição desta quarta-feira que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quer atrair o líder da Rússia, Vladimir Putin, para uma "aliança anti-Estados Unidos".

Segundo o jornal, "Chávez fez questão de carregar a sua caneta tinteira presidencial antes de deixar Caracas, dado o número de acordos de armamentos que irá assinar em Moscou nesta semana".

Mas o jornal acrescenta que a viagem de três dias de Chávez à Rússia não visa apenas comprar armas. "A visita a um presidente que ele chama carinhosamente de 'Mi amigo Putin' faz parte de uma turnê mundial por diversos Estados com questionáveis compromissos democráticos e relações abaladas com os Estados Unidos, entre eles a Bielorússia e o Irã".

De acordo com analistas ouvidos pelo "FT", Chávez estaria "cortejando países vistos com desconfiança pela administração Bush para criar uma frente ideológica unida contra os Estados Unidos" e a recepção calorosa que o líder venezuelano pode receber na Rússia mostraria que "Moscou está disposta, se não a liderar, ao menos a ter ligações com o grupo anti-Estados Unidos".

Pão e vodca

O jornal russo em língua inglesa "The Moscow Times" destaca as boas-vindas dadas a Hugo Chávez pela cidade russa de Volvogrado, primeira etapa da viagem do líder venezuelano à Rússia.

Chávez foi recebido por líderes locais e foi saudados por cossacos vestidos a caráter, com pão, vodca e música folclórica. O líder da Venezuela bebeu de um copo equilibrado por um cossaco em uma espada.

"Ao som de acordeão, Chávez segurou as duas extremidades do sabre e cuidadosamente esvaziou seu copo sem derramar uma única gota. Depois, ele bateu palmas. Diversas mulheres vestidas em trajes cossacos dançavam enquanto os homens cantavam", descreve o jornal.

O jornal lembra que esta é a quarta visita de Chávez à Rússia e que, em uma viagem anterior a Volvogrado, em 2001, ele recebeu o título de cossaco honorário. O diário diz que nesta quarta-feira o líder venezuelano deve ir à cidade de Izhevsk, onde se encontrará com "o filho mais ilustre da cidade, Mikhail Kalashnikov, que projetou o fuzil AK-47".

Sem pena

O jornal suíço "Les Temps" traz um texto sobre o fracasso da Rodada de Doha com o título de "Não há mais pena dos pobres".

O diário comenta que países mais ricos devem mudar sua postura em relação aos países em desenvolvimento, uma vez que ao comércio mundial está indo bem "com ou sem Doha".

O diário acrescenta que países emergentes, como China, Brasil e Índia "não nos dão mais pena, mas sim medo".

Em decorrência disso, afirma, "todos se sentem no direito de proteger as suas propriedades sem quaisquer constrangimento".

Verão da cabeçada

O jornal "The Guardian" traz um texto bem-humorado que decreta que estamos vivendo o "verão da cabeçada". De acordo com a tese defendida pelo jornal, essa "tendência" teve início quando o jogador português Luís Figo deu uma cabeçada no holandês Van Bommel, durante a Copa do Mundo.

O episódio, de acordo com o jornal, teria sido o catalizador da cabeçada do craque francês Zinedine Zidane contra o italiano Marco Materazzi, na final da Copa do Mundo e teria também inspirado a recente cabeçada do jóquei britânico Paul O'Neill, flagrado dando uma cabeçada em seu próprio cavalo.

"Partindo desta lógica, se Figo tivesse sido expulso, em vez de apenas ter recebido um cartão amarelo, talvez Zinedine Zidane tivesse pensado duas vezes antes de meter a sua cabeça calva no peito de Marco Materazzi na final. E se a imagem do ataque de Zidane não tivesse se fixado no inconsciente coletivo de todo o planeta, Paul O'Neill não teria reagido com uma cabeçada contra seu cavalo, após este tê-lo derrubado".

O jornal lista outras cabeçadas de procedências variadas. "Cientistas acreditam que tudo começou há 65 milhões de anos, com o Pachycepahlosaurus, um dinossauro cujo nome pode ser traduzido do grego arcaico como 'lagarto de cabeça dura'.

O "Guardian" lembra ainda de uma cabeçada dada pelo jogador de basquete Denis Rodman, em uma partida em 1996, e lista até uma cabeçada entre intelectuais, como na dada pelo autor americano Norman Mailer contra seu colega Gore Vidal, que o havia criticado.
 

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