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28/07/2006
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07h34
O jornal israelense Yediot Aharonot publica nesta sexta-feira que um observador da Organização das Nações Unidas (ONU), morto no bombardeio a um posto da organização no Líbano, disse antes de morrer que o Hezbollah estava usando o local como “escudo” contra os ataques israelenses.
Seis dias antes de sua morte, o major canadense Paeta Hess-von Kruedener enviou um e-mail a seu comandante, o general Lewis MacKenzie, que informou o conteúdo da mensagem a uma rádio canadense.
O major teria escrito que estava enfrentando forte perigo, uma vez que os militantes libaneses costumavam correr em volta da base da ONU, atraindo a maior parte dos ataques de Israel.
“Diariamente, temos vivido inúmeras ocasiões em que nossa posição esteve sobre ataques diretos ou indiretos tanto da artilharia quanto dos bombardeios aéreos. O (ataque) mais próximo da artilharia caiu a dois metros de nossa posição, e o mais distante, a cem metros da nossa base de patrulha”, disse o militar canadense.
Apoio a ataques
O Yediot Aharonot apresenta ainda uma pesquisa realizada pelo próprio jornal que revela ainda que caiu o apoio dos israelenses à guerra contra o Hezbollah.
Para 48% deles, Israel deve continuar os ataques até que o Hezbollah seja “arrasado” – uma queda de dez pontos percentuais em relação à mesma pesquisa divulgada dez dias atrás.
Outros 30% crêem que o objetivo deve ser afastar a milícia da fronteira, e 21%, que os ataques devem dar lugar às negociações - mais que os 17% da primeira pesquisa.
Desde o início da ofensiva, 423 libaneses (a maioria civis) e 51 israelenes (18 civis) morreram.
Pressão
A desproporção entre os mortos dos dois lados serviu de mote para uma carta aberta em que o jornal britânico The Independent pede ao primeiro-ministro Tony Blair pressione o presidente americano George W. Bush por “um cessar-fogo imediato”.
O diário de centro-esquerda estampa em sua primeira página assinaturas de 42 personalidades – entre elas o teatrólogo e prêmio Nobel Harold Pinter, os músicos Peter Gabriel e Brian Eno, além de políticos, embaixadores e ativistas de direitos humanos.
Eles pedem “intervenções urgentes para que Israel encerre sua resposta desproporcional e contra-producente à agressão do Hezbollah, e também para que o Hezbollah cesse seus ataques a Israel e devolva os soldados abduzidos”.
Tony Blair viajou a Washington e se encontrará hoje com George W. Bush. O primeiro-ministro inglês dirá ao chefe de Estado americano que um cessar-fogo é “questão de urgência”, informou o diário britânico The Guardian , que disse ter ouvido fontes oficiais.
Conversações
O diário pan-árabe sediado em Londres Al-Hayat destaca que a Cruz Vermelha e a Alemanha mediaram os primeiros contatos entre Israel e o Hezbollah.
Segundo a reportagem, os contatos, feitos na quarta-feira, devem estabelecer condições para uma troca de prisioneiros e uma solução para o fim das hostilidades entre as duas partes.
O jornal diz que os líderes do Hezbollah ficaram incomodados com a declaração do ministro libanês de Relações Exteriores, Fawzi Salloukh, de que os soldados capturados estavam em boas condições de saúde.
Oficialmente, a milícia se recusa a dar detalhes sobre os dois militares.
Hezbollah usou ONU como 'escudo', diz jornal israelense
da BBC BrasilO jornal israelense Yediot Aharonot publica nesta sexta-feira que um observador da Organização das Nações Unidas (ONU), morto no bombardeio a um posto da organização no Líbano, disse antes de morrer que o Hezbollah estava usando o local como “escudo” contra os ataques israelenses.
Seis dias antes de sua morte, o major canadense Paeta Hess-von Kruedener enviou um e-mail a seu comandante, o general Lewis MacKenzie, que informou o conteúdo da mensagem a uma rádio canadense.
O major teria escrito que estava enfrentando forte perigo, uma vez que os militantes libaneses costumavam correr em volta da base da ONU, atraindo a maior parte dos ataques de Israel.
“Diariamente, temos vivido inúmeras ocasiões em que nossa posição esteve sobre ataques diretos ou indiretos tanto da artilharia quanto dos bombardeios aéreos. O (ataque) mais próximo da artilharia caiu a dois metros de nossa posição, e o mais distante, a cem metros da nossa base de patrulha”, disse o militar canadense.
Apoio a ataques
O Yediot Aharonot apresenta ainda uma pesquisa realizada pelo próprio jornal que revela ainda que caiu o apoio dos israelenses à guerra contra o Hezbollah.
Para 48% deles, Israel deve continuar os ataques até que o Hezbollah seja “arrasado” – uma queda de dez pontos percentuais em relação à mesma pesquisa divulgada dez dias atrás.
Outros 30% crêem que o objetivo deve ser afastar a milícia da fronteira, e 21%, que os ataques devem dar lugar às negociações - mais que os 17% da primeira pesquisa.
Desde o início da ofensiva, 423 libaneses (a maioria civis) e 51 israelenes (18 civis) morreram.
Pressão
A desproporção entre os mortos dos dois lados serviu de mote para uma carta aberta em que o jornal britânico The Independent pede ao primeiro-ministro Tony Blair pressione o presidente americano George W. Bush por “um cessar-fogo imediato”.
O diário de centro-esquerda estampa em sua primeira página assinaturas de 42 personalidades – entre elas o teatrólogo e prêmio Nobel Harold Pinter, os músicos Peter Gabriel e Brian Eno, além de políticos, embaixadores e ativistas de direitos humanos.
Eles pedem “intervenções urgentes para que Israel encerre sua resposta desproporcional e contra-producente à agressão do Hezbollah, e também para que o Hezbollah cesse seus ataques a Israel e devolva os soldados abduzidos”.
Tony Blair viajou a Washington e se encontrará hoje com George W. Bush. O primeiro-ministro inglês dirá ao chefe de Estado americano que um cessar-fogo é “questão de urgência”, informou o diário britânico The Guardian , que disse ter ouvido fontes oficiais.
Conversações
O diário pan-árabe sediado em Londres Al-Hayat destaca que a Cruz Vermelha e a Alemanha mediaram os primeiros contatos entre Israel e o Hezbollah.
Segundo a reportagem, os contatos, feitos na quarta-feira, devem estabelecer condições para uma troca de prisioneiros e uma solução para o fim das hostilidades entre as duas partes.
O jornal diz que os líderes do Hezbollah ficaram incomodados com a declaração do ministro libanês de Relações Exteriores, Fawzi Salloukh, de que os soldados capturados estavam em boas condições de saúde.
Oficialmente, a milícia se recusa a dar detalhes sobre os dois militares.
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