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04/08/2006
-
10h35
da BBC Brasil, em Brasília
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) estima que 880 mil pessoas já foram deslocadas de suas casas devido ao conflito no Líbano.
“Um em cada quatro libaneseses está deslocado ou refugiado no exterior”, afirmou o responsável pelo escritório do Acnur no Brasil, Luis Varese. No sul do país, onde os ataques israelenses foram mais intensos, a agência estima que 70% da população tenha deixado a região.
O Alto Comitê de Assistência do governo libanês estima que 550 mil pessoas estão com familiares, enquanto 130 mil em abrigos de refugiados e outros 200 mil estão na Síria.
Varese diz que a situação dos refugiados pode ficar ainda mais dramática nos próximos meses, com a proximidade do inverno no hemisfério norte
O Acnur levou nesta quinta-feira o quinto comboio de suprimentos para os refugiados. A agência enfrenta dificuldades para fazer chegar aos desabrigados os kits de cozinha, barracas, colchões e cobertores.
Como o governo israelense não atendeu ao pedido de abrir um corredor humanitário, só puderam ser utilizados caminhões pequenos, tornando a operação mais lenta e perigosa.
Varese disse que o corredor é muito importante, não só porque garante um fluxo constante e seguro para o transporte de suprimentos e ajuda humanitária, mas porque abre um canal de negociação diplomática.
“Não renunciamos à diplomacia, então estamos optando pela guerra”, disse ele.
Ajuda brasileira
O escritório do Acnur no Brasil pediu ao governo brasileiro uma doação em dinheiro para as atividades da agência.
Varese, sugere que o governo poderia cobrir as despesas da agência no Brasil, de US$ 780 mil por ano, liberando os recursos do órgão para cobrir o atendimento aos deslocados e refugiados do Líbano.
De acordo com o Itamaraty, o pedido está sendo analisado.
A agência atende atualmente de 3,5 mil a 4 mil pessoas, vindas de vários países, principalmente Angola e Colômbia. O Acnur ainda não recebeu nenhum pedido de ajuda de refugiados libaneses, mas nem todos solicitam auxílio ao órgão.
“A resposta do governo do Brasil foi ótima, principalmente considerando que o país está longe e não tem uma presença na área”, afirmou Varese. “Mas poderia ser complementada com uma contribuição financeira”, disse ele.
Varese vai fazer o pedido de ajuda oficialmente ao governo brasileiro numa reunião ainda esta semana com um representante do Ministério das Relações Exteriores. O Acnur já fez um apelo mundial para contribuições na sede da agência, em Genebra, para as missões diplomáticas da ONU, na semana passada.
No total, a agência precisa arrecadar US$ 18 milhões para os refugiados no Líbano. A agência abriu uma conta para receber doações no Brasil no Banco Sudameris.
ONU estima em 880 mil deslocados pela guerra no Líbano
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Brasília
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) estima que 880 mil pessoas já foram deslocadas de suas casas devido ao conflito no Líbano.
“Um em cada quatro libaneseses está deslocado ou refugiado no exterior”, afirmou o responsável pelo escritório do Acnur no Brasil, Luis Varese. No sul do país, onde os ataques israelenses foram mais intensos, a agência estima que 70% da população tenha deixado a região.
O Alto Comitê de Assistência do governo libanês estima que 550 mil pessoas estão com familiares, enquanto 130 mil em abrigos de refugiados e outros 200 mil estão na Síria.
Varese diz que a situação dos refugiados pode ficar ainda mais dramática nos próximos meses, com a proximidade do inverno no hemisfério norte
O Acnur levou nesta quinta-feira o quinto comboio de suprimentos para os refugiados. A agência enfrenta dificuldades para fazer chegar aos desabrigados os kits de cozinha, barracas, colchões e cobertores.
Como o governo israelense não atendeu ao pedido de abrir um corredor humanitário, só puderam ser utilizados caminhões pequenos, tornando a operação mais lenta e perigosa.
Varese disse que o corredor é muito importante, não só porque garante um fluxo constante e seguro para o transporte de suprimentos e ajuda humanitária, mas porque abre um canal de negociação diplomática.
“Não renunciamos à diplomacia, então estamos optando pela guerra”, disse ele.
Ajuda brasileira
O escritório do Acnur no Brasil pediu ao governo brasileiro uma doação em dinheiro para as atividades da agência.
Varese, sugere que o governo poderia cobrir as despesas da agência no Brasil, de US$ 780 mil por ano, liberando os recursos do órgão para cobrir o atendimento aos deslocados e refugiados do Líbano.
De acordo com o Itamaraty, o pedido está sendo analisado.
A agência atende atualmente de 3,5 mil a 4 mil pessoas, vindas de vários países, principalmente Angola e Colômbia. O Acnur ainda não recebeu nenhum pedido de ajuda de refugiados libaneses, mas nem todos solicitam auxílio ao órgão.
“A resposta do governo do Brasil foi ótima, principalmente considerando que o país está longe e não tem uma presença na área”, afirmou Varese. “Mas poderia ser complementada com uma contribuição financeira”, disse ele.
Varese vai fazer o pedido de ajuda oficialmente ao governo brasileiro numa reunião ainda esta semana com um representante do Ministério das Relações Exteriores. O Acnur já fez um apelo mundial para contribuições na sede da agência, em Genebra, para as missões diplomáticas da ONU, na semana passada.
No total, a agência precisa arrecadar US$ 18 milhões para os refugiados no Líbano. A agência abriu uma conta para receber doações no Brasil no Banco Sudameris.
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