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03/08/2006 - 17h22

Espanha prende brasileiro por tráfico de animais

ANELISE INFANTE
da BBC Brasil, em Madri

A polícia espanhola anunciou nesta quinta-feira que desmantelou uma rede de tráfico de animais silvestres. Entre os presos está um brasileiro que tentou entrar na Espanha com 40 ovos de aves da Amazônia.

Seis contrabandistas foram presos com 400 aves que poderiam alcançar 1 milhão de euros (cerca de R$ 3 milhões) no mercado negro europeu.

Dos pássaros apreendidos, 355 eram de espécies brasileiras: araras, papagaios, periquitos, araraúnas, aratingas, ariranhas e ararajubas, todos classificados na lista dos animais em extinção do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) desde 1989.

O contrabandista brasileiro foi preso no aeroporto Barajas, em Madri, quando tentava entrar no país com os ovos de pássaros escondidos em uma cinta de emagrecimento.

A polícia só divulgou as iniciais do traficante: M.H.R., que foi indiciado com outros cinco espanhóis por crimes de contrabando, falsificação de documentos e crimes contra o meio ambiente e contra o fisco.

Na batida policial foram recuperadas 13 aves de rapina (abutres e corvos africanos) e 29 espécies espanholas em extinção, além das 355 aves do Brasil.

Sofisticação

A quadrilha utilizava documentação falsa para justificar a entrada e a circulação dos animais pela Europa.

Os artifícios aplicados pelos criminosos para oficializar os animais iam de certificados de nascimento em cativeiro e atestados do Convênio Internacional sobre Tráfico de Espécies de Fauna e Flora a microchips e anéis de identificação legítimos roubados de aves protegidas.

Entre os presos está um veterinário, que assinava os documentos falsos. Foram apreendidos também cinco computadores de mesa, um laptop, um silenciador de revólver calibre 22, um freezer com cem animais congelados e 3,5 mil euros (aproximadamente R$ 10,5 mil).

Os ovos contrabandeados, a maioria da espécie Rhodocorytha (da qual fazem parte os papagaios e araras azuis), foram levados para o zoológico espanhol Safari Park para encubação.

A operação ganhou os codinomes “exótica” e “silvestre” e começou em fevereiro. Segundo a polícia, a rede tinha ramificações em seis cidades espanholas: Madri, Burgos, Orense, Viscaia, Álava e Tarragona.
 

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