Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/08/2006 - 01h52

Grevistas tomam rádios e incendeiam ônibus no México

DUNCAN KENNEDY
da BBC Brasil

Professores grevistas do Estado mexicano de Oaxaca incendiaram ônibus e tomaram 12 estações de rádio nesta segunda-feira, aumentando o tom dos seus protestos.

A violência começou depois de um incidente envolvendo um homem não-identificado, que disparou tiros contra uma estação de rádio, que havia sido ocupada à força pelos grevistas há alguns dias. Segundo relatos dos professores, uma pessoa ficou ferida.

O incidente deu início à reação violenta dos manifestantes.

Diversos ônibus foram virados e incendiados. Dezenas de grevistas invadiram estações de rádio privadas e começaram a transmitir mensagens de protesto. Alguns manifestantes armados bloquearam avenidas de Oaxaca.

Os protestos por melhoras salariais, que começaram em maio, se transformaram, nas últimas semanas, em um pedido por mudanças no governo estadual.

Acusação

O porta-voz do presidente mexicano Vicente Fox acusou o governo do Estado de estar por trás dos disparos.

Ele disse que o governo federal não foi consultado sobre o ataque a tiros, e que a decisão foi tomada unilateralmente pelo governador de Oaxaca, Ulises Ruiz, do Partido Revolucionário Institucional (PRI).

Ruiz tem sido o principal alvo dos protestos dos professores. Em maio, quando os protestos começaram, a principal reivindicação era um aumento salarial. No entanto, hoje os manifestantes já pedem a renúncia de Ruiz, que é acusado de ter fraudado as eleições locais há dois anos.

Na semana passada, algumas pessoas foram seqüestradas por grevistas, depois que tiros foram disparados contra manifestantes em uma passeata. Elas já foram soltas.

De acordo com o correspondente da BBC, o Estado de Oaxaca parece estar ingovernável hoje, o que deve ser um desafio para o próximo presidente do México.

Nas eleições de julho, Felipe Calderón, do Partido Ação Nacional (PAN), recebeu a maioria dos votos, mas não teve sua vitória reconhecida pelo candidato opositor Andrés Manuel Lopez Obrador.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página