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22/08/2006
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08h25
O Brasil está vivendo um paradoxo, relata um texto publicado nesta terça-feira no diário espanhol El País. A imagem transmitida para o exterior é de "entusiasmo, simpatia" diante de um momento econômico favorável; internamente, no entanto, "reina o desencanto".
A alegria de quatro anos atrás, quando o país comemorava a vitória na Copa do Mundo e a chegada do presidente Lula da Silva ao poder, contrasta com a apatia de hoje, escreve o correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Juan Arias.
Ao longo dos últimos quatro anos, a ortodoxia econômica do governo petista fez a opinião pública entender que "as promessas de Lula de transformação do poder (…) não tinham resposta concreta". Quando apareceram, os escândalos de corrupção "foram como um pesadelo nacional". "Não há euforia", diz o correspondente. "O medo venceu a esperança."
Mas, para o autor, o país continua "cobiçado": a democracia está consolidada e o povo não tem vergonha de se dizer feliz. "Está apenas desencantado com seus governantes."
Obrador
Política e democracia também foram tema de entrevista concedida pelo candidato derrotado nas eleições mexicanas, Andrés Manuel López Obrador, ao jornal econômico Financial Times. O líder opositor afirmou ao diário britânico que suas demonstrações pacíficas de resistência civil continuarão.
A praça central do Zócalo, onde cerca de 5 mil partidários de Obrador pedem a recontagem dos votos que confirmaram uma derrota apertada para o candidato oficial, transformou-se em um centro de artes e entretenimento. Os acampados promovem demonstrações de teatro e música, jogos de xadrez e oficinas de arte, diz a matéria.
Mas, politicamente, Obrador pode ter errado a mão, sugere o FT. Os bloqueios de ruas trazem aborrecimentos aos moradores da cidade do México, onde grande parte dos 20 milhões de habitantes apóia o líder de esquerda. Além do mais, houve "perda de apoio" desde que as demonstrações começaram.
Reconquista
Uma das vozes influentes da direita americana voltou as baterias para o influxo de imigrantes mexicanos rumo ao norte, reporta o jornal The Daily Telegraph.
Em livro, o ex-candidato à Presidência Paul Buchanan, da direita do Partido Republicano, adverte que os imigrantes ilegais que cruzam a fronteira podem promover o esfacelamento dos Estados Unidos. "Assim como Roma morreu, o Ocidente está morrendo, pelas mesmas causas e mais ou menos da mesma maneira", escreve Buchanan.
O ex-candidato à Presidência acusa o governo do México de promover uma campanha consciente de transformação dos Estados Unidos em um "aterro para seus pobres e desempregados", diz o jornal.
"La Reconquista", para Buchanan, teria como objetivo recuperar terras perdidas em guerras para os Estados Unidos entre 1846 e 1848.
Tony Blair
Na Grã-Bretanha, uma pesquisa divulgada pelo diário The Guardian mostra que o Partido Trabalhista, do primeiro-ministro Tony Blair, está no nível mais baixo de popularidade dos últimos 19 anos.
Os trabalhistas tiveram um apoio de 31%, contra 40% do Partido Conservador, do líder David Cameron, em uma pesquisa encomendada pelo jornal.
O Guardiandestaca que muitos eleitores, inclusive trabalhistas, acreditam que a Grã-Bretanha ficou mais susceptível a ataques terroristas desde o início das guerras no Iraque e no Afeganistão.
"Os resultados devem surpreender muitos (no Parlamento) em Westminster, que esperavam ver o Partido Trabalhista ganhar espaço depois das alardeadas aparições (do ministro do Interior) John Reid, durante a suposta trama para explodir aviões", diz o jornal.
Brasil está desencantado com políticos, diz El País
da BBC BrasilO Brasil está vivendo um paradoxo, relata um texto publicado nesta terça-feira no diário espanhol El País. A imagem transmitida para o exterior é de "entusiasmo, simpatia" diante de um momento econômico favorável; internamente, no entanto, "reina o desencanto".
A alegria de quatro anos atrás, quando o país comemorava a vitória na Copa do Mundo e a chegada do presidente Lula da Silva ao poder, contrasta com a apatia de hoje, escreve o correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Juan Arias.
Ao longo dos últimos quatro anos, a ortodoxia econômica do governo petista fez a opinião pública entender que "as promessas de Lula de transformação do poder (…) não tinham resposta concreta". Quando apareceram, os escândalos de corrupção "foram como um pesadelo nacional". "Não há euforia", diz o correspondente. "O medo venceu a esperança."
Mas, para o autor, o país continua "cobiçado": a democracia está consolidada e o povo não tem vergonha de se dizer feliz. "Está apenas desencantado com seus governantes."
Obrador
Política e democracia também foram tema de entrevista concedida pelo candidato derrotado nas eleições mexicanas, Andrés Manuel López Obrador, ao jornal econômico Financial Times. O líder opositor afirmou ao diário britânico que suas demonstrações pacíficas de resistência civil continuarão.
A praça central do Zócalo, onde cerca de 5 mil partidários de Obrador pedem a recontagem dos votos que confirmaram uma derrota apertada para o candidato oficial, transformou-se em um centro de artes e entretenimento. Os acampados promovem demonstrações de teatro e música, jogos de xadrez e oficinas de arte, diz a matéria.
Mas, politicamente, Obrador pode ter errado a mão, sugere o FT. Os bloqueios de ruas trazem aborrecimentos aos moradores da cidade do México, onde grande parte dos 20 milhões de habitantes apóia o líder de esquerda. Além do mais, houve "perda de apoio" desde que as demonstrações começaram.
Reconquista
Uma das vozes influentes da direita americana voltou as baterias para o influxo de imigrantes mexicanos rumo ao norte, reporta o jornal The Daily Telegraph.
Em livro, o ex-candidato à Presidência Paul Buchanan, da direita do Partido Republicano, adverte que os imigrantes ilegais que cruzam a fronteira podem promover o esfacelamento dos Estados Unidos. "Assim como Roma morreu, o Ocidente está morrendo, pelas mesmas causas e mais ou menos da mesma maneira", escreve Buchanan.
O ex-candidato à Presidência acusa o governo do México de promover uma campanha consciente de transformação dos Estados Unidos em um "aterro para seus pobres e desempregados", diz o jornal.
"La Reconquista", para Buchanan, teria como objetivo recuperar terras perdidas em guerras para os Estados Unidos entre 1846 e 1848.
Tony Blair
Na Grã-Bretanha, uma pesquisa divulgada pelo diário The Guardian mostra que o Partido Trabalhista, do primeiro-ministro Tony Blair, está no nível mais baixo de popularidade dos últimos 19 anos.
Os trabalhistas tiveram um apoio de 31%, contra 40% do Partido Conservador, do líder David Cameron, em uma pesquisa encomendada pelo jornal.
O Guardiandestaca que muitos eleitores, inclusive trabalhistas, acreditam que a Grã-Bretanha ficou mais susceptível a ataques terroristas desde o início das guerras no Iraque e no Afeganistão.
"Os resultados devem surpreender muitos (no Parlamento) em Westminster, que esperavam ver o Partido Trabalhista ganhar espaço depois das alardeadas aparições (do ministro do Interior) John Reid, durante a suposta trama para explodir aviões", diz o jornal.
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