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23/08/2006 - 07h56

EUA cedem espaço a 'gigantes emergentes', diz jornal

da BBC Brasil

O espanhol La Vanguardia, de Barcelona, aponta uma mudança na estrutura da economia mundial “e na geografia de seus motores de crescimento”, onde o Brasil aparece ao lado de China, Rússia e Índia como os novos protagonistas no cenário econômico internacional.

Segundo o jornal, pela primeira vez na história contemporânea, um terço do PIB mundial virá da China (15,4% do PIB mundial), Índia (5,9%), Brasil e Rússia (com 2,6% cada um), que, somados, superam os Estados Unidos (20,1%).

“Com este argumento, o economista-chefe do banco Goldman-Sachs, Jim O’Neill, descarta a possibilidade da desaceleração econômica dos Estados Unidos ter um efeito pernicioso sobre a recuperação da zona do euro, cujos obstáculos no próximo exercício não serão poucos”, diz o artigo. Preços altos de energia, menor demanda externa e acréscimos nas taxas de juros do Banco Central Europeu são algumas das dificuldades citadas.

O jornal classifica os países como “gigantes emergentes”. “A ultrapassagem dos quatro aconteceu depois da virada do milênio, quando a economia registrou o seu maior crescimento desde 1975”, afirma o jornal.

Voto nulo no Brasil

O diário americano The Christian Science Monitor fala do desânimo que cerca a reeleição do presidente, dando conta que as pesquisas de intenção de voto revelam que cerca de 11% do eleitorado pretende anular o seu voto por falta de opção.

“A frustração com o governo é generalizada. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao poder em 2003, depois de oito anos de governo do Partido da Social Democracia Brasileira, os brasileiros estavam votando por mudanças econômicas, políticas e – sobretudo – sociais. Hoje, a economia está mais forte do que nunca e seu governo colocou bilhões em programas sociais para ajudar os pobres. Mas Lula não rompeu com o passado e com os seus governo tendo um escândalo após o outro, muitos eleitores não sabem para onde ir”, diz o texto.

Programa nuclear do Irã

Para o britânico The Guardian, em relação ao programa nuclear, “o Irã se beneficiou das ações americanas no Afeganistão e no Iraque, onde grupos xiitas, que ficavam isolados em Teerã, chegaram ao poder depois da queda de Saddam Hussein”.

O diário fala que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, é um “linha-dura que tem conduzido uma ofensiva onde muita atenção tem sido dada a sua popularidade doméstica”, adicionando que a sua aversão aos Estados Unidos remete ao passado espinhoso entre americanos e iranianos. “Bombástico ou não, ele fala em varrer Israel do mapa e nega que o Holocausto tenha acontecido.”

O Guardian argumenta que “é preciso cabeça fria para entender que os Estados Unidos e a Europa têm de se aproximar do Irã para encorajar, através de diálogo e investimento, os reformistas que se opõem a Ahmadinejad. Em troca, o Irã deve assegurar suas intenções suspendendo o enriquecimento de urânio e permitir inspeções nas suas instalações nucleares. Se não o fizer, não pode esperar que mereça confiança”.

O italiano Corriere Della Sera chama a atenção para a disposição do Irã para negociar sem que concorde em suspender o programa. “A única pergunta que realmente interessa continua sem resposta. Mas o documento com o qual o Irã se recusou a cumprir a determinação do Conselho de Segurança da ONU é longo, sofisticado e rico em detalhes”.

“Se o objetivo de Larijani era o de dividir o Conselho de Segurança, dificilmente poderia ter feito melhor”, disse o jornal, referindo-se ao negociador do governo iraniano.

Líbano

O britânico The Guardian também chama a atenção para o receio que a ONU tem de um “vácuo de segurança” no Líbano depois da saída de Israel do sul do país, depois que um enviado da entidade alertou para o fato de que o envio de tropas internacionais para a região pode levar até três meses.

O jornal cita Terje Roed-Larsen, o enviado da ONU dizendo que “realisticamente, um vácuo acontecerá em algum momento”, e que a situação é “extremamente frágil”, pois incidentes isolados poderiam reiniciar os combates na região.

Também em relação ao Líbano, o italiano La Repubblica levanta a dúvida sobre a indefinição dos termos da missão de paz. “O alívio da comunidade internacional não expressa todas as interrogações sobre o futuro imediato de uma decisão ainda a ser tomada: os termos do mandato, as regras e a composição da força de paz”, afirma o texto.
 

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