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24/08/2006 - 01h42

Evo Morales mantém ministro que havia pedido demissão

MARCIA CARMO
da BBC Brasil, em Buenos Aires

O presidente da Bolívia, Evo Morales, ratificou nesta quarta-feira o nome de Andrés Soliz Rada como ministro dos Hidrocarbonetos, apesar do seu pedido de demissão.

O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia - principal condutor do processo de nacionalização do gás - entrou em conflito com o Senado do país, que havia aprovado uma moção de "censura" contra ele.

Nesses casos, a constituição boliviana prevê que o ministro deve pedir a renúncia, o que foi seguido por Soliz Rada.

O ministro dos Hidrocarbonetos tem sido alvo de críticas por parte dos parlamentares bolivianos, que cobraram mais rapidez no processo de nacionalização do gás.

Em depoimentos no Congresso, que resultaram na moção de censura, o ministro responsabilizou a Petrobras pelo atraso no processo, já que a empresa brasileira não estaria aceitando ajustes no preço do gás, deixando a estatal boliviana YPFB sem recursos para administrar as empresas nacionalizadas.

Soliz Rada é o principal crítico da Petrobras na Bolívia e um dos aliados de Evo Morales, a quem chamou de "companheiro e irmão", na sua carta de demissão.

Em um dos três parágrafos do texto, ele diz: "nós dois sabemos que por trás da censura à minha pessoa, decidida pela maioria opositora no Senado, estão as forças que pretendem que a Bolívia volte à sua condição de semi-colônia dos centros do poder mundial, aliados às oligarquias que exploraram nosso povo durante 500 anos".

Nesta semana, o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, está no Brasil para negociar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva um ajuste no preço do gás vendido ao país.
 

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