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25/08/2006 - 10h50

63% dos israelenses querem renúncia de Olmert, diz jornal

GUILA FLINT
da BBC Brasil, em Tel Aviv

Segundo uma pesquisa de opinião divulgada nesta sexta-feira pelo jornal israelense Yediot Ahronot, 63% da população de Israel acham que o primeiro-ministro Ehud Olmert deve renunciar ao cargo e sentem que ele fracassou na maneira como conduziu a guerra no Líbano.

De acordo com a pesquisa, a situação do ministro da Defesa e líder do partido Trabalhista, Amir Peretz, é ainda pior: 74% dos israelenses estão insatisfeitos com a atuação de Peretz e defendem sua renúncia.

Os resultados da pesquisa expressam o clima de frustração geral que se instalou no país desde o cessar-fogo, quando ficou claro que Israel não alcançou os objetivos declarados pelo governo no início da guerra.

Diferentemente das declarações iniciais do primeiro ministro Olmert, Israel não conseguiu neutralizar a ameaça do Hezbollah, e, até o último dia da guerra, a milícia xiita continuou lançando foguetes contra o norte do país.

A outra promessa, de libertar os soldados israelenses capturados pelo Hezbollah, também não foi concretizada.

Objetivos ainda mais abrangentes, estabelecidos por membros do governo israelense no início da guerra, como desarmar o Hezbollah ou "mudar o quadro estratégico no Oriente Médio", parecem cada vez mais distantes.

Cenário político

A guerra está sendo vista como uma espécie de terremoto que pode levar à reformulação do mapa político no país.

A pesquisa do Yediot Ahronot indica que, se as eleições fossem realizadas hoje, os partidos do governo, o Kadima de Ehud Olmert, e o Partido Trabalhista de Amir Peretz, sofreriam perdas drásticas no Parlamento.

Em vez das atuais 29 cadeiras no Parlamento, o Kadima obteria apenas 17. O Partido Trabalhista cairia das 20 cadeiras atuais para apenas 11.

Segundo a pesquisa, o partido da direita Likud, liderado pelo ex-primeiro ministro Binyamin Netanyahu, ganharia força e elevaria seus mandatos de 11 para 20, tornando-se o maior partido no parlamento.

Outro partido que sairia fortalecido é o partido da extrema-direita, Israel Beiteinu, liderado por Avigdor Liberman, que subiria de 11 para 17 cadeiras.

De acordo com analistas, a crise política gerada pela guerra pode levar à queda do governo e à realização de novas eleições.

Neste caso, a coalizão Kadima-Trabalhistas poderá ter de passar as rédeas do poder a uma nova coalizão de direita.
 

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