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De olho em eleições, ministro da Defesa da Colômbia renuncia
da BBC Brasil
O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, apresentou, nesta segunda-feira, sua renúncia do cargo para se preparar para uma possível campanha à Presidência do país em 2010.
Santos, no entanto, afirmou que só concorrerá ao cargo se o atual presidente do país, Álvaro Uribe, desistir de concorrer a um terceiro mandato.
Embora ainda não tenha confirmado sua candidatura para as eleições de 30 de maio de 2010, Santos decidiu renunciar para evitar que sua permanência no cargo o impeça de concorrer.
A legislação colombiana determina que qualquer pessoa que deseje concorrer a um cargo eletivo não pode ter ocupado nenhum cargo público um ano antes das eleições, explica o correspondente da BBC Mundo em Bogotá, Hernando Salazar.
A pesar da manobra, Santos afirmou que apoiará Uribe caso ele decida concorrer a mais um mandato. "Se o presidente se lançar [candidato], contará com todo meu apoio. Ele decidirá em que posição e como eu poderei continuar servindo o país", afirmou o ministro em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
Santos deve se desligar oficialmente do ministério no próximo dia 23 de maio.
Atuação
Nos últimos 20 anos, Santos, que tem 57 anos, exerceu cargos em três governos. Foi ministro de Comércio Exterior do governo César Gaviria (1990-1994) e da Fazendo no governo Andrés Pastrana (1998-2002).
Em julho de 2006, assumiu a pasta da Defesa no governo Uribe. O mandato de Santos como ministro da Defesa foi marcado por uma grande ofensiva contra a guerrilha de esquerda Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que atuam no país há mais de quatro décadas.
Entre as ações contra a guerrilha que tiveram maior destaque está a chamada "Operação Xeque", que, no ano passado, resgatou a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que ficou seis anos em poder do grupo.
Segundo o correspondente da BBC Mundo em Bogotá, pesquisas de intenção de voto apontam que Santos é o uribista melhor posicionado para as eleições presidenciais do ano que vem, caso o próprio presidente não concorra a mais um mandato.
Para que Álvaro Uribe concorra a um terceiro período na Presidência, seria necessária uma reforma constitucional. O Senado colombiano deve votar ainda nesta semana a convocação de um referendo sobre a possibilidade de Uribe concorrer a um terceiro mandato
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