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12/09/2006
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17h56
Uma das oficiais que estava no comando da operação que resultou na morte de Jean Charles de Menezes em Londres, no ano passado, será promovida.
A comandante Cressida Dick vai ocupar o posto de vice-comissária-assistente da polícia londrina, um cargo que normalmente envolve a responsabilidade de chefiar departamentos inteiros da força policial da capital britânica.
Entre as novas responsabilidades de Cressida Dick está o controle sobre 300 oficiais da Operação Trident, que combate crimes envolvendo armas dentro das comunidades negras de Londres.
A informação foi divulgada nesta terça-feira pela Autoridade da Polícia Metropolitana (MPA, na sigla em inglês).
O eletricista brasileiro Jean Charles foi morto em Londres no dia 22 de julho de 2005, um dia após uma série de atentados frustrados contra o sistema de transporte da cidade e duas semanas depois de ataques que deixaram mais de 50 mortos na capital britânica.
Suprema Corte
No dia da morte de Jean Charles de Menezes, Cressida Dick estava no comando do aspecto tático da operação, sob o comando geral do comandante John McDowell.
A promoção de Dick ocorre uma semana antes de a Scotland Yard aportar indícios de sua inocência - ou pelo menos atenuantes de sua culpa - para alegar que não feriu regras de segurança e saúde pública durante a operação que matou Jean Charles.
O caso pode ser remetido para uma Suprema Corte e ganhar grande visibilidade na opinião pública quando for analisado, provavelmente no ano que vem. Uma decisão é esperada até o início de 2008.
Um porta-voz da família de Jean Charles disse nesta terça-feira que os parentes estão "insultados" pela decisão.
"A família está absolutamente enojada e insultada pelo que é apenas mais um tapa na cara. Eles não conseguem entender como isto pode acontecer. Não vimos nem o começo muito menos o fim do processo legal que vai determinar quem é o culpado e o responsável pela morte de um inocente", afirmou o porta-voz.
"Como a Autoridade da Polícia Metropolitana pode aprovar a promoção de Cresssida Dick, alguém que tem envolvimento central no processo legal?".
"Circunstâncias sensíveis"
Dick é uma das quatro oficiais promovidas ao nível dos vice-comissários-assistentes.
O presidente da MPA, Len Duvall, foi um dos integrantes do grupo que decidiu aprovar a promoção da policial. Duvall admitiu que existem algumas "circunstâncias sensíveis e sem precedentes envolvidas" nas novas indicações.
"Candidatos foram escolhidos a partir de sua aplicação e habilidade. A MPA não vai prejudicar as possibilidades de uma promoção justa de um oficial devido a uma hipótese de futura ação disciplinar. Oficiais não serão colocados nos cargos até que questões pendentes sejam resolvidas", disse.
O comissário da Polícia de Londres, Ian Blair, também fez comentários sobre a promoção.
"Liderança efetiva é vital para um policiamento de sucesso em Londres e o papel de vice-comissário-assistente na Polícia Metropolitana é sempre um desafio. Exige habilidades fortes de liderança com grande experiência em policiamento."
"(...) Dou as boas vindas aos oficiais que conseguiram a promoção para estes postos estrategicamente importantes", disse.
Comandante de operação em que morreu Jean Charles é promovida
da BBC BrasilUma das oficiais que estava no comando da operação que resultou na morte de Jean Charles de Menezes em Londres, no ano passado, será promovida.
A comandante Cressida Dick vai ocupar o posto de vice-comissária-assistente da polícia londrina, um cargo que normalmente envolve a responsabilidade de chefiar departamentos inteiros da força policial da capital britânica.
Entre as novas responsabilidades de Cressida Dick está o controle sobre 300 oficiais da Operação Trident, que combate crimes envolvendo armas dentro das comunidades negras de Londres.
A informação foi divulgada nesta terça-feira pela Autoridade da Polícia Metropolitana (MPA, na sigla em inglês).
O eletricista brasileiro Jean Charles foi morto em Londres no dia 22 de julho de 2005, um dia após uma série de atentados frustrados contra o sistema de transporte da cidade e duas semanas depois de ataques que deixaram mais de 50 mortos na capital britânica.
Suprema Corte
No dia da morte de Jean Charles de Menezes, Cressida Dick estava no comando do aspecto tático da operação, sob o comando geral do comandante John McDowell.
A promoção de Dick ocorre uma semana antes de a Scotland Yard aportar indícios de sua inocência - ou pelo menos atenuantes de sua culpa - para alegar que não feriu regras de segurança e saúde pública durante a operação que matou Jean Charles.
O caso pode ser remetido para uma Suprema Corte e ganhar grande visibilidade na opinião pública quando for analisado, provavelmente no ano que vem. Uma decisão é esperada até o início de 2008.
Um porta-voz da família de Jean Charles disse nesta terça-feira que os parentes estão "insultados" pela decisão.
"A família está absolutamente enojada e insultada pelo que é apenas mais um tapa na cara. Eles não conseguem entender como isto pode acontecer. Não vimos nem o começo muito menos o fim do processo legal que vai determinar quem é o culpado e o responsável pela morte de um inocente", afirmou o porta-voz.
"Como a Autoridade da Polícia Metropolitana pode aprovar a promoção de Cresssida Dick, alguém que tem envolvimento central no processo legal?".
"Circunstâncias sensíveis"
Dick é uma das quatro oficiais promovidas ao nível dos vice-comissários-assistentes.
O presidente da MPA, Len Duvall, foi um dos integrantes do grupo que decidiu aprovar a promoção da policial. Duvall admitiu que existem algumas "circunstâncias sensíveis e sem precedentes envolvidas" nas novas indicações.
"Candidatos foram escolhidos a partir de sua aplicação e habilidade. A MPA não vai prejudicar as possibilidades de uma promoção justa de um oficial devido a uma hipótese de futura ação disciplinar. Oficiais não serão colocados nos cargos até que questões pendentes sejam resolvidas", disse.
O comissário da Polícia de Londres, Ian Blair, também fez comentários sobre a promoção.
"Liderança efetiva é vital para um policiamento de sucesso em Londres e o papel de vice-comissário-assistente na Polícia Metropolitana é sempre um desafio. Exige habilidades fortes de liderança com grande experiência em policiamento."
"(...) Dou as boas vindas aos oficiais que conseguiram a promoção para estes postos estrategicamente importantes", disse.
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