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18/09/2006
-
14h40
Em 18 de setembro de 2006, numa reunião em Cingapura, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a primeira parte de uma reforma na instituição. Leia abaixo sobre as mudanças.
O que é a reforma do FMI?
Os objetivos da reforma do FMI são fazer com que a representação dos países no Fundo sejam equivalentes ao peso relativo deles na economia global, melhorar a eficiência da entidade e aumentar a participação dos países pobres.
O programa é separado em etapas. Primeiro, foi aumentada a participação de quatro países - China, Coréia do Sul, México e Turquia - cujas economias eram consideradas sub-representadas no Fundo. Elas passarão a contribuir com mais dinheiro ao Fundo e ganharão mais cotas.
O próximo passo é começar um debate para elaborar uma nova fórmula de cotas, que deve terminar até a reunião anual do Fundo de 2007. Em seguida, o Fundo deve votar outra reforma nas cotas, baseada na nova fórmula.
Como funciona o sistema de cotas?
A cota de cada país é determinada pelo seu peso na economia mundial. Entre os fatores analisados estão o Produto Interno Bruto (PIB), as transações em conta-corrente e as reservas oficiais. As cotas são medidas em uma unidade própria do FMI chamada Direito Especial de Saque.
A quantidade de cotas determina a quantidade de dinheiro que cada país pode tomar emprestado do Fundo e o poder de voto de cada um nas decisões do órgão.
Quem foi beneficiado com a primeira fase da reforma?
Apenas quatro países tiveram suas cotas aumentadas na primeira reforma do FMI, aprovada durante a reunião de Cingapura: China (cujo percentual de votos cresceu de 2,93% para 3,65%), Coréia do Sul (de 0,76% para 1,329%) México (de 1,196% para 1,431%) e Turquia (de 0,453% para 0,548%).
Dos 184 países que fazem parte do FMI, os que têm maior número de votos são Estados Unidos (17,08%), Japão (6,13%), Alemanha (5,99%), França (4,95%), e Grã-Bretanha (4,95%). Palau é o país com menor quantidade de votos – 0,01%.
Qual é a postura do Brasil sobre o assunto?
O Brasil – junto com Argentina, Egito e Índia – foi contra a primeira fase da reforma, pois defende a ampliação imediata da participação dos países emergentes no FMI.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou sobre a posição brasileira na reunião anual do FMI em Cingapura, antes da votação: "(O projeto) poderá terminar por aumentar ainda mais a já ampla maioria detida pelas economias avançadas, e elevar a participação de um pequeno grupo de países emergentes, em detrimento da participação de outros países em desenvolvimento.”
O Brasil tem 1,41% dos votos no FMI.
O que faz o FMI?
O Fundo Monetário Internacional foi criado em julho de 1944 na conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos, que reorganizou o sistema econômico internacional pós-Segunda Guerra Mundial.
O objetivo do Fundo é promover a cooperação econômica internacional e evitar crises financeiras globais. Um dos principais papéis da instituição é emprestar dinheiro para economias que enfrentam crises.
Entenda a reforma do Fundo Monetário Internacional
da BBC BrasilEm 18 de setembro de 2006, numa reunião em Cingapura, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a primeira parte de uma reforma na instituição. Leia abaixo sobre as mudanças.
O que é a reforma do FMI?
Os objetivos da reforma do FMI são fazer com que a representação dos países no Fundo sejam equivalentes ao peso relativo deles na economia global, melhorar a eficiência da entidade e aumentar a participação dos países pobres.
O programa é separado em etapas. Primeiro, foi aumentada a participação de quatro países - China, Coréia do Sul, México e Turquia - cujas economias eram consideradas sub-representadas no Fundo. Elas passarão a contribuir com mais dinheiro ao Fundo e ganharão mais cotas.
O próximo passo é começar um debate para elaborar uma nova fórmula de cotas, que deve terminar até a reunião anual do Fundo de 2007. Em seguida, o Fundo deve votar outra reforma nas cotas, baseada na nova fórmula.
Como funciona o sistema de cotas?
A cota de cada país é determinada pelo seu peso na economia mundial. Entre os fatores analisados estão o Produto Interno Bruto (PIB), as transações em conta-corrente e as reservas oficiais. As cotas são medidas em uma unidade própria do FMI chamada Direito Especial de Saque.
A quantidade de cotas determina a quantidade de dinheiro que cada país pode tomar emprestado do Fundo e o poder de voto de cada um nas decisões do órgão.
Quem foi beneficiado com a primeira fase da reforma?
Apenas quatro países tiveram suas cotas aumentadas na primeira reforma do FMI, aprovada durante a reunião de Cingapura: China (cujo percentual de votos cresceu de 2,93% para 3,65%), Coréia do Sul (de 0,76% para 1,329%) México (de 1,196% para 1,431%) e Turquia (de 0,453% para 0,548%).
Dos 184 países que fazem parte do FMI, os que têm maior número de votos são Estados Unidos (17,08%), Japão (6,13%), Alemanha (5,99%), França (4,95%), e Grã-Bretanha (4,95%). Palau é o país com menor quantidade de votos – 0,01%.
Qual é a postura do Brasil sobre o assunto?
O Brasil – junto com Argentina, Egito e Índia – foi contra a primeira fase da reforma, pois defende a ampliação imediata da participação dos países emergentes no FMI.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou sobre a posição brasileira na reunião anual do FMI em Cingapura, antes da votação: "(O projeto) poderá terminar por aumentar ainda mais a já ampla maioria detida pelas economias avançadas, e elevar a participação de um pequeno grupo de países emergentes, em detrimento da participação de outros países em desenvolvimento.”
O Brasil tem 1,41% dos votos no FMI.
O que faz o FMI?
O Fundo Monetário Internacional foi criado em julho de 1944 na conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos, que reorganizou o sistema econômico internacional pós-Segunda Guerra Mundial.
O objetivo do Fundo é promover a cooperação econômica internacional e evitar crises financeiras globais. Um dos principais papéis da instituição é emprestar dinheiro para economias que enfrentam crises.
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