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20/09/2006
-
21h11
O escândalo do dossiê contra o ex-ministro da Saúde José Serra provocou a saída do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado Ricardo Berzoini, da coordenação geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu lugar, assume o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que também é vice-presidente nacional do PT e coordenador-geral do programa de governo de Lula para o segundo mandato.
A saída de Berzoini foi decidida na noite de quarta-feira, em uma reunião de emergência com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
Durante toda a quarta-feira, o possível afastamento de Berzoini foi motivo de especulações.
Pela manhã, Berzoini chegou a dizer que permaneceria no cargo. Afirmou, no entanto, ter dito ao presidente Lula que ficasse à vontade para fazer qualquer mudança.
"Ele disse que isso não estava em discussão", afirmou Berzoini à tarde, antes da decisão de sua saída.
O presidente do PT disse que era preciso avaliar “os prós e os contras de uma mudança”, dando a entender que uma mudança a poucos dias da eleição poderia ter um efeito negativo.
O dossiê
O afastamento de Berzoini ocorre depois de seu nome ser envolvido no episódio da compra de um dossiê com supostas denúncias envolvendo José Serra.
Na sexta-feira, Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e o advogado Gedimar Pereira Passos foram presos em São Paulo com R$ 1,7 milhão. Eles são suspeitos de terem intermediado a compra de documentos fornecidos pela família Vedoin, que mostrariam o suposto envolvimento de Serra com a máfia dos sanguessugas na época em que ele era ministro da Saúde.
Gedimar disse à Polícia Federal que foi contratado pela Executiva Nacional do PT para negociar com os Vedoin a compra de um dossiê acusando os tucanos.
Em uma entrevista a correspondentes estrangeiros na quarta-feira à tarde, antes da reunião com Lula, Berzoini afirmou que o dossiê poderia ser usado na campanha eleitoral, relata a correspondente da BBC em Brasília, Denise Bacoccina.
Berzoini disse que a orientação da campanha sempre foi a de “não usar dossiês e fazer uma campanha propositiva e programática”, mas afirmou que esta orientação poderia mudar. “É possível que se use”, disse Berzoini, ressaltando que a decisão ainda não havia sido tomada.
Só restam quatro programas de rádio e TV até o fim da campanha eleitoral do primeiro turno. O programa de terça-feira à noite mostrou uma carta do presidente Lula, que estava em Nova York participando da assembléia-geral da ONU.
Na mesma entrevista, Berzoini disse também que as acusações dão um novo ritmo à campanha, que estava tranqüila. “Agora volta a tensão”, afirmou.
Berzoini disse que as acusações de que o dossiê teria sido comprado por pessoas ligadas ao governo e à campanha de Lula têm de ser investigadas pela Polícia Federal e que o partido só vai falar sobre o assunto quando houver algum resultado. Ele nega que a direção do PT tenha ordenado ou participado do dossiê de alguma forma.
Na avaliação do presidente do PT, existem dois fatos: a existência do dossiê e o fato de que o dossiê teria sido comprado por integrantes da campanha, com recursos de origem ainda não identificada. Ele diz que toda a atenção da opinião pública está concentrada no segundo fato, e que não se dá atenção às supostas acusações contidas no dossiê.
Escândalo do dossiê tira Berzoini da campanha de Lula
da BBC BrasilO escândalo do dossiê contra o ex-ministro da Saúde José Serra provocou a saída do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado Ricardo Berzoini, da coordenação geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu lugar, assume o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que também é vice-presidente nacional do PT e coordenador-geral do programa de governo de Lula para o segundo mandato.
A saída de Berzoini foi decidida na noite de quarta-feira, em uma reunião de emergência com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
Durante toda a quarta-feira, o possível afastamento de Berzoini foi motivo de especulações.
Pela manhã, Berzoini chegou a dizer que permaneceria no cargo. Afirmou, no entanto, ter dito ao presidente Lula que ficasse à vontade para fazer qualquer mudança.
"Ele disse que isso não estava em discussão", afirmou Berzoini à tarde, antes da decisão de sua saída.
O presidente do PT disse que era preciso avaliar “os prós e os contras de uma mudança”, dando a entender que uma mudança a poucos dias da eleição poderia ter um efeito negativo.
O dossiê
O afastamento de Berzoini ocorre depois de seu nome ser envolvido no episódio da compra de um dossiê com supostas denúncias envolvendo José Serra.
Na sexta-feira, Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e o advogado Gedimar Pereira Passos foram presos em São Paulo com R$ 1,7 milhão. Eles são suspeitos de terem intermediado a compra de documentos fornecidos pela família Vedoin, que mostrariam o suposto envolvimento de Serra com a máfia dos sanguessugas na época em que ele era ministro da Saúde.
Gedimar disse à Polícia Federal que foi contratado pela Executiva Nacional do PT para negociar com os Vedoin a compra de um dossiê acusando os tucanos.
Em uma entrevista a correspondentes estrangeiros na quarta-feira à tarde, antes da reunião com Lula, Berzoini afirmou que o dossiê poderia ser usado na campanha eleitoral, relata a correspondente da BBC em Brasília, Denise Bacoccina.
Berzoini disse que a orientação da campanha sempre foi a de “não usar dossiês e fazer uma campanha propositiva e programática”, mas afirmou que esta orientação poderia mudar. “É possível que se use”, disse Berzoini, ressaltando que a decisão ainda não havia sido tomada.
Só restam quatro programas de rádio e TV até o fim da campanha eleitoral do primeiro turno. O programa de terça-feira à noite mostrou uma carta do presidente Lula, que estava em Nova York participando da assembléia-geral da ONU.
Na mesma entrevista, Berzoini disse também que as acusações dão um novo ritmo à campanha, que estava tranqüila. “Agora volta a tensão”, afirmou.
Berzoini disse que as acusações de que o dossiê teria sido comprado por pessoas ligadas ao governo e à campanha de Lula têm de ser investigadas pela Polícia Federal e que o partido só vai falar sobre o assunto quando houver algum resultado. Ele nega que a direção do PT tenha ordenado ou participado do dossiê de alguma forma.
Na avaliação do presidente do PT, existem dois fatos: a existência do dossiê e o fato de que o dossiê teria sido comprado por integrantes da campanha, com recursos de origem ainda não identificada. Ele diz que toda a atenção da opinião pública está concentrada no segundo fato, e que não se dá atenção às supostas acusações contidas no dossiê.
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