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04/10/2006
-
16h41
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, reafirmou nesta quarta-feira o apoio de Washington ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em meio à tensão entre o Fatah, a facção política palestina a que pertence Abbas, e o Hamas.
Falando em Ramallah, na Cisjordânia, depois de uma reunião com presidente palestino, Rice disse que os Estados Unidos têm “grande admiração” pela liderança de Abbas.
O apoio de Rice vem logo depois de Abbas afirmar que fracassaram as negociações com o Hamas para a formação de um governo de unidade nacional.
A viagem de Rice à Cisjordânia faz parte de uma série de encontros na região para estreitar relações com líderes moderados e reiniciar as negociações em torno do processo de paz entre israelenses e palestinos.
Depois de se encontrar com Abbas, Rice também tinha previsto um encontro, em Jerusalém, com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Mas segundo o correspondente da BBC em Jerusalém Matt Prodger, nem israelenses nem palestinos estão dispostos a negociar agora e há pouca expectativa de que a visita de Rice possa mudar isso.
Crise humana
Rice prometeu ajuda para amenizar a crise humana nos territórios palestinos, que vêm sofrendo os efeitos de sanções impostas por Israel e outros países por causa da recusa do governo, liderado pelo Hamas, em reconhecer o Estado de Israel.
Condoleezza Rice se declarou preocupada com a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza e da Cisjordânia, prometendo “redobrar os esforços para melhorar as condições do povo palestino”.
A secretária de Estado dos Estados Unidos também repetiu o apelo para que os palestinos formem um governo de unidade nacional, com o Hamas e o Fatah, em que sejam reconhecidos os princípios internacionais para retomada do processo de paz no Oriente Médio.
Mas Abbas reiterou que não há sinais, até agora, que serão retomadas as negociações com o Hamas para a formação de tal coalizão.
“Não há diálogo. Já disse que não se pode conversar para sempre”, afirmou Abbas. “Assim, temos de pensar longamente sobre o que faremos e quando faremos.”
Rice não manteve nenhum contato com autoridades do Hamas durante sua visita à Cisjordânia.
Apoio pessoal
“Você tem o comprometimento dos Estados Unidos, o meu comprometimento pessoal, e o comprometimento do presidente”, disse Rice à Abbas, reiterando o apoio americano uma solução bilateral para o conflito entre Israel e a Autoridade Palestina.
Para o correspondente em assuntos diplomáticos da BBC Jonathan Marcus, outro motivo para a viagem da secretária de estado à Cisjordânia, além de mostrar esse apoio, é tentar garantir alguma válvula de segurança para a crescente tensão nas áreas palestinas.
Além disso, Rice também quer convencer Israel a abrir algumas das fronteiras dos territórios palestinos, vitais para a melhoria das condições da população local.
Marcus afirma que, no entanto, Israel já estipulou seu preço: mais segurança e o retorno do soldado Gilad Shalit, seqüestrado por militantes do Hamas em junho.
Negociações interrompidas
A Autoridade Palestina entrou em crise desde a vitória do Hamas nas eleições de janeiro. O grupo se recusa a reconhecer a existência de Israel e a abrir mão da violência, fato que desencadeou um boicote por parte do Ocidente.
Abbas tem tentado, sem sucesso, formar um governo de coalizão entre seu partido, o Fatah, e o Hamas, com uma plataforma que tenha aceitação internacional.
O premiê Ismail Haniya criticou a visita de Condoleezza Rice, dizendo que a secretária de estado só pretende “rearranjar a região para servir às agendas americana e israelense”.
Nesta quarta-feira, confrontos entre militantes do Fatah e do Hamas fizeram a sua 11ª vítima nos últimos dias.
Um atirador não-identificado matou um líder do Hamas em Qalqilya, na Cisjordânia, um dia depois que do grupo militante Brigada de Mártires de Al-Aqsa, que é vinculado ao Fatah, ameaçou matar líderes do Hamas.
Rice reafirma na Cisjordânia apoio a Abbas
da BBC BrasilA secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, reafirmou nesta quarta-feira o apoio de Washington ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em meio à tensão entre o Fatah, a facção política palestina a que pertence Abbas, e o Hamas.
Falando em Ramallah, na Cisjordânia, depois de uma reunião com presidente palestino, Rice disse que os Estados Unidos têm “grande admiração” pela liderança de Abbas.
O apoio de Rice vem logo depois de Abbas afirmar que fracassaram as negociações com o Hamas para a formação de um governo de unidade nacional.
A viagem de Rice à Cisjordânia faz parte de uma série de encontros na região para estreitar relações com líderes moderados e reiniciar as negociações em torno do processo de paz entre israelenses e palestinos.
Depois de se encontrar com Abbas, Rice também tinha previsto um encontro, em Jerusalém, com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Mas segundo o correspondente da BBC em Jerusalém Matt Prodger, nem israelenses nem palestinos estão dispostos a negociar agora e há pouca expectativa de que a visita de Rice possa mudar isso.
Crise humana
Rice prometeu ajuda para amenizar a crise humana nos territórios palestinos, que vêm sofrendo os efeitos de sanções impostas por Israel e outros países por causa da recusa do governo, liderado pelo Hamas, em reconhecer o Estado de Israel.
Condoleezza Rice se declarou preocupada com a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza e da Cisjordânia, prometendo “redobrar os esforços para melhorar as condições do povo palestino”.
A secretária de Estado dos Estados Unidos também repetiu o apelo para que os palestinos formem um governo de unidade nacional, com o Hamas e o Fatah, em que sejam reconhecidos os princípios internacionais para retomada do processo de paz no Oriente Médio.
Mas Abbas reiterou que não há sinais, até agora, que serão retomadas as negociações com o Hamas para a formação de tal coalizão.
“Não há diálogo. Já disse que não se pode conversar para sempre”, afirmou Abbas. “Assim, temos de pensar longamente sobre o que faremos e quando faremos.”
Rice não manteve nenhum contato com autoridades do Hamas durante sua visita à Cisjordânia.
Apoio pessoal
“Você tem o comprometimento dos Estados Unidos, o meu comprometimento pessoal, e o comprometimento do presidente”, disse Rice à Abbas, reiterando o apoio americano uma solução bilateral para o conflito entre Israel e a Autoridade Palestina.
Para o correspondente em assuntos diplomáticos da BBC Jonathan Marcus, outro motivo para a viagem da secretária de estado à Cisjordânia, além de mostrar esse apoio, é tentar garantir alguma válvula de segurança para a crescente tensão nas áreas palestinas.
Além disso, Rice também quer convencer Israel a abrir algumas das fronteiras dos territórios palestinos, vitais para a melhoria das condições da população local.
Marcus afirma que, no entanto, Israel já estipulou seu preço: mais segurança e o retorno do soldado Gilad Shalit, seqüestrado por militantes do Hamas em junho.
Negociações interrompidas
A Autoridade Palestina entrou em crise desde a vitória do Hamas nas eleições de janeiro. O grupo se recusa a reconhecer a existência de Israel e a abrir mão da violência, fato que desencadeou um boicote por parte do Ocidente.
Abbas tem tentado, sem sucesso, formar um governo de coalizão entre seu partido, o Fatah, e o Hamas, com uma plataforma que tenha aceitação internacional.
O premiê Ismail Haniya criticou a visita de Condoleezza Rice, dizendo que a secretária de estado só pretende “rearranjar a região para servir às agendas americana e israelense”.
Nesta quarta-feira, confrontos entre militantes do Fatah e do Hamas fizeram a sua 11ª vítima nos últimos dias.
Um atirador não-identificado matou um líder do Hamas em Qalqilya, na Cisjordânia, um dia depois que do grupo militante Brigada de Mártires de Al-Aqsa, que é vinculado ao Fatah, ameaçou matar líderes do Hamas.
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