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10/10/2006 - 13h11

Violência levou 300 mil iraquianos a fugir, diz governo

da BBC

O Ministério da Imigração do Iraque disse nesta terça-feira que cerca de 300 mil pessoas abandonaram suas casas desde fevereiro no país devido à violência envolvendo muçulmanos xiitas e sunitas.

Foi em fevereiro que um importante templo xiita na cidade de Samarra foi destruído em ataque com bomba. Os sunitas foram responsabilizados pela ação.

De acordo com o ministro da Imigração iraquiano, Abd al-Samad Rahman, algumas das famílias que fugiram --sunitas e xiitas-- deixaram suas casas depois de receberem ameaças diretas. Outras se mudaram simplesmente por terem se sentido ameaçadas.

Rahman também explicou que a saída dos iraquianos de suas casas continua a ocorrer, especialmente em partes de Bagdá e da Província de Diyala, a nordeste da capital iraquiana.

Êxodo interno

Os últimos números sugerem que cerca de 140 mil pessoas abandonaram as próprias casas apenas nos últimos três meses.

A Organização Internacional para a Imigração afirmou que as pessoas que fugiram estariam se estabelecendo permanentemente em outros lugares dentro do Iraque.

A organização afirma que o número de pessoas que fugiram de suas casas é bem mais baixo, 190 mil.

Segundo a organização a província de Anbar, predominantemente sunita, recebeu o maior número de fugitivos, a maioria vindos da capital Bagdá.

Plano contra a violência

De acordo com Jim Muir, correspondente da BBC em Bagdá, o fato de a polícia ter anunciado nesta terça-feira que foram encontrados 60 cadáveres em diferentes pontos de Bagdá é um sinal da razão que está levando os iraquianos a deixar suas casas, procurando por regiões menos violentas.

O governo do país começou a implementar um plano anunciado pelo primeiro-ministro, Nouri al Maliki, para frear a violência na capital iraquiana.

Todos os bloqueios policiais em operação na cidade estão sendo operados por um número igual de soldados xiitas e sunitas.

Também de acordo com o plano, comitês especiais estão sendo criados em cada bairro com seguidores das duas vertentes da religião muçulmana para supervisionar decisões na área de segurança pública.

O correspondente da BBC explica que especialmente os xiitas têm sido acusados de ignorar e até participar de seqüestros e assassinatos sectários.

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