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13/10/2006 - 19h08

'Milhares' deixam Iraque todos os dias, alerta ONU

PAM O'TOOLE
da BBC Brasil

Milhares de pessoas estão deixando o Iraque todos os dias para fugir da violência que assola o país, em um movimento que o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) chamou de "êxodo constante e silencioso".

O número de iraquianos pedindo asilo em países ocidentais também está aumentando, alerta o Acnur.

Até este ano, a agência da ONU estava concentrando os seus trabalhos no Iraque em ajudar exilados iraquianos, que haviam deixado o país nos tempos do regime de Saddam Hussein ou durante a guerra, a voltar para casa.

Segundo o Acnur, apenas mil iraquianos que estavam em países vizinhos voltaram para o seu país neste ano, contra 50 mil que haviam retornado no ano passado.

O porta-voz da agência, Ron Redmond, disse que os funcionários da agência que monitoram a fronteira do Iraque com a Síria têm visto cerca de 2 mil pessoas atravessarem para o lado sírio todos os dias. "Portanto, são mais de 40 mil pessoas por mês indo apenas para a Síria", afirmou.

Êxodo silencioso

A maioria dos iraquianos que têm buscado refúgio na Síria e na Jordânia não estão registrados com o Acnur, daí o termo "êxodo silencioso".

Juntos, os dois países têm cerca de um milhão de iraquianos, dos quais a maioria, diz o Acnur, teria chegado depois da queda de Saddam Hussein.

Outras dezenas de milhares estariam indo para Turquia, Líbano, Egito, Estados do Golfo Pérsico (Irã, Kuwait, Catar e Arábia Saudita, entre outros) e Europa.

Estatísticas do primeiro semestre deste ano indicaram que os iraquianos formavam o maior grupo nacional pedindo asilo na Europa.

O Acnur diz que teve que reorientar os seus esforços para ajudar aqueles que fogem da violência.

A agência da ONU chama a atenção para o grande número de pessoas que estão deixando suas regiões de origem em busca de outras mais seguras dentro do próprio país.

As estimativas do Acnur indicam que são 365 mil neste ano, contra a estimativa de 300 mil divulgada pelo governo iraquiano no iníco desta semana.

Os dados do governo iraquiano, no entanto, consideram o movimento a partir de fevereiro, mês em que mesquitas xiitas na cidade de Samarra foram destruídas, em ataques atribuídos a militantes sunitas.
 

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