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19/10/2006
-
10h00
da BBC Brasil, em Buenos Aires
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira na Argentina, em tom de ironia, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se comparar aos ex-presidentes Fernando Collor (afastado do poder em 1992) e Jânio Quadros (que renunciou em 1961).
“Ele não se comparou com Collor e com Jânio? É só questão de tempo”, disse FHC, entre risos, ao ser perguntado por um jornalista sobre as referências feitas recentemente por Lula a Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart.
Fernando Henrique está na Argentina a convite da empresa de consultoria Deloitte. Ele falou aos jornalistas na saída da Sociedade Científica Argentina, onde participou de um encontro com intelectuais.
Privatizações
O ex-presidente defendeu as privatizações realizadas no seu governo. “A privatização no Brasil foi um sucesso em vários setores, como nos casos da Embraer, das telecomunicações, e da Vale do Rio Doce”, disse.
“Onde acho que ela não deu certo foi na parte de energia. Até hoje o modelo energético brasileiro não fecha. Mas olhem outros exemplos, como os trens. Nunca mais houve reclamação.”
Nesta semana, FHC afirmou, em nota à imprensa, que é contrário à privatização da Petrobras. Ele disse ter sido mal-interpretado durante entrevista à uma rádio, onde teria dito que não seria contra à privatização da empresa petroleira.
Na Argentina, o ex-presidente voltou a negar que defende a privatização do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e dos Correios.
“Estes setores vão bem e jamais se falou em privatizá-los”, disse. “Privatização não é ideologia, é necessidade, e já fizemos o que devia ser feito.”
Sobre as recentes pesquisas, que indicam crescimento de Lula contra o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, FHC lembrou o caso da Espanha e do primeiro turno brasileiro.
“A eleição só se decide no dia”, afirmou. “(José Maria) Aznar, da Espanha, parecia estar eleito e perdeu. Lula também parecia estar eleito no primeiro turno e foi para o segundo turno”, afirmou.
Nesta quinta, o ex-presidente conversará com jornalistas na Associação de Correspondentes Estrangeiros da Argentina e dará palestra para a Deloitte.
Na Argentina, FHC diz que Lula deve se comparar a Collor
MÁRCIA CARMOda BBC Brasil, em Buenos Aires
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira na Argentina, em tom de ironia, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se comparar aos ex-presidentes Fernando Collor (afastado do poder em 1992) e Jânio Quadros (que renunciou em 1961).
“Ele não se comparou com Collor e com Jânio? É só questão de tempo”, disse FHC, entre risos, ao ser perguntado por um jornalista sobre as referências feitas recentemente por Lula a Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart.
Fernando Henrique está na Argentina a convite da empresa de consultoria Deloitte. Ele falou aos jornalistas na saída da Sociedade Científica Argentina, onde participou de um encontro com intelectuais.
Privatizações
O ex-presidente defendeu as privatizações realizadas no seu governo. “A privatização no Brasil foi um sucesso em vários setores, como nos casos da Embraer, das telecomunicações, e da Vale do Rio Doce”, disse.
“Onde acho que ela não deu certo foi na parte de energia. Até hoje o modelo energético brasileiro não fecha. Mas olhem outros exemplos, como os trens. Nunca mais houve reclamação.”
Nesta semana, FHC afirmou, em nota à imprensa, que é contrário à privatização da Petrobras. Ele disse ter sido mal-interpretado durante entrevista à uma rádio, onde teria dito que não seria contra à privatização da empresa petroleira.
Na Argentina, o ex-presidente voltou a negar que defende a privatização do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e dos Correios.
“Estes setores vão bem e jamais se falou em privatizá-los”, disse. “Privatização não é ideologia, é necessidade, e já fizemos o que devia ser feito.”
Sobre as recentes pesquisas, que indicam crescimento de Lula contra o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, FHC lembrou o caso da Espanha e do primeiro turno brasileiro.
“A eleição só se decide no dia”, afirmou. “(José Maria) Aznar, da Espanha, parecia estar eleito e perdeu. Lula também parecia estar eleito no primeiro turno e foi para o segundo turno”, afirmou.
Nesta quinta, o ex-presidente conversará com jornalistas na Associação de Correspondentes Estrangeiros da Argentina e dará palestra para a Deloitte.
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