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20/10/2006 - 09h21

Começa a "temporada engana-eleitor" nos EUA, diz "NYT"

da BBC Brasil

O jornal americano "The New York Times" diz em editorial que começou a "temporada engana-eleitor" na campanha para as eleições do Congresso em novembro.

O jornal cita vários exemplos de como notícias falsas ou distorcidas são utilizadas nas campanhas tanto de candidatos democratas como republicanos em vários estados americanos, deixando os eleitores sem outra alternativa a não ser a de "prestar atenção ao que está endo dito neste mundo de mídias e mensagens misturadas".

Um exemplo apontado pelo jornal é uma misteriosa carta em espanhol distribuída a eleitores de origem hispânica, fazendo o "alerta" de que "se você é um imigrante, votar em eleições federais é um crime que pode resultar em prisão'".

Outro exemplo, segundo o "NYT", é o comercial, dirigido a eleitores negros e veiculado em seis estados, "deturpando a posição política do reverendo Martin Luther King Jr. em uma conversa simulada entre duas mulheres negras: "Dr. King era um homem de verdade", diz uma das atrizes. "Você sabe que ele era um republicano", acrescenta a outra".

Segundo o jornal, "até [o presidente] Lincoln foi falsamente citado por defensores da guerra do Iraque".

"O 16º presidente nunca disse que críticos no Congresso que causam danos à moral em tempos de guerra 'deveriam ser presos, exilados ou enforcados'".

Iraque

Ainda nos Estados Unidos, o "The Washington Post" diz que o governo do presidente George W. Bush será obrigado em breve a "abandonar seu compromisso de permanecer por tempo indeterminado no Iraque", pois ele "não conseguirá atingir seu objetivo de um Iraque estável e democrático em um espaço de tempo viável politicamente."

Segundo o jornal, essa seria a conclusão de "figuras veteranas" dos partidos republicano e democrata, que estudam alternativas como "algum tipo de esforço para dividir o Iraque em linhas regionais" ou "uma retirada gradual do Iraque em um período de tempo definido".

Uma terceira opção em discussão, segundo o "The Washington Post", seria "uma redução dramática das ambições americanas no Iraque, desistindo da democracia e focando apenas na estabilidade".

Imigração

O jornal britânico "Financial Times" traz uma pesquisa mostrando que os britânicos são, entre os países mais ricos da Europa, os que mais acreditam que há um excesso de imigrantes em seu país.

"Cerca de 76% dos britânicos disseram que existem imigrantes demais no país", de acordo com a pesquisa encomendada pelo "Financial Times" e realizada também na França, Alemanha, Itália e Espanha.

A pesquisa mostra também que os britânicos são os que mais acreditam que os imigrantes – vindos dos novos membros da União Européia, além de legais e ilegais de outras partes do mundo --tiveram um impacto negativo na economia.

"A política de 'portas abertas' do Reino Unido para trabalhadores dos dez novos membros da União Européia causou o efeito contrário ao desejado", diz o jornal.

"A pesquisa reflete a crescente angústia da população da Europa ocidental sobre a migração em larga-escala vinda dos novos membros da UE no leste e a onda de imigrantes ilegais vindos do norte da África, que entram pela Espanha e Itália".

Populismo

A revista semanal "The Economist" traz reportagem sobre o segundo turno das eleições no Equador dizendo que "os eleitores encaram uma escolha pouco atraente entre populismos contrastantes".

"Noboa (...) combina uma retórica pró-mercado com uma postura populista. Prometendo 'pão, moradia e empregos', ele visita bairros pobres distribuindo crédito para pequenos empresários e tratamento médico na hora."

"Correa vai de encontro ao desejo popular, mais acentuado entre a classe média, de acabar com uma quadrilha que controla tanto a economia quanto a política. Ele faria isso convocando uma assembléia constituinte para reescrever a Constituição, passando por cima de um Congresso que ele considera irreversivelmente corrupto", diz a "The Economist".

"A proposta de Correa ecoa os métodos que o (presidente venezuelano) Hugo Chávez usou para eliminar os limites de seu poder presidencial."

Já Noboa, um milionário que possui mais de cem negócios, “atrai comparações com o [ex-premiê] italiano Silvio Berlusconi, no sentido de que seria difícil separar seus interesses comerciais de suas ações políticas”, segundo a revista.
 

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