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11/06/2009 - 00h11

Ahmadinejad encerra campanha com ataques a adversários

da BBC Brasil

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, terminou sua campanha à reeleição nesta quarta-feira com um pronunciamento na televisão onde acusou seus adversários de dizerem "mentiras" e "insultos" para desacreditar seu governo.

Durante o pronunciamento, o presidente iraniano afirmou que gráficos e documentos sobre a situação econômica do país apresentados por seus adversários seriam falsificações feitas com a ajuda de "entidades sionistas", em uma referência a companhias israelenses.

Ele ainda afirmou que os outros três candidatos às eleições da próxima sexta-feira não têm projetos para o país.

"Todas as propagandas eleitorais são contra um candidato. Por que eles só atacam, insultam e acusam? A primeira razão é porque, se isto fosse um debate razoável, onde as atuações dos candidatos fossem avaliadas, eles não teriam nada a oferecer", disse Ahmadinejad.

Segundo Jon Leyne, correspondente da BBC em Teerã, os três outros candidatos à Presidência do Irã teriam se recusado a fazer pronunciamentos na televisão, aparentemente por não ter sido oferecido a eles o mesmo tempo de transmissão de Ahmadinejad.

Pouco antes do pronunciamento, em um comício para simpatizantes, Ahmadinejad já havia acusado os candidatos oposicionistas de mentirem sobre a situação da economia do país, e comparou as táticas dos adversários às usadas pelos nazistas.

"Estes insultos e acusações contra o governo são um retorno dos métodos de Hitler, de repetir mentiras e acusações até que todos acreditem", disse o presidente, de acordo com a imprensa local.

Ahmadinejad, que é conhecido por declarações que negam o Holocausto de judeus durante a Segunda Guerra, pediu ainda que os eleitores mandem seus adversários "para o fundo da história".

Segundo o correspondente da BBC, Ahmadinejad deve enfrentar uma disputa difícil nas urnas contra o candidato reformista Mir Houssein Mousavi.

Os outros dois candidatos são o conservador Mohsen Rezai e o reformista Mehdi Karroubi.

Multidões

O dia do encerramento da campanha no Irã foi marcado por comícios e atos que levaram multidões às ruas da capital Teerã para apoiar seus candidatos.

De acordo com o correspondente da BBC, os eleitores parecem ter ficado mais entusiasmados com a campanha após uma série de debates na semana passada. Os debates, que foram televisionados, geraram polêmica no país.

Na última terça-feira, o ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani, que concorreu contra Ahmadinejad nas eleições de 2005, enviou uma carta aberta ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, com pesadas críticas ao atual presidente. A carta foi publicada por diversos jornais do país.

O ex-presidente criticou declarações feitas por Ahmadinejad em um debate na semana passada, quando ele afirmou que Rafsanjani e outros políticos iranianos seriam "corruptos".

Rafsanjani classificou as declarações como "mentirosas e irresponsáveis" e pediu a Khamenei que interfira no caso.

"Dezenas de milhares de pessoas, dentro e fora do país, testemunharam estas mentiras e falsificações que atingem os motivos de orgulho de nosso sistema islâmico e violam nossa religião, lei, moral e a justiça", diz a carta.

"Esperamos que vossa eminência tome medidas efetivas para resolver este problema, apague este incêndio e impeça que as chamas aumentem e se espalhem pelas eleições e além", diz a carta de Rafsanjani.

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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