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27/10/2006
-
09h03
O governo mexicano expressou seu "firme rechaço" à lei que prevê a construção de um muro de cerca de 1,1 km na fronteira entre os Estados Unidos e o México, sancionada na quinta-feira pelo presidente americano, George W. Bush.
Em comunicado emitido pela Chancelaria, o governo mexicano afirmou que a medida "fere a relação bilateral em seu conjunto, é contrária ao espírito de cooperação que deve prevalecer para garantir a segurança na fronteira, e propicia um clima de tensão entre as comunidades fronteiriças".
A forte reação mexicana tomou a dianteira entre outras condenações ao projeto, acusado de ser uma medida eleitoreira para atrair votos no pleito de 7 de novembro que vai eleger governadores e renovar o Congresso.
Ao autorizar a construção do muro, o presidente Bush acrescentou que outras medidas serão tomadas para reduzir o fluxo de imigrantes ilegais entre o México e os Estados Unidos.
Câmeras operadas à distância, aviões não-tripulados e monitoramento via satélite darão a cara da fronteira entre os dos países "no século 21", ele afirmou, indicando que seu governo aumentará também os recursos humanos e materiais das autoridades de imigração.
"Somos uma nação de imigrantes. Mas também uma nação da lei", discursou Bush.
Leia: Bush assina lei que prevê muro na fronteira com México.
"Grave erro"
Em visita ao Canadá, o presidente mexicano, Felipe Calderón, considerou a construção do muro um "grave erro" por parte dos americanos.
"O muro não vai resolver nenhum problema. A humanidade cometeu um tremendo erro ao construir o muro de Berlim, e creio que hoje em dia os Estados Unidos estão cometendo um grave erro ao construir esta barreira na nossa fronteira comum", ele afirmou.
O recém-eleito líder mexicano – que viajará aos Estados Unidos no próximo dia 9 de novembro, como parte de um giro pelos países da América do Norte – disse que o projeto de US$ 6 bilhões (cerca de US$ 12,5 bilhões) terá um alto custo para os contribuintes americanos, que pagarão pela construção da barreira.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, afirmou entender as preocupações americanas com a segurança de sua fronteira, mas pediu "cautela contra medidas que possam resultar em barreiras desnecessárias, não apenas ao comércio, mas ao intercâmbio normal e regular do turismo e outras relações sociais entre nossos países".
Direitos Humanos
Expressando seu "fiel compromisso" com a proteção dos direitos humanos de seus cidadãos que vivem nos Estados Unidos, o governo mexicano disse que o muro "poderia aumentar os riscos à segurança física dos migrantes que transitam na região (da fronteira)".
Para os mexicanos, a questão "requer o estabelecimento de novos mecanismos que permitam uma migração legal, segura, ordenada, digna e respeitosa dos direitos humanos".
No ano passado, cerca de 400 mexicanos morreram tentando cruzar a fronteira para o norte.
Estima-se que cerca de 1,2 milhão de imigrantes ilegais tenham sido presos em 2005 tentando alcançar os Estados do Texas, Novo México, Arizona e Califórnia.
Cerca de 10 milhões de mexicanos vivem nos Estados Unidos, metade deles ilegalmente, segundo as projeções.
México condena muro na fronteira com EUA
da BBC BrasilO governo mexicano expressou seu "firme rechaço" à lei que prevê a construção de um muro de cerca de 1,1 km na fronteira entre os Estados Unidos e o México, sancionada na quinta-feira pelo presidente americano, George W. Bush.
Em comunicado emitido pela Chancelaria, o governo mexicano afirmou que a medida "fere a relação bilateral em seu conjunto, é contrária ao espírito de cooperação que deve prevalecer para garantir a segurança na fronteira, e propicia um clima de tensão entre as comunidades fronteiriças".
A forte reação mexicana tomou a dianteira entre outras condenações ao projeto, acusado de ser uma medida eleitoreira para atrair votos no pleito de 7 de novembro que vai eleger governadores e renovar o Congresso.
Ao autorizar a construção do muro, o presidente Bush acrescentou que outras medidas serão tomadas para reduzir o fluxo de imigrantes ilegais entre o México e os Estados Unidos.
Câmeras operadas à distância, aviões não-tripulados e monitoramento via satélite darão a cara da fronteira entre os dos países "no século 21", ele afirmou, indicando que seu governo aumentará também os recursos humanos e materiais das autoridades de imigração.
"Somos uma nação de imigrantes. Mas também uma nação da lei", discursou Bush.
Leia: Bush assina lei que prevê muro na fronteira com México.
"Grave erro"
Em visita ao Canadá, o presidente mexicano, Felipe Calderón, considerou a construção do muro um "grave erro" por parte dos americanos.
"O muro não vai resolver nenhum problema. A humanidade cometeu um tremendo erro ao construir o muro de Berlim, e creio que hoje em dia os Estados Unidos estão cometendo um grave erro ao construir esta barreira na nossa fronteira comum", ele afirmou.
O recém-eleito líder mexicano – que viajará aos Estados Unidos no próximo dia 9 de novembro, como parte de um giro pelos países da América do Norte – disse que o projeto de US$ 6 bilhões (cerca de US$ 12,5 bilhões) terá um alto custo para os contribuintes americanos, que pagarão pela construção da barreira.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, afirmou entender as preocupações americanas com a segurança de sua fronteira, mas pediu "cautela contra medidas que possam resultar em barreiras desnecessárias, não apenas ao comércio, mas ao intercâmbio normal e regular do turismo e outras relações sociais entre nossos países".
Direitos Humanos
Expressando seu "fiel compromisso" com a proteção dos direitos humanos de seus cidadãos que vivem nos Estados Unidos, o governo mexicano disse que o muro "poderia aumentar os riscos à segurança física dos migrantes que transitam na região (da fronteira)".
Para os mexicanos, a questão "requer o estabelecimento de novos mecanismos que permitam uma migração legal, segura, ordenada, digna e respeitosa dos direitos humanos".
No ano passado, cerca de 400 mexicanos morreram tentando cruzar a fronteira para o norte.
Estima-se que cerca de 1,2 milhão de imigrantes ilegais tenham sido presos em 2005 tentando alcançar os Estados do Texas, Novo México, Arizona e Califórnia.
Cerca de 10 milhões de mexicanos vivem nos Estados Unidos, metade deles ilegalmente, segundo as projeções.
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