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08/11/2006 - 09h04

Democrata será 1° muçulmano no Congresso dos EUA

BRUNO GARCEZ
da BBC Brasil, em Washington

Keith Ellison, candidato a deputado por Minneapolis, tornou-se o primeiro muçulmano a ser eleito para o Congresso dos Estados Unidos na história do país.

A vitória do democrata Ellison foi anunciada na madrugada desta quarta-feira. O candidato é um advogado afro-americano de 43 anos que ganhou fama como defensor de causas populares.

Com a vitória, ele passa a ser também o primeiro negro eleito pelo Estado do Minnesota, que tem população predominantemente branca.

Em seu discurso de agradecimento, Ellison afirmou: "Quero agradecer a todos que acreditaram na visão progressista. Na idéia de que poderíamos permanecer juntos, todas as culturas, todas as raças".

Ellison acrescentou: "Deus é bom. Sim, ele é bom", ao que foi interrompido por correligionários que gritaram, em árabe, Allah Akbar (Deus é o Maior).

Apoio

O candidato teve grande apoio entre a população de origem somali de Minneapolis, predominantemente muçulmana.

Ellison se converteu ao islamismo aos 19 anos. E, ao longo da campanha, não quis destacar sua religião, dizendo que sua fé islâmica não iria interferir com suas plataformas políticas.

Mas seu rival, o republicano Alan Fine, fez uma dura campanha contra o democrata, lembrando sua associação no passado com o grupo Nação do Islã, de Louis Farrakhan - líder negro muçulmano que despertou polêmica nos Estados Unidos por suas supostas opiniões extremistas e anti-semitas.

Em entrevista à BBC, Ellison se defendeu: "Sempre defendi os direitos humanos de todas as pessoas. Nunca tive qualquer manifestação de intolerância".

Ainda que tente não colocar sua religião em primeiro plano, durante a candiatura, Ellison afirmou esperar que sua vitória mandasse um recado "aos muçulmanos, de que a América é aberta ao talento de todos".

O democrata tem exigido uma retirada imediata das tropas americanas do Iraque e defende o uso de combustíveis alternativos, bem como a adoção de um sistema de saúde acessível a todos e finaciado pelo governo.
 

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